quarta-feira, 26 de julho de 2017

TRANSFORMERS: O ÚLTIMO CAVALEIRO


Há um mês, havia postado aqui que a Disney tem sua "galinha dos ovos de ouro" na insistência em cima da franquia "Piratas do Caribe", onde o quinto filme só serviu pra encher os cofres do Tio Patinhas e mais nada. O mesmo serve para a Paramount, com este "Transformers: O Último Cavaleiro", que segue a formula dos quatro longas antecessores, pra apostar na bilheteria fácil (que até agora sequer chegou a fazer jus mundialmente). Felizmente o diretor Michael Bay conseguiu acertar em não repetir alguns erros que ele havia feito nos outros longas da franquia, como o excesso de sexualização em cima das protagonistas e o seu bendito patriotismo estadunidense (qualquer merda que rolava de bom, tinha uma porra de uma bandeira estirada na cena). Porém ele ainda insiste que é legal ficar explodindo tudo, e ficar girando a câmera sem motivo em diversas sequencias desnecessárias, e isso acabou prejudicando e muito o novo Transformers.

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Mas sem motivo mesmo é procurar alguma história realmente relevante nos filmes desta franquia, onde aqui começa já no tempo da Tavola Redonda, onde vemos que até Merlin (Stanley Tucci, que no quarto filme havia feito outro personagem) tinha um Transformers. Dentre explosões e lutas de robôs (com direito a um dragão robótico de três cabeças), voltamos aos dias atuais, onde o herói do filme anterior, Cade Yeger (Mark Walhberg) agora vive escondido, pois o governo e a CIA querem a todo custo impedir a circulação dos Transformers. É quando os inteligentes resolvem colocar os Decepticons a caça dos mesmos, ai a merda que isso vai dar todos nós já sabemos (se você não assistiu a nenhum dos outros, diferença alguma irá fazer). 

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A começo de conversa, Bay comete a mesma burrada que Roland Emmerich fez em "Independence Day: O Ressurgimento", que foi entupir de personagens secundários e várias histórias paralelas que nada acrescentam a trama. No inicio somos apresentados a um grupo de crianças (que parecem mais o "Stranger Things" do Paraguai), que são salvos pela pré-adolescente Isabela (a novata Isabella Moner), que simplesmente some do longa e depois de certo tempo reaparece do nada, não havendo nenhuma coesão da existência dela a narrativa (assim como outros personagens que surgem). Fora que o roteiro ainda trouxe de volta os personagens do John Turturro (Agente Simmons) e Josh Duhamell (Coronel William Lennox), onde ambos não fazem quase diferença alguma pro que ta rolando. Os dois únicos acréscimos na franquia, (que ao meu ver foram os pontos positivos) foram do veterano Anthony Hopkins e de Laura Haddock (onde vemos que Michael Bay sofre do problema de qualquer cara, onde ainda é apaixonado pela ex namorada, e que quando pula pra outra, arruma uma com a mesma cara da dita cuja, pois essa atriz é A CARA DA MEGAN FOX!), onde o primeiro trás certo vigor a série, e a segunda se mostra mais útil do que a própria Megan Fox nos dois primeiros, e vê-la junto de Walhberg é muito mais interessante e combina mais com a saga, do que o Shia LeBeouf com aquela. 

Agora partido especificamente pra direção do Michael Bay, não vou entrar muito no mérito da questão, pois ele consegue cometer os mesmos erros de sempre (como o fato de a câmera não parar quieta até em momentos calmos e a trilha sonora sem sentido com a cena (onde ele chega brevemente a satirizar isso)). As constantes explosões e lutas dos Transformers (que pelo menos nesse da pra saber quem é quem, na hora da pancadaria), se tornam algo tão contante no longa que as duas horas e meia do filme ficam extremamente cansativas (nessas horas que a equipe da Globo, poderia mostrar pro Bay, uma edição deles pro terceiro filme, onde eles simplificaram as quase 3hrs em 1h20, e mesmo assim houve coesão com absolutamente tudo do filme original). Aquém disso tudo, ele conseguiu fazer excelentes sequencias usando a tecnologia Imax 3D, que ele tinha em mãos (fazendo ser o filme que melhor explora o recurso em anos), pois há notória profundidade e interação das sequencias com o espectador (se você ainda pensa em ver o longa, recomendo que pegue nos cinemas neste formato e na melhor tela possível).

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"Transformers: O Último Cavaleiro" não é o último filme desta série, mas sim o quinto de 20 longas (sim, segundo o próprio Bay ele ainda quer fazer mais 15!), onde ao contrário da franquia "Velozes e Furiosos", os longas não melhoram, nem pioram, mas ficam na mesma, e se tornam cada vez mais cansativos de se acompanhar. 

Nota: 4,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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