sábado, 8 de junho de 2013

CRÍTICA - O GRANDE GATSBY


F. Scott Fitzgerald é considerado por muitos como um dos maiores escritores da "geração perdida" na literatura americana, mas mesmo enfrentando diversos problemas com o alcoolismo e as crises de sua neurótica esposa Zelda (situação abordada no longa de Woody Allen "Meia-Noite Em Paris"), ele escreveu diversos roteiros para Hollywood, mas nenhum deles obteve enorme êxito como os seus livros, no qual renderam grandes produções cinematográficas, como o fabuloso "O Curioso Caso de Benjamin Button", "O Último Magnata" e agora "O Grande Gatsby", sendo que está é a sexta vez que este é adaptado para as telonas. Mas de todas as versões, a mais bem sucedida foi a protagonizada por Robert Redford e Mia Farrow, com o roteiro adaptado por Francis Ford Coppola.


Sendo assim como a maioria dos estadunidenses ainda lêem "O Grande Gatsby" nas escolas, Hollywood viu que era a hora perfeita de mostrar para a nova geração a popular história nas telonas, com grandes atores conhecidos pela mesma. A história do filme é narrada pelo aspirante a escritor Nick Carraway (Tobey Maguire, o eterno "Homem-Aranha"), que aborda a sua ida a Nova York na busca do típico e clichê "sonho americano" durante a primavera de 1922, época na qual havia muita falta de moral, ápice do Jazz e dos grandes reis beberrões. Lá ele acaba conhecendo sua prima Daisy (Carey Mulligan, de "Drive") e o seu marido mulherengo e da alta sociedade Tom Buchanan (Joel Edgerton). Mas nestes arcos, o que intriga Nick é o fato de seu misterioso vizinho Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio, de "Django Livre") realizar enormes festas na mansão que fica ao lado de sua simples casa. Mas isso tudo muda logo que ele é convidado através de uma correspondência de Gatsby para participar de uma de suas festas. Assim que ambos se conhecem, nasce uma enorme amizade entre ambos, mas Gatsby guarda um enorme segredo da origem e motivo de suas farturas, onde intriga todos a sua volta.

O diretor Baz Luhrmann (de "Moulin Rouge") nos apresenta uma direção diferenciada em seus closes, onde ele utiliza as imagens em alta várias referencias aos seus trabalhos anteriores, seja no clima musical de "Moulin Rouge", o arco dramático de "Austrália" e as tensões amorosas de "Romeu e Julieta", sendo que este foi outro filme que contou com a presença de Leonardo DiCaprio. Confesso agora que este é um dos meus atores favoritos e a cada trabalho vêem demonstrando ser um dos maiores nomes de Hollywood na atualidade, mas é uma pena que os votantes do Oscar não o reconheceram. Sua atuação aqui como um o bilionário Gatsby demonstra o verdadeiro significado do que é ser um galã na alta sociedade. Sua química com Carey é ótima, mas não chega ao nível de ser uma nova Kate Winslet na vida deste. Mas o que estragou um pouco do clima foi à péssima atuação de Tobey Maguire, cujas feições não saem do automático conhecido de sempre (não importando a cena). Já Edgerton brilha no papel de vilão, fazendo  sentirmos ódio por ele ao extremo durante toda a projeção.



Já os efeitos visuais dão um enorme toque de fantasia e beleza às cenas, cujos grandes destaques são as sequências áreas sobre Nova York e a mansão Gatsby, na qual apresentam enorme profundidade (lembrando muito o trabalho da equipe de "A Invenção de Hugo Cabret"). Nestes arcos, um sequência que ficou ótima foi a apresentação de Gatsby ao publico (foto acima), que acabou se tornando extravagante ao nível deste personagem. Mas outro grande destaque é a excelente trilha sonora produzida por Jay-Z, na qual adapta diversas músicas atuais de cantoras como Beyoncé, Amy Winehouse e do próprio Jay-Z para os toques de Jazz da década de 20, o que ficou muito interessante e divertido na produção (a sequência de DiCaprio e Maguire passando por um carro tocando Jay-Z ficou divertidíssima). Enfim, "O Grande Gatsby" demonstrou ser uma das surpresas deste ano, pois eu não apostava muito neste filme. Recomendo esse verdadeiro "Show de Cinema!".


Nenhum comentário:

Postar um comentário