domingo, 12 de maio de 2013

CRÍTICA - EM TRANSE


Danny Boyle demonstrou em seus últimos filmes, que consegue ser distinto em seus trabalhos. Confesso que comecei a admirar seus trabalhos não pelo grande vencedor do Oscar "Quem Quer Ser Um Milionário?", mas sim pelo grande "127 Horas", onde o filme todo era praticamente o personagem de James Franco com a mão presa em uma pedra no Grand Canion. Em seu último trabalho "Em Transe", Boyle teve que interromper seu processo de pós-produção, pois teve de filmar a abertura dos jogos olímpicos do ano passado. Mas isso não prejudicou em nada esta maravilhosa "obra de arte", pois ele realiza aqui ótimos jogos de cena onde devemos estar atentos a cada mínimo detalhe para não perder o rumo do que irá se passar nesta história.

O filme tem como ponto de partida o leiloeiro de obras de arte Simon (James McAvoy, de "X-Men: Primeira Classe"), que em um dia é alvo da gangue do ladrão de obras de arte Franck (Vincent Cassel de "Cisne Negro"). Mas ao proteger uma obra de arte deste, Simon acaba sofrendo uma pancada na cabeça que o deixa sem saber o que aconteceu naquele momento. Ao sair do hospital ele é capturado pela gangue de Franck, que começam a realizar várias torturas com o propósito que ele revele onde ele escondeu o tão valioso quadro. Tendo em vista de que ele sofreu mesmo uma amnésia, Franck decide procurar uma hipinotista a escolha de Simon. Este acaba escolhendo Elizabeth Lamb (Rosário Dawson de "Incontrolável"), dando inicio a um enorme jogo de gato e rato dentro da hipnose de cada personagem, na qual não falta sensualidade, suspense e muitas reviravoltas.


James McAvoy demonstra uma ótima atuação aqui, transpondo um personagem que começa a mudar de personalidade aos poucos. Sendo que ele possui uma ótima química com a atriz Rosário Dawson, que esbanje muita sensualidade em cena. Já sobre o ator Vincent Cassel, confesso que ele demonstra a muito tempo que seu nome está sempre relacionado a imagem de algum vilão. Mas isso não prejudica nada sua participação aqui, na qual realiza uma ótima química com James e Rosário.


Todos estes conseguem realizarem um ótimo trabalho graças ao diretor Danny Boyle, cujas comparações de "Em Transe" com o filme de Chistopher Nolan "A Origem" são inevitáveis, pois aqui ele explora de uma forma mais liberal o subconsciente humano, na qual em certos momentos não conseguimos distinguir o que é verdade ou mentira. Estas sequências ficaram ótimas graças ao trabalho das equipes de fotografia e trilha sonora, na qual utilizam melodias e tons distintos nas cenas, juntamente com a excelente montagem de Jon Harison que nos demonstra o que é passar por uma verdadeira hipnóse. Confesso que não vou contar muito mais sobre a trama, pois um dos pontos altos da trama são suas variadas reviravoltas, sendo que se quiser saber mais assista "Em Transe", que em minha opinião conseguiu ser um dos melhores filmes de 2013. Recomendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário