sexta-feira, 29 de março de 2019

A CINCO PASSOS DE VOCÊ

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"A Culpa é das Estrelas" foi um daqueles longas onde mesmo tendo uma história simples, conseguiu cativar o espectador com sua humanidade e fácil aproximação do publico com os protagonistas, que sofriam de câncer terminal. Pegando carona nesse sucesso, "A Cinco Passos de Você", tem uma trama similar, porém uma produção bem mais pequena e que consegue cativar da mesma forma. 

Haley Lu Richardson in Five Feet Apart (2019)

A história mostra a jovem Stella (Haley Lu Richardson), que sofre de fibrose cística e transformou seu quarto de hospital em um verdadeiro ambiente de youtuber, sempre tendo seu controle metódico de quaisquer coisas que a cercam a sua volta. Mas tudo muda quando ela esbarra com Will (Cole Sprouse), que sofre da mesma doença, porém em estágio avançado, mas se nega a dar continuidade no tratamento. 

Cole Sprouse and Haley Lu Richardson in Five Feet Apart (2019)

Assim como o longa citado, o grande destaque decai sobre a dupla protagonista, onde além de terem muito carisma para os interpretarem (lembrando que Richardson é uma blogueira, igual a sua personagem). Vemos que eles sabem retratar muito bem os traumas, medos e preocupações de quem vive em um quarto de hospital. Mas o que me chamou bastante a atenção foi o roteiro dos estreantes Mikki Daughtry e Tobias Iaconis, darem destaque para tramas e arcos paralelos envolvendo personagens coadjuvantes, que são o amigo de Stella, Poe (Moises Arias) e a enfermeira Barb (Kimberly Hebert Gregory). 

Mas como estamos falando sobre um longa "teen", é notório que o diretor Justin Baldoni procura não enaltecer inovações narrativas, e nos brinda apenas com sequencias que realmente dão certo no cinema. Como momentos românticos regados a uma trilha sonora pop, englobados a enquadramentos constantes nos olhares de ambos, só para "aquecer" o coração dos mais sensíveis. 

"A Cinco Passos de Você" mesmo sendo bem agridoce, consegue entregar o que promete ao espectador, o fazendo refletir e se divertir ao mesmo tempo. 

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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terça-feira, 26 de março de 2019

SUPREMA


"Green Book - O Guia" venceu o Oscar e conseguiu um patamar diferente em sua abordagem a questões delicadas, ao não apelar para o vitimismo constante. Enquanto este falava sobre o racismo sem vitimismo, "Suprema" fala sobre o feminismo sem vitimismo. Tendo a infeliz coincidência de estrear junto com o novo ícone feminista, "Capitã Marvel", aquele narra a história real da advogada Ruth Ginsburg (Felicity Jones), que descobriu que a lei estadunidense possui brechas que não igualam os sexos, independente da questão. Tendo sido uma das poucas mulheres que cursou a Faculdade de Harvard, em 1993 se tornou parte da Justiça da Suprema Corte dos Eua, sendo nomeada pelo então Presidente Bill Clinton.

Felicity Jones, Justin Theroux, and Armie Hammer in On the Basis of Sex (2018)

Dirigido por Mimi Leder ("Jogo Entre Ladrões"), o longa não só tem o mesmo estilo do citado no paragrafo antecessor, como também extrapola no recurso de "sensacionalismo narrativo", que são os constantes enquadramentos sobre Jones, que insistem em mostrar que "ela é a única mulher, no meio de um monte de homens" ao andar numa multidão, entrar em um elevador. A narrativa já havia me vendido em diálogos isso, porém é implicância jogar isso toda hora pro espectador. Agora porque a narrativa "não joga vitimismo?", digamos que Ruth é sempre mostrada como uma mulher empenhada em sua carreira, cuidar de seus filhos e do marido com câncer (Armie Hammer), "coisas tipicas de mulher", mas dentre esses arcos, há momentos onde ela sempre acaba esbarrando com argumentos contraditórios, seja um movimento feminista ou ridicularização de seus superiores. ela sempre opta por apresentar fatos concretos ou  atitudes que a fazem ser uma pessoa valorizada. Então não a vemos chorando, reclamando, muito menos fazendo textões pra botar em jornais (porque estamos falando de um longa que se passa em meados dos anos 50 a 80), mas sim ela seguindo com a vida normal dela e lutando apenas estudando leis. 

Felicity Jones in On the Basis of Sex (2018)

E Jones cumpre esse papel com excelência, e nos faz comprar sua atuação em poucos minutos em cena, assim como Hammer, que infelizmente acaba sendo jogado pra escanteio (assim como sua doença) em certo ponto da narrativa. Agora quem consegue cumprir a função de "peso dramático" com aquela, é Cailee Spaeny ("Vice"), que interpreta sua filha. Existem dois momentos dentre as duas, aos quais podem ser facilmente replicados nos dias atuais, e fazem o espectador pensar sobre o termo "feminismo" de outra maneira.

Mesmo com uma narrativa "Sessão da Tarde", "Suprema" chegou a tona em uma época certa, na qual muitas pessoas dão notoriedade a longas sobre a temática repleto de vitimismo, mas não reparam que a mesma história pode ser contada, sem uma gota de mimimi.    

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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sábado, 23 de março de 2019

NÓS

Nós : Poster

Jordan Peele nasceu na comédia, mas acabou se tornando um dos novos grandes nomes do gênero de Suspense/Terror. Sendo reconhecidos pela Academia do Oscar já em seu primeiro longa "Corra!" (através do premio de Roteiro Original), o cineasta mostra que não vai errar a mão tão cedo com seu mais recente longa, "Nós". Mas porque Peele é tão "endeusado"? Simplesmente por ele pegar premissas já conhecidas em um primeiro momento, e literalmente "brinca de cinema", pois se "cinema é fantasia", então N possibilidades podem serem feitas, isso é um fato e ele sabe. 

Lupita Nyong'o in Us (2019)

A história mostra uma família indo passar uma temporada em uma casa de Praia, em Santa Monica. Porém o local acaba trazendo a tona um antigo pesadelo da matriarca (Lupita Nyong'o), o que logo faz a mesma ter de enfrentar um estranho grupo psicopata. 

Eu não vou adentrar muito no enredo do filme, pois o próprio trailer não faz tal ato e as surpresas são a chave para o longa funcionar. Peele sabe disse e constantemente brinca com o espectador nesse aspecto. Seja através de um enquadramento que induz este a pensar errado, ou até mesmo em arcos padrões do gênero horror, como por exemplo, momentos onde os protagonistas estão lutando em uma casa contra os psicopatas pela sobrevivência. Agregado a estes é acompanhada a trilha sonora de Michael Abels, cujas notas remetem a algo perturbador em algum momento chave, além de se encaixarem perfeitamente com o que está sendo mostrado (lembrando um pouco o trabalho de "Em Ritmo de Fuga"). 


Com relação as atuações Nyong'o é a grande estrela do filme (não duvido que ela acabe recebendo algumas indicações a várias premiações por este papel), pois sua constituição se da pelo olhar de sua caractere e o peso dramático, fazendo nós (trocadilho infame agora) comprarmos sua protagonista. Já seu marido, interpretado por Winston Duke tenta ser um alivio cômico que se torna mais "um inútil do filme", do que alguém interessante. Falando nesse pejorativo, a personagem de Elisabeth Moss (que já venceu dois Globos de Ouro), não há motivo algum para estar na trama, a não ser "preencher alguma lacuna" e falar que "tem mais de um famoso estrelando".

"Nós" é uma das várias surpresas que 2019 irá nos apresentar, e se tratando no gênero horror, fico feliz que o estilo não irá morrer de vez nos cinemas. RECOMENDO! 

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet. 

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segunda-feira, 18 de março de 2019

VINGANÇA A SANGUE FRIO

Vingança a Sangue Frio : Poster

Já se tornou habitual todo ano ter uns dois, três filmes de ação estrelados por Liam Neeson, cuja premissa mostra algum álibi lhe propondo sair dando tiro, porrada e tacando bomba pra tudo que é lado. E não é diferente em "Vingança A Sangue-Frio", que é baseado no longa Dinamarquês "Kraftidioten" de Kim Fupz Aakeson.

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Neeson interpreta o escavador de gelo Nels Coxman, onde logo após a morte do filho (Micheál Richardson) por overdose, insiste em procurar saber o verídico ato, já que este não era viciado ou envolvido com drogas. A medida que ele vai adentrando nas investigações, Nels vai se envolvendo em uma batalha de traficantes no Alaska. 

Quem já viu essa premissa em quaisquer filmes, pode-se deduzir tudo o que ocorre no decorrer da narrativa facilmente. Desde a dupla de policiais (vividos por John Doman e Emmy Rossum) que nada fazem, e estão lá por estar, até o vilão (Tom Bateman, que aqui mais parece uma versão satírica do Felipe Neto) com suas manias psicológicas extremamente estranhas, aos quais lhe fazem apenas servem para mostrar "o quão ele é louco".

Liam Neeson and Emmy Rossum in Cold Pursuit (2019)

Mas a direção e roteiro não só exploram esses clichês habituais, como também extrapolam em deixar o arco envolto ao personagem de Neeson em segundo plano durante a metade do filme, ou seja, ele se torna um mero coadjuvante em meio a subtrama envolta as gangues. A única coisa "nova" que se vê no longa (que lembrou o estilo Tarantino de ser), foi que quando algum personagem morre, seu nome aparece em tela como uma espécie de "obituário". 

"Vingança A Sangue-Frio" não é um excelente, nem um dos melhores exemplares de ação estrelados por Liam Neeson. É um "mais do mesmo", que funciona se você está em busca de entretenimento genérico e nada mais. Porém se você busca inovação, sinto lhe afirmar, que este não está nas suas melhores escolhas de projetos. 

Nota: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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domingo, 17 de março de 2019

CHORAR DE RIR

Chorar de Rir : Poster

Quando eu me encontrei com Leandro Hassum, lhe questionei sobre o fato se ele se interessaria por tomar os mesmos rumos da carreira que Jim Carrey e Robin Williams, onde depois de fazerem seu público rir em vários longas, partiram pra carreira dramática e foram bem sucedidos nisso. Como resposta, ele disse que "faço aquilo que realmente me faz bem". E é exatamente essa a premissa de seu novo longa, "Chorar de Rir", onde ele interpreta o humorista Nilo Pereque, onde após uma crise existencial, resolve atuar na peça teatral de "Hamlet", para mostrar que possui um talento dramático, tão bom quanto o cômico.

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O roteiro de José Roberto Torero ("Pequeno Dicionário Amoroso"), tem clara menção aos últimos acontecimentos na vida do próprio Jim Carrey (onde o visual do próprio Hassum, remete ao mesmo), junto a sua recente série "Kidding". A começar pela paixão notória do ator pelo falecido comediante Jerry Lewis (que também é admirado pelo próprio Hassum), onde a abertura brinca com alguns de seus principais sucessos na carreira, e as constantes invenções da mídia a respeito de suas atitudes atrás das câmeras, onde mesmo estando na dele, ainda tentam tirar vantagem. E ainda temos direito a seu conselheiro dramático vivido Fulvio Stefanini sendo uma clara brincadeira com o veterano Jack Nicholson, e que funciona muito bem. 

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Mas não posso dizer que é um longa com grandes atuações, pois todos estão no automático e não possuem momentos muito simbólicos ou marcantes. Hassum ta bem como protagonista e ainda consegue fazer rir, quando necessário, porém sua química com Monique Alfradique é realmente muito fraca. 

"Chorar de Rir" não é uma obra prima da comédia nacional, mas ainda sim consegue divertir os que procuram uma diversão escapista, com alguma mensagem em sua conclusão.

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

quinta-feira, 14 de março de 2019

OPERAÇÃO FRONTEIRA

Operação Fronteira : Poster

Depois de anos tentando tirar o projeto do papel, o diretor e roteirista J.C Chandor ("O Ano Mais Violento"), finalmente conseguiu lançar "Operação Fronteira" no serviço de streaming Netflix. Mas o que era pra ter sido um divertido filme sobre roubos, se passa a ser uma trama repleta de erros, onde os mais atentos deixarão a obra a merce.

Ben Affleck in Triple Frontier (2019)

A história mostra um grupo de ex-militares que resolvem realizar um roubo a um poderoso traficante de drogas, na fronteira dentre Brasil, Colômbia e Peru. Mas como o plano obviamente da errado, eles se veem obrigados a lutarem em um verdadeiro campo de batalha, e fugirem com vida e vários sacos contendo milhões de dólares. 

Ben Affleck, Pedro Pascal, Charlie Hunnam, Oscar Isaac, and Garrett Hedlund in Triple Frontier (2019)

São diversos os erros cometidos pelo roteiro do próprio Chandor e Mark Boal ("A Hora Mais Escura"), sendo algumas atitudes ilógicas cometidas pelos personagens durante boa parte dos últimos 30 minutos de projeção. Alguns são tão absurdos (como o fato de alguns dos militares serem contra o uso de armas de fogo num campo de batalha!), que tive de voltar pra ver se o caractere havia feito tal coisa. Isso sem mencionar a bendita mania de botarem "brasileiros" falando APENAS espanhol! Fora que a questão geográfica abordada no longa é confusa, pois em momento algum sabemos em qual país eles estão (em uma cena, pela "Brahma" e "Antártida" na mesa, deduzi que era Brasil, até um infeliz falar em espanhol) e em qualquer lugar todo mundo fala espanhol (apenas que é na tal "Fronteira Tripla" (que leva o nome original do filme)).

Nesse último paragrafo parece que estou citando que o novo grande lançamento da Netflix, é uma bomba. Muito pelo contrário, a direção de Chandor sabe muito bem retratar as sequencias de ação, dosar alguns momentos de suspense, que até criam interesse do espectador por torcer pelos protagonistas (apesar dos únicos que foram bem explorados são os personagens de Ben Affleck e Oscar Isacs). 

Os menos exigentes e que esperam apenas ação, vão gostar de "Operação Fronteira". Já os que esperam algum roteiro e ação com lógica, facilmente irão detesta-lo. 

Nota: 4,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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domingo, 10 de março de 2019

QUERIDO MENINO

Querido Menino : Poster

Fazia tempos que um longa não me dava um soco tão forte no estomago, quanto esse "Querido Menino". Provavelmente seja pelo simples fato de ter conviver com pessoas que são dependentes químicas, e estar ciente de que eles nunca conseguirão uma cura exatamente, a não ser o que Deus lhes propuser. E é exatamente essa a premissa do longa de Felix van Groeningen (que também assina o roteiro com Luke Davies), que é mostrar o quão essa questão pode abalar não só o próprio usuário, como pessoas a sua volta. 

Maura Tierney, Steve Carell, Timothée Chalamet, Oakley Bull, and Christian Convery in Beautiful Boy (2018)

Baseado no livro escrito por David e Nic Sheff, "Querido Menino" conta a história verídica de quando Nic (vivido aqui por Timothée Chalamet), que se revelou ser dependente de vários tipos de drogas, sendo que por ultimo pegou obsessão pela metanfetamina (mesma droga da série "Breaking Bad"). Sem saber como proceder exatamente, seu pai David (Steve Carrell), utiliza de seus dotes jornalísticos para descobrir como a mesma age e de que forma ele pode salvar seu filho do vicio. 

Steve Carell in Beautiful Boy (2018)

Groeningen procura desenvolver a situação pelo ponto de vista do Pai, onde vemos a todo momento a preocupação que ele exerce pelo filho, tentando mostrar que o amor de ambos conseguirá ser mais forte que o vicio. Nisso tanto a atuação de Carrell, quanto de Chalamet (que realmente parece um viciado) reflete muito bem, pois ambas sempre dosam homeopaticamente situações delicadas que ocorrem, seja as constantes tentativas de parar deste, e as suas recaídas no vicio. Nessas horas a própria narrativa opta pelo silencio, pelo enquadramento em cima da droga, que simbolicamente representa a morte e a depressão. E em volta de ambos, vemos o quão a família vai se destruindo, seja com a atual esposa de David, Karen (Maura Tierney), que começa bem apagada, mas tem um momento de "basta" que representa tudo aquilo que disse acima. Já a mãe biológica (vivida por Amy Ryan), representa o "social", onde ela só aparece pra ocultar o trabalho do ex e daquela, para falar que teve um "filho que é um herói sob as drogas". 

"Querido Menino" é um longa humano, que serve para refletir sobre essa questão que abala muitas famílias, e de preferencia deve ser assistido por várias delas em conjunto, pois serve de lição para os "vida louca" acordarem e verem as cagadas que estão fazendo, antes que seja tarde. RECOMENDO! 

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet. 

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sexta-feira, 8 de março de 2019

CAPITÃ MARVEL

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Sem duvidas que "Capitã Marvel" era um dos longas mais aguardados pelos fãs mais assíduos da Marvel, pois desde o desfecho de "Vingadores: Guerra Infinita", ficou claro que a solução para a tragédia ocorrida neste, teria grande parte da solução mostrada no longa de Carol Danvers. 

Samuel L. Jackson and Brie Larson in Captain Marvel (2019)

Interpretada por Brie Larson, a narrativa não apresenta uma história de origem (como habitualmente os outros da longas do estúdio mostravam), mas sim um contexto onde ela vive uma militar da raça Kree, conhecida como Vers. Sem se lembrar de seu passado, ela procura saber quem ela realmente era, ao se acidentar e ir parar no planeta terra em pleno anos 90.

Jude Law, Brie Larson, and Algenis Perez Soto in Captain Marvel (2019)

Os roteiristas Anna Boden, Ryan Fleck (que também assinam a direção) e Geneva Robertson-Dworet, procuram deixar algumas fórmulas já conhecidas no gênero "amnésia" e "conflito de sociedades", e partir para o estilo "policial dos anos 90", ao colocar juntos em cena Larson e Samuel L. Jackson. Mesmo possuindo uma química ótima, e arrancando bons momentos, a primeira não consegue transpor uma persona digna para Danvers. Fica aquele vazio o tempo todo, onde falta uma vida pra personagem e que faça o público realmente se "importar" com ela, mesmo sabendo tamanha importância que ela tem. Enquanto o segundo tem a melhor atuação e participação em toda a franquia da Marvel, onde além de arrancar bastante risos, mostra um lado do Fury que não conhecemos ainda. Enquanto as subtramas, a que foi melhor desenvolvida é a de Ben Mendelsohn, pois há um começo, meio e fim, e acabamos comprando seu personagem. O que difere de Jude Law, e Annette Bening, que estão lá "por estar", mesmo seus personagens tendo certa "importância". 

Em contexto geral, as sequencias de ação são muito bem realizadas, e conseguem prender o espectador facilmente (ainda mais se você optar por uma tecnologia 3D, onde o recurso da profundidade funciona como um verdadeiro "embarque pra dentro da narrativa"). O mesmo se pode dizer das constantes referencias a utensílios e dificuldades tecnológicas da época, onde quem isso viveu, os momentos acabam se tornando um verdadeiro deleite e o riso acaba sendo eminente. 

Não exito em falar que "Capitã Marvel" é a "Massa Corrida da Marvel", pois serve para tapar os buracos que houveram em todos os seus filmes nos últimos 11 anos, e preparar o espectador para a batalha final em "Vingadores Ultimato". Se você exita em ver o filme e pular direto para o citado, recomendo que não faça isso, pois o mesmo contém elementos importantes para o arco principal do que está por vir. 

Obs: Há duas cenas pós créditos no longa, onde valem a pena você ficar esperando elas serem mostradas. 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet. 

terça-feira, 5 de março de 2019

TODOS JÁ SABEM

Todos Já Sabem : Poster

Não sei quando eu fiz isso pela última vez,  onde adentrei em uma sala de cinema sem saber nada a respeito do filme pelo qual iria apreciar. A única coisa que sabia, era que ele era composto por nomes pesados do cinema alternativo como Ricardo Darín, Penélope Cruz e Javier Bardem. Felizmente esse fator ajudou ainda mais a adentrar a história de "Todos Já Sabem". 

Javier Bardem and Penélope Cruz in Todos lo saben (2018)

A trama de inicio parece uma novela das oito, onde Laura (Cruz) leva os dois filhos para a Argentina para o casamento de um parente, enquanto seu marido (Darín) permaneceu na Espanha. No local ela reencontra diversas pessoas que tem ligações marcantes em seu passado, como Paco (Bardem). No meio da festança, sua filha mais velha (Carla Campra) desaparece, causando um enorme conflito dentre todos os convidados e membros da família.

Penélope Cruz and Ricardo Darín in Todos lo saben (2018)

O roteiro e direção de Asghar Farhadi ("O Apartamento") opta por uma narrativa sem muita inovação, onde o foco decai mesmo em cima do drama e suspense, que nos faz questionar onde foi parar a garota e quem realmente sequestrou, e isso é exercido primordialmente pelo trio protagonista, onde mesmo aparecendo bem pouco, Darin consegue roubar a cena com uma atuação, pelo qual questionamos suas verdadeiras intenções. Já Cruz e Bardem (que são casados na vida real, e estrelaram juntos "Vicky Cristina Barcelona" e "Escobar: A Traição"), possuem uma ótima química em tela e conseguem transpor muito bem as emoções dos seus personagens, principalmente em momentos chaves.

"Todos Já Sabem" é um interessante suspense com toques dramáticos, que se torna uma ótima pedida, principalmente quando o cinema já esta farto de longas estadunidenses que tentam tirar franquias de tramas como essa. 

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.