domingo, 1 de janeiro de 2017

PASSAGEIROS

Resultado de imagem para filme passageiros 2016

Anunciado há cerca de um ano e meio, "Passageiros" vem carregando grandes expectativas dos cinéfilos e grande público por um simples motivo: ele reúne os dois queridinhos de Hollywood, Chris Pratt e Jennifer Lawrence, como o casal protagonista. Ao sair o primeiro trailer, os efeitos visuais e o entrosamento de ambos já se mostravam como o ponto forte. Porém ao conferir o longa nas telonas, vejo que a qualidade dele infelizmente morreu ali, pois a película é um claro exemplo de "preguiça do roteirista" em dar continuidade com uma trama que daria certo.

Resultado de imagem para filme passageiros 2016

Logo de inicio vemos uma nave que realiza uma viagem espacial que transporta cerca de cinco mil pessoas, do planeta terra para o Maximus (que é uma versão "melhorada" do nosso planeta), que acaba sendo atingida por um meteoro. No mesmo instante ele acaba acordando o engenheiro Jim (Pratt), que acaba notando passageiro que foi o único sofreu esse contratempo. Como ele acordou no 30º ano de viagem, das 120, ele tenta todos os meios para voltar a hibernar, enquanto só possui a companhia do barman robótico Arthur (Michael Sheen). Só que mais tarde a escritora Aurora também acaba acordando, o que os faz perguntar se conseguirão voltar ao sono profundo novamente e chegar com vida a Maximus.

Nos primeiros 20 minutos, onde basicamente só temos Pratt (e brevemente Sheen) em cena, o longa demonstra ter uma premissa bastante interessante, além de ser muito mais engraçado que algumas comédias lançadas este ano. Só que quando Lawrence entra em cena, o enredo muda drasticamente: o filme começa a se levar pro lado romântico/previsível, e o roteiro começa a decair bastante (com direito tombos aleatórios desta e a dancinhas do Pratt). Ta claro que ela não estava totalmente a vontade no papel, e em alguns momentos dramáticos ela parecia bem forçada (meu Deus, como ela fazia escanda-los, caras e bocas constantemente!). Sorte dela que o carisma de Pratt conseguiu enaltecer a maioria desses momentos, e deixar o andamento da história mais "confortável" pro público, e ambos acabam salvando a narrativa na maioria dos momentos (o que não tornou seu acompanhamento cansativo, durante as quase duas horas de projeção).

Imagem relacionada

O roteiro de Jon Spaihts ("Dr. Estranho") é extremamente banal, onde ele pega um pouco de cada sucesso de ficção recente (de "Gravidade" a "Interestelar"), e que resulta num enredo fraquíssimo e clichê (ele podia ter trabalhado muito os plot-twists, mas ele fez questão de deixar tudo aparente no andar da narrativa). Pra não dizer que só tivemos estes dois nomes conhecidos, ainda tem uma participação de Laurence Fishbourne ("Matrix"), em um arco bem previsível, e a ponta mais sem nexo da carreira do Andy Garcia (acho que eles tiveram orçamento sobrando pra isso). Quanto a direção de Morten Tyldum ("Jogo da Imitação"), ela estava bem competente até, e ele soube trabalhar muito bem o entrosamento dos protagonistas e as doses de comédia e drama que eram mostradas. Os efeitos visuais e a fotografia são outros pontos fortes do longa (a versão 3D estava ótima, e deu para se notar e muito profundidade durante grande parte da projeção), e já é um forte concorrente ao Oscar na primeira categoria citada (além das categorias de som). 

"Passageiros" é sem duvidas um claro exemplo de longa que conseguiu se segurar pelo talento dos seus protagonistas e o ótimo trabalho da equipe de efeitos visuais. Porque se não fosse eles, com certeza o longa seria um dos piores já lançados em 2016.


Nota: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

Nenhum comentário:

Postar um comentário