Quase todo mundo conhece ou tem alguma amiga que em uma fase da vida se revoltou com os rótulos que a sociedade impôs ao comportamento dela, e resolveu reverter o mesmo por completo, onde ela acaba fazendo diversas besteiras e só se toca quando algo realmente grave acontece. É basicamente isso que é abordado no filme da atriz Greta Gerwing (que aqui assina a direção e o roteiro, pelo qual é inspirado na vida da própria), que ao meu ver, leva facilmente o Oscar de melhor roteiro original. Mas caramba, existem diversos longas que abordam a temática no cinema! Porém o diferencial em "Lady Bird: É Hora de Voar", é que tudo soa como verdadeiro e não artificial.
A história se inicia com a adolescente Christine (Saoirse Ronan), que está finalizando o ensino médio em uma escola religiosa e passa por uma crise existencial. Adotando apelido de "Lady Bird", ela alega que o seu nome de nascença não lhe agrada e que não nasceu pra seguir os padrões pelos quais os professores e os pais dela pregam. Ao mesmo tempo, ela tem de lidar com a pressão de passar em uma faculdade em que aqueles consigam pagar, suas primeiras paixões e seus conflitos com suas amigas e colegas de classe.
Primeiramente gostaria de destacar a simplicidade na direção de Gerwing. Ela não peca pro dramalhão ou para arcos muito hollywodianos (que são nada mais do que uma série de momentos previsíveis e banais, onde grande maioria dos longas vem seguindo últimamente), pelo contrario, ela procurou explorar a humanidade de cada um dos personagens dentro do contexto da narrativa. Durante o andamento da trama, vemos os sentimento de Christine sendo retratados cuidadosamente em cena, que funcionou graças a excelente atuação de Ronan (ela já havia interpretado uma personagem similar em "Brooklyn", porém desta vez talvez ela acabe levando o Oscar). Ela tem dois excelentes momentos com Luarie Metcalf (sua mãe) e com Lucas Hedges (seu primeiro namorado), onde a primeira também provavelmente será indicada ao Oscar de atriz coadjuvante (acho cedo pra falar as chances dela), pois a vivacidade perante as atitudes de aborrecentes da filha, acabam sendo notórias de forma clara e natural.
"Lady Bird: É Hora de Voar" é mais um excelente exemplar de que o Oscar deste ano possivelmente terá bons filmes dentre os indicados a principal categoria. Contudo, vemos que Greta Gerwing é mais uma atriz que por mais apagada que seja na frente das câmeras, consegue ser uma enorme profissional por trás delas. RECOMENDO!
Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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