Margot Robie já chegou nos cinemas roubando a cena em "O Lobo de Wall Street", onde interpretou a esposa do personagem de Leonardo DiCaprio. Posteriormente fez o mesmo no terrível "Esquadrão Suícida", onde viveu a namorada do vilão Coringa, Arlequina. Era uma questão de tempo até finalmente ela conquistar um papel que lhe abrisse as portas para o seu primeiro Oscar. Eis que o feito chegou com "Eu, Tonya", onde ela interpreta a patinadora Tonya Harding, que sempre sonhou em conquistar o primeiro lugar nas Olimpíadas de 1994, mas sua personalidade possessiva jamais deixou que isso ocorre-se.
O filme acompanha a vida de Tonya desde criança (onde sempre sonhou em alcançar o "Sonho Americano"), intercalando com vários relatos de pessoas envolvidas em sua construção como uma patinadora profissional, até sua decadência. Os mais cinéfilos logo notarão o "estilo Scorsese" na narrativa exercida por Craig Gillespie (do ramake de "A Hora do Espanto"), quando chega em seu clímax (que se resume em uma trilha sonora tensa, em meia por "algo que da errado" com uma narrativa em off do protagonista em questão). Dentre outros momentos, a trama é intercalada com intervalos mostrando entrevistas dos protagonistas da história sobre suas atitudes dentre os fatos (com a quebra da quarta parede ocorrendo homeopaticamente), como se fosse um documentário.
Mas sem dúvidas o longa não seria o mesmo sem uma atriz como Margot Robbie pra interpretar a protagonista. Ela consegue não só transpor toda a loucura e desconstrução psicológica da personagem, como também faz o espectador se cativar por sua trajetória em questão de minutos. Só que o brilho da atriz é ofuscado quando ela contracena com Allison Janney (da série "Mom"), que interpreta sua opressora mãe. Sem dúvidas que a mesma provavelmente levará o Oscar de atriz coadjuvante pra casa em 2018, pois sua LaVona Golden transpõe ódio sempre que agride fisicamente e verbalmente a filha, como também em momento algum conseguimos gostar da personagem (mesmo ela achando que ela está certa). O que já não pode se dizer de Sebastian Stan (o Bucky do Universo Marvel), que possui dois momentos distintos durante o filme: um que você ama muito ele, e outro que você o odeia (TALVEZ ele acabe sendo uma surpresa dentre os indicados a ator coadjuvante no Oscar).
"Eu, Tonya" foi uma grata surpresa que tive o prazer de ser o meu penúltimo filme de 2017, e que sem dúvidas faz minha torcida pela vitória da Margot Robbie no Globo de Ouro e no Oscar 2018, ser maior. Pra quem tava com saudades de conferir a mesma com seu estilo Arlequina, só digo uma coisa: ASSISTA!!
Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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