Há certo tempo Hollywood tem apostado em realizar adaptações de best-sellers com temáticas infanto-juvenil para as telas. "A Culpa é das Estrelas" e "Como Eu Era Antes de Você" são dois meros exemplos que o sucesso foi estrondoso nas telonas, assim como foi nas livrarias. Escrito por R.J. Palacio, "Extraordinário" foi lançado em 2012 e gerou um enorme sucesso até então nas livrarias. Por sorte, a adaptação para as telonas caiu nas mãos de Stephen Chbosky, que já tinha feito um ótimo trabalho em "As Vantagens de Ser Invisível", e a qualidade não poderia ser inferior.
O enredo conta a história do menino Auggie Pullman (Jacob Trembley), que nasceu com a síndrome de Treacher Collins, uma condição genérica rara onde a área atingida é o rosto. Depois de 10 anos estudando em casa, seus Pais (Owen Wilson e Julia Roberts), veem que finalmente é a hora de Auggie entrar em uma escola e começar a se relacionar com as pessoas. Só que devido a sua deformação, ele acaba tendo de lidar com questões como o preconceito e bullyng.
Se tem um filme feito pra chorar durante boa parte, esse é "Extraordinário". A atuação de Trembley transpõe todos os sentimentos do pequeno Auggie, como tristeza, medo, agonia e a vergonha de ser daquele jeito de certa forma, e é impossível não se emocionar. Coberto com uma enorme maquiagem (que provavelmente levará o Oscar neste ano), o ator mostra que ainda será um dos grandes nomes do cinema no futuro. Pra se ter uma noção, nós vemos o nível de talento dele principalmente quando ele pega algumas cenas "pesadas" com a veterana Julia Roberts.
Pra não cair muito na tristeza e monotonia de longas do gênero, Chbosky resolveu dividir o longa em quatro partes, onde elas começam basicamente no primeiro dia de Auggie, só que do ponto de vista de cada um. A primeira obviamente é do próprio, depois acompanhamos o drama da sua irmã mais velha, Via (Izabela Vidovic) que sofre por ser deixada de lado pelos pais (lembrando que neste arco ainda temos uma pequena ponta da brasileira Sonia Braga, no papel da Avó desta), depois temos um arco de um dos amigos daquele (Noah Jupe) e da melhor amiga de Via, Miranda (Danielle Rose Russell), que servem mais como um balanço sobre tudo o que está ocorrendo do ponto de vista de fora da família.
"Extraordinário" é aquele filme belo e humano que o cinema necessitava há tempos, pois sem duvidas é um mero exemplo de que quando há um ótimo roteiro em mãos e liberdade criativa, o cinema sabe e muito investir em dramas de qualidade! RECOMENDO!
Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário