quinta-feira, 1 de maio de 2014

CRÍTICA - O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA 2: A AMEAÇA DE ELECTRO


Depois da Sony Pictures gerar uma certa polemica, pela radical decisão de recomeçar do zero a franquia "Homem-Aranha" (que na época não havia sequer um intervalo de 10 anos com a primeira produção), a nova série parece que está trilhando uns caminhos diferentes da trilogia comandada por Sam Raimi. Quando lançado em 2012, "O Espetacular Homem-Aranha" dividiu o publico e a crítica em vários sentidos, como a escolha do protagonista e a abordagem mais realista a clássica história do adolescente nerd picado por uma aranha geneticamente modificada. De fato, o que me chamou bastante atenção nesta produção foi a preferencia dos roteiristas e do diretor Marc Webb (de "500 Dias Com Ela"), de dar mais atenção aos problemas pessoais de Peter Parker (Andrew Garfield, de "A Rede Social"), ao invés dos arcos dele como o "cabeça de teia".


Quase dois anos depois, chega aos cinemas "O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro". Aqui acompanhamos um Parker mais concentrado na sua carreira de herói (já que agora ele está mundialmente famoso e idolatrado por todos), do que com o seu namoro com Gwen Stacy (Emma Stone, de "Caça Aos Gangsteres"), apesar de ter prometido antes do Pai dela falecer, que iria se afastar terminar relacionamento. Notamos aqui que o relacionamento dos atores de ambos na vida real, ajudou a melhorar bastante suas atuações nesta sequencia, principalmente nos arcos dramáticos. Mas depois da formatura, tudo começa a mudar na vida de ambos, já que ela pode se mudar para Inglaterra para estudar em Oxford. Já Parker, se vê obrigado a lutar pelo amor a Gwen, enquanto continua salvando a vida de vários cidadãos em Nova York. Momentos que acabam se tornando uma verdadeira deixa para a equipe de efeitos visuais usar e abusar do 3D. Nós vemos vários objetos, que vão de vidros, carros, aviões e o próprio Homem-Aranha, vindo em nossa direção durante grande parte da produção, ou seja, nesta película essa tecnologia é indispensável. 


Mas em um de seus atos heroicos, ele acaba salvando o tímido e estranho funcionário da Oscorp, Max Dillon (Jamie Foxx, de "Django Livre"). Logo ele acaba se tornando um fã obsessivo do Homem-Aranha. Mas tudo muda na sua vida quando ele acaba tomando uma alta carga elétrica em um acidente de trabalho, que o faz transformar em um poderoso monstro que suga todo tipo de energia, batizado de Electro. Foxx exerce aqui trabalho bastante familiar com o de Jim Carrey em "Batman Eternamente", no qual interpreta um enorme fracassado "invisível", que trabalha para uma enorme empresa, que acaba se tornando conhecido a partir do momento que decide virar para o lado do mal. Só que aqui, Foxx está completamente irreconhecível após a transformação, graças aos ótimos trabalhos da equipe de efeitos visuais e maquiagem (que também arrasaram com o visual do Duende Macabro).


Além de enfrentar esse novo vilão, Peter irá se reencontrar com o velho amigo Norman Osborn (Dane DeHaan, de "O Lugar Onde Tudo Termina"), que agora assumiu as empresas Oscorp após o falecimento de seu Pai (Chris Cooper, de "Álbum de Família"). DeHaan já deixa claro logo na primeira cena que aparece, que tende a ser o ponto forte da produção, já que ele consegue ter o nível sádico de Norman (ao contrário de James Franco, que possuia um rosto mais bobo). Sua frieza e feição fechada, tornaram o personagem uma das melhores coisas do filme.

Diferente da segunda parte da primeira trilogia (que é considerada por muitos como uma das melhores sequencias de todos os tempos), "O Espetacular Homem-Aranha 2" foca mais em situações cômicas de Parker, deixando de lado os efeitos causados pela morte de seu Tio Ben, e sua relação com a Tia May. Mas a película toma outros rumos quando chega em seu último ato, o que fez a maioria dos fãs admirarem a produção e mostrar que ela tem tudo para continuar dando certo. Claro, pelo que muitos acompanharam ao longo das divulgações, aqui temos de fato três grandes vilões dos quadrinhos (Rino, Electro e o famoso Duende Verde). Só que diferente de "Homem-Aranha 3", Webb soube dosar os momentos de todos eles em cena, não os deixando muito tempo juntos, mas sim com grandes momentos individuais de cada.

Nota: 8,0/10,0

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