Musicais são sem duvidas um dos gêneros que mais marcaram a história do cinema. "Cantando na Chuva", "Casablanca", "A Fantástica Fabrica de Chocolates", "Grease", dentre outros acabaram nos marcando de alguma forma. Infelizmente a nova geração ainda não tinha chegado a ter o "musical" que as marcasse de alguma forma. Quando muitos pensavam que o gênero havia morrido nos cinemas (pois "Os Miseráveis" e "Rock Of Ages" foram inspirados nas peças da Brodway), eis que o diretor e roteirista Damien Chazelle ("Whiplash") nos brindou com essa enorme e doce surpresa batizada de "La La Land - Cantando Estações". O filme nem tinha chegado em nossas terras e já tinha conseguido dois feitos incríveis: ser a primeira produção na história a vencer todas as indicações que conseguiu no Globo de Ouro, e figurar com o 21º melhor filme de todos os tempos no IMDB. Finalmente o longa chegou a nossas terras e devo confessar que o hipe em cima dele tem sentido, pois o longa é realmente uma obra-prima!
O longa já começa com um divertido e bem realizado numero musical em um enorme congestionamento, onde no seu desfecho conhecemos os protagonistas Mia (Emma Stone), que tenta ser atriz, e Sebastian (Ryan Gosling) pelo qual não consegue se fixar como pianista e sonhar em ter seu próprio bar de Jazz. Mas ambos acabam se encontrando oficialmente mais tarde em uma festa, onde através de uma clara sequencia inspirada em "Cantando na Chuva", eles começam a ficar mais próximos.
Chazelle tinha em mãos um longa onde praticamente tudo poderia ter dado errado. Desde o enredo, até o estilo retratado no longa, possuem aqui sua identidade e diversificação. As paletas de cores variadas utilizadas constantemente (vide o figurino na foto abaixo), as referencias a longas clássicos (que são mencionados em diálogos, e retratados depois em cena, como ocorre com a de "Casablanca"), onde a mais divertida pra mim foi de "Juventude Transviada". Outro fator que chamou muito atenção, foi a edição nos apresentar os personagens do primeiro encontro no transito, até o segundo (num bar na noite de natal), começando por Mia, e quando ela o vê, volta pra Sebastian na primeira sequencia, e quando ele a vê no segundo encontro o longa segue normal (só por isso, acho que o Oscar de Edição já é certo). A partir deste ponto vemos o quanto Stone e Gosling possuem uma ótima química juntos (também, depois de "Amor a Toda Prova" e "Caça aos Gangsteres", já era bem esperado), onde acabamos sendo brindados com ótimos momentos, que são a discussão sobre Jazz (recordando o longa "New York, New York") e principalmente a música "City Of Stars" (que é a tema do longa, e realmente vicia e nos emociona todas as vezes em que nós ouvimos em cena).
Mas o roteiro de Chazelle também conseguiu realizar uma ótima crítica de como a qualidade das músicas atuais estão caindo (hoje é tudo mais voltado para o eletrônico, e as instrumentais estão morrendo lentamente, como o próprio Jazz), em diversos momentos da película. Pra se ter uma noção, a música citada no último paragrafo é totalmente executada no piano e pelos vocais de Gosling e Stone. Fora as outras do longa, que com certeza já entraram pra história e nos faz coloca-las como favoritas no Spotfy logo após o termino da sessão.
"La La Land - Cantando Estações" sem duvidas renascerá uma nova era de bons musicais nos cinemas, conseguirá fazer o Oscar de 2017 ser uma edição histórica, e assim como no Globo de Ouro, faturar todas as indicações que conseguiu obter. Se você é fã de musicais assista a este longa. Agora se você não os suporta, recomendo que fique em casa vendo Netflix, pois você vai ganhar muito mais. RECOMENDO!
Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
Um comentário:
Parece que este filme é um dos melhores que o diretor Damien Chazelle dirigiu. É uma história muito bonita, com uma essência romântica. Ryan Gosling foi perfeito para o papel, ele é um ator que as garotas amam por que é lindo, carismático e talentoso. Blade Runner 2049 é um dos seus filmes mais recentes dele, eu gostei muito. Acho que o diretor Denis Villeneuve fez um ótimo trabalho no filme, ele conseguiu fazer uma sequela impecável e manteve a mesma atmosfera. É um dos melhores filmes de drama a fotografia é impecável e o elenco é incrível.
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