domingo, 13 de abril de 2014

CRÍTICA - CAPITÃO AMÉRICA 2: O SOLDADO INVERNAL


Depois do primeiro "Os Vingadores", a Marvel criou força total e acabou criando sua própria produtora dentro dos estúdios Disney. O primeiro filme da "Fase 2" (que representa as produções de super-heróis relacionadas com o segundo filme de "Os Vingadores", que será lançado em maio de 2015), foi o último da trilogia "Homem de Ferro". Apesar de ser um bom filme, a película não conseguiu cumprir o que mais prometia: ter o Mandarim como um supervilão. A maioria dos fãs acabou realmente irada com isso, e logo após foi lançado o "Thor - O Mundo Sombrio", que honestamente se tornou bem melhor que o primeiro e o melhor filme da Marvel/Disney até o momento. Mas até que chegou aos cinemas "Capitão América 2 - O Soldado Invernal". Este é considerado por muitos, como o pior super-herói de todos, pois os seus motivos de lutar são simplesmente questões patrióticas aos Eua. O primeiro filme abordou exatamente isso e o público ficou meio dividido desde então. Tentando dar a volta por cima na imagem de Steve Rogers, a Marvel contratou os irmãos Anthony RussoJoe Russo (do mediano "Dois é Bom, Três é Demais), que nunca haviam dirigido alguma produção deste porte. 


Não botando muita fé, fui conferir e devo assumir sem duvidas: foi um dos melhores filmes de adaptações de história em quadrinhos que já assisti (depois da trilogia do Batman, por Christopher Nolan). Completamente diferente do primeiro, notamos que em momento algum vemos a bandeira dos Eua no fundo de algum cenário, muito menos algo de patriotismo vindo dos personagens (tirando o estudo e uniforme do Capitão). Aqui é só S.H.I.E.L.D e HYDRA! 


A produção tem inicio praticamente onde "Os Vingadores" terminou, com Rogers (Chris Evans, de "Heróis") tentando descobrir as coisas que ele perdeu nos 70 anos que ficou congelado, e por isso carrega uma agenda para anotar as principais coisas que ele precisa saber (é quando a versão nacional sita alguns nomes que vão de "Mamonas Assassinas" a Wagner Moura). Nesse meio tempo, ele agora trabalha oficialmente para a S.H.I.E.L.D, que além de Nick Furry (Samuel L. Jackson, do novo "Robocop"), ser comandada, vemos que também há outro diretor que é chamado de Alexander Pierce (vivido pelo grande Robert Redford, de "Leões e Cordeiros"). Na organização, Rogers juntou forças com uma equipe tática liderada também por Natasha Romanoff (Scarlett Johansson, de "Como Não Perder Essa Mulher"). Até que um dia, Nick Furry é vitima de um atentado do misterioso Soldado Invernal (Sebastian Stan, de "Cisne Negro"). Só que Rogers é quem se torna o principal suspeito do ato. É então que a película muda completamente o visual de "James Bond" para ser um tipico filme do "Jason Bourne", pois vemos um homem "perdido" no mundo atual, que recebe bastante ajuda de uma mulher para descobrir o "porque das coisas". A unica coisa que acrescenta aqui, é que este tem também seu grande amigo Sam Wilson (Anthony Mackie, de "Sem Dor, Sem Ganho"), que mais tarde vira o herói Falcão, para ajuda-lo também.


É neste ponto, que notamos o grande jogo de câmeras que nunca param de se mover nas sequencias de ação, causando mais nervosismo e adrenalina nos espectadores (algo bem familiar ao ótimo trabalho de Paul Greengrass em "O Ultimato Bourne"). Destaque para primeira batalha entre o Capitão e do Soldado Invernal, cuja cena não nos faz desgrudar a cara da tela. Outra parte que também foi espetacular e muito bem exercida foi a invasão ao navio, logo no inicio do filme, pois acabamos notando que não se tratará ao certo de "um filme de um super-herói". A imagem da corporação S.H.I.E.L.D, é retratada de uma forma um tanto que detalhada, pois apesar de as personagens Agente 13 (Emily VanCamp, do seriado "Revenge") e Maria Hill (Cobie Smulders, do seriado "How I Met Your Mother") aparecerem pouco, suas participações são escenciais na produção. Quanto a Johansson consegue aqui obter uma ótima química com o amigo Evans (depois de quatro filme juntos, uma hora teria que ser exposta na tela a amizade da vida real), e a relação entre ambos se torna uma das melhores coisas na produção. Outro que merece destaque, é Redford. Em seu primeiro grande blockbuster nos tempos atuais, ele consegue exercer uma atuação melhor quanto a de Guy Pierce em "Homem de Ferro 3". Já o vilão do titulo, tem seus momentos, mas no final das contas ele acaba sendo retratado de uma forma restrita, em relação aos outros personagens (sendo que ele só aparece no final do segundo ato).

"Capitão América 2 - O Soldado Invernal", é de fato a melhor produção da Marvel mesmo. Não querendo falar nada exageradamente, mas ele está sendo o que "Batman - O Cavaleiro das Trevas" foi para DC (tirando o vilão, que dificilmente alguem será melhor que o Coringa de Health Ledger): um filme de herói, com toques realistas. RECOMENDO!

Nota: 9,0/10,0

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