terça-feira, 17 de setembro de 2013

CRÍTICA - RUSH - NO LIMITE DA EMOÇÃO


Entrando no embalo das produções biográficas, cuja nesta época fomos apresentados a dois filmes do estilo, sendo eles "Jobs" (sobre a vida de Steve Jobs), "Diana" (sobre a Princesa Diana), e agora "Rush - No Limite da Emoção", não somente trata da vida de um famoso ícone da Formula 1, mas sim de dois dos maiores pilotos de todos os tempos, são eles o playboy inglês James Hunt (Chris Hemsworth, o Thor de "Os Vingadores") e o austríaco Niki Lauda (Daniel Brühl, de "Bastardos Inglórios"). Para contar a história o diretor Ron Howard (vencedor do Oscar por "Uma Mente Brilhante") e o roteirista Peter Morgan (Indicado ao Oscar por "A Rainha" e "Frost/Nixon"), tiveram como ponto de partida a primeira corrida de Hunt na Formula 3, cuja vitória lhe trouxe um convite para se tornar piloto da Fórmula 1. Este se mostra um verdadeiro mulherengo e alcoólatra, que se preocupa mais com uma boa farra ao invés das corridas. Já Lauda se demonstra como uma pessoa completamente fria, que se preocupa somente em vencer e em novas estratégias para consegui-la. Mas diferente de Hunt, Lauda é um homem de uma mulher e que é a austríaca Marlene Knaus (Alexandra Maria Lara), cuja paixão por ela é igualada com as corridas.


O ponto positivo da produção é que ela sabe dividir o tempo em tela dos dois corredores, sendo que em nenhum momento nós notamos que ambos possuem uma personalidade simpática e que façamos torcer de verdade por eles. O que ajudou muito na interpretação dos atores em cena, foi o excelente trabalho da equipe de maquiagem, cuja fisionomia de Brühl se assemelhou muito com a de Lauda, seja antes ou após o acidente que o deixou com o corpo parcialmente queimado. Vale destacar que essa é a melhor e mais emocionante sequencia do filme, pois a situação que ficou Lauda foi extremamente grave, e todo seu tratamento foi completamente pesado, já que ele queria ficar melhor o mais rápido possível, a todo custo para poder conseguir superar Hunt nas pistas (que na época estava ganhando grande parte das corridas).


Ao mesmo tempo, Hunt está cada vez mais arrasado com o seu divorcio com Suzy Miller (a bela Olivia Wilde, do seriado "House", foto acima), que o trocou pelo ator Richard Burtton. Mesmo ganhando as corridas, ele nunca mais se sentiu o mesmo e por isso, passou grande parte de suas noites com várias mulheres e bebidas.

Nestes arcos, Ron Howard realizou uma ótima homenagem as produções da década de 60/70 (tempo que o filme se passa), seja na estética de filmagem (com o carro parado e o cenário se movendo ao fundo, causando assim a impressão de movimento) ou na fotografia extremamente pálida (causando a impressão de que a produção foi filmada há alguns anos). Mas desses momentos, o mais notável e que chama atenção (principalmente de nós brasileiros) é a sequencia da primeira corrida de Hunt e Lauda na Formula 1, que é justamente no autódromo de Interlagos, em São Paulo (onde há uma breve noção do que o pessoal de fora, pensa como é o Brasil: um lugar com mulheres quase nuas, rebolando em cima de vários homens).

No final das contas, "Rush - No Limite da Emoção" é uma grandiosa e divertida produção que nos mostra a vida de dois dos maiores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos. RECOMENDO!

NOTA: 9,0/10,0

Agradecimentos: João Tavares Neto.


Um comentário:

Molestando o Cetáceo disse...

"onde há uma breve noção do que o pessoal de fora, pensa como e o Brasil: um lugar com mulheres quase nuas, rebolando em cima de vários homens"...eu moro aqui e não só penso, como tenho certeza...

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