Depois de enfrentar uma série de contratempos em sua pré produção, que envolviam a gravidez de Milla Jovovich e o acidente de sua dublê Brit Olivia Jackson (onde ela acabou perdendo um braço), o novo longa e último longa da franquia "Resident Evil" (como eles vendem, mas eu duvido que seja) acabou estreando somente agora (onde o ano original era pra ser meados de 2014). Mês passado eu acompanhei o Painel na Comic Con Experience, da Milla Jovovich, enquanto ela esteve no Brasil, e quem me conhece, sabe que eu adoro esta atriz e que cresci vendo os filmes e jogos da franquia "Resident Evil". Mas o que me chamou muito atenção, foi que ela disse lá e em várias entrevistas que ela deu aqui, que a franquia iria fechar todas as pontas soltas deixadas nos outros longas. Então devido a certa curiosidade, fui logo assisti-lo nas "famosas" pré-estreias da 00h01. Só que infelizmente o longa não conseguiu sair da linha constante dos outros e acabou sendo "mais do mesmo".
Depois de ter sido aparentemente a única sobrevivente dos massacres zumbis nos últimos longas, Alice (Jovovich) decide voltar a Raccon City, local onde é sede da Umbrella Corporation. Ao chegar no local, ela descobre um pequeno grupo de sobreviventes, pelo o qual decidem se juntar a ela na invasão a corporação e conseguir recuperar o antidoto que curará toda a humanidade.
O diretor e roteirista Paul W. Anderson teve apenas dois acertos neste longa, que foram as sequencias de ação bem realizadas e a câmera tremida com a fotografia escura garantiram uma ótima transposição de emoção em alguns momentos, e na narrativa que envolvia a protagonista Alice. Porém ele erra completamente nos outros arcos, que a película apresenta. Sabemos claramente que o que vai ocorrer em cada parte do trajeto até a Umbrela (onde algumas mortes realmente acabam sendo interessantes até), e isso acaba ficando bem banal em até certo ponto da projeção. Agora temos mais uma meia duzia de personagens novos, que nem interessantes são (e alguns deles nem sabemos de onde saíram), e são apenas genéricos pra preencher lacunas de outros que morreram nos cinco primeiros longas. Um mero exemplo, é a personagem da Ruby Rose (que se mostrou aqui que não é boa atriz mesmo), onde momento algum criamos empatia pela sua personagem, mesmo ela estando no lado dos mocinhos. Agora Jovovich já se mostrou ser uma ótima atriz seja pra comédias e filmes deste gênero, e de fato, ela realmente ta boa aqui e ela tem uma química forte com Ali Later (da série "Premonição"). Enquanto Ian Glen faz o tipico vilão canastrão, onde ele ta de acordo com o que o enredo propõe.
Agora entrando na parte técnica, o filme tem efeitos visuais realmente muito bons. Só que diferente dos dois últimos filmes, aqui o recurso 3D pode ser facilmente descartado (só ha duas cenas de profundidade, mas que mesmo assim não compensam). Os monstros e zumbis continuam sendo muito bem realizados por meio de mesclas de maquiagem com CGI.
"Resident Evil: O Capitulo Final" é um encerramento que poderia ter sido mais bem planejado, se não fosse tão previsível e banal durante boa parte de seu tempo. Felizmente esta franquia foi uma das poucas que conseguiu se estabelecer nos até hoje nos cinemas, durante 15 anos e com seis filmes (algo que nem o recente "Assassin's Creed" vai conseguir). Mas infelizmente ele termina com uma grande pergunta no ar: quando será que existirão filmes baseados em games, que sejam realmente bons?
Nota: 5,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário