Quando eu me encontrei com Leandro Hassum, lhe questionei sobre o fato se ele se interessaria por tomar os mesmos rumos da carreira que Jim Carrey e Robin Williams, onde depois de fazerem seu público rir em vários longas, partiram pra carreira dramática e foram bem sucedidos nisso. Como resposta, ele disse que "faço aquilo que realmente me faz bem". E é exatamente essa a premissa de seu novo longa, "Chorar de Rir", onde ele interpreta o humorista Nilo Pereque, onde após uma crise existencial, resolve atuar na peça teatral de "Hamlet", para mostrar que possui um talento dramático, tão bom quanto o cômico.
O roteiro de José Roberto Torero ("Pequeno Dicionário Amoroso"), tem clara menção aos últimos acontecimentos na vida do próprio Jim Carrey (onde o visual do próprio Hassum, remete ao mesmo), junto a sua recente série "Kidding". A começar pela paixão notória do ator pelo falecido comediante Jerry Lewis (que também é admirado pelo próprio Hassum), onde a abertura brinca com alguns de seus principais sucessos na carreira, e as constantes invenções da mídia a respeito de suas atitudes atrás das câmeras, onde mesmo estando na dele, ainda tentam tirar vantagem. E ainda temos direito a seu conselheiro dramático vivido Fulvio Stefanini sendo uma clara brincadeira com o veterano Jack Nicholson, e que funciona muito bem.
Mas não posso dizer que é um longa com grandes atuações, pois todos estão no automático e não possuem momentos muito simbólicos ou marcantes. Hassum ta bem como protagonista e ainda consegue fazer rir, quando necessário, porém sua química com Monique Alfradique é realmente muito fraca.
"Chorar de Rir" não é uma obra prima da comédia nacional, mas ainda sim consegue divertir os que procuram uma diversão escapista, com alguma mensagem em sua conclusão.
Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.
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