Quase dez anos sumido da cadeira de diretor, depois de tantas polêmicas em sua vida pessoal, Mel Gibson finalmente apresenta seu trabalho mais ácido e sagaz desde "A Paixão de Cristo". "Até o Último Homem" conta a história real, do jovem católico Desmond Doss (Andrew Garfield, o segundo Homem-Aranha do cinema), que decide por conta própria servir ao exército durante a segunda guerra. Porém ele enfrenta diversas autoridades militares dos Eua por um simples motivo: ele não quer tocar em nenhuma arma, mas sim apenas ajudar a salvar os feridos.
Gibson que é católico praticante e assumido, aproveita esta sua característica pessoal pra nos envolver perante aos dogmas religiosos exercidos por Doss, que de forma alguma deixava pra trás sua Bíblia, mesmo sendo motivo de piada por todos os seus colegas de exército. Garfield fez aqui sua melhor atuação na carreira (lembrando que ele ainda está em "Silence", novo do Martin Scorsese que sai no próximo mês), onde ele nos transpõe seu sentimentos de medo, paz, honra e coragem do seu personagem. Sua química com Palmer é outro ponto forte do longa, porém quem também acaba roubando a cena aqui em dois momentos distintos, é Hugo Weaving ("Matrix") que faz o pai alcoolatra de Desmound, e Vince Vaugh ("Os Estagiários") que faz o sargento do seu batalhão no exército e também exerce a função de alivio cômico da película.
Porém que já conhece o estilo de Gibson, sabe que o diretor não poupa nem um pouco quando trabalha com cenas de violência, ou seja, a sequencia de Desmound em pleno campo de batalha é realmente forte e impressionante (quem for sensível demais a estas coisas, já recomendo que evite ver este filme). "Até o Último Homem" não só é um forte possível indicado ao Oscar de Melhor Filme, como também é um ótimo e merecido retorno de Mel Gibson aos holofotes de Hollywood. RECOMENDO!
Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
Um comentário:
É uma boa opção para uma tarde de filmes. Quando leio que um filme será baseado em fatos reais, automaticamente chama a minha atenção, adoro ver como os adaptam para a tela grande, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Até o último homem filme não conhecia a história e realmente gostei. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia, achei um filme ideal para se divertir e descansar do louco ritmo da semana.
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