sexta-feira, 30 de março de 2018

JOGADOR NÚMERO 1

Jogador Nº1 : Poster

Steven Spielberg fez parte da história de quaisquer cinéfilos. Longas como "E.T" e "Jurassic Park", são alguns dos exemplos de histórias desenvolvidas por ele em meados dos anos 80/90, aos quais são re-assistidas por todos com carinho sempre. Mas de uns tempos pra cá, ele andou dando uma parada no estilo de ação/aventura, para focar mais no gênero de drama politico e histórias envoltas a cultura estadunidense. Porém há cerca de dois anos, com o anuncio de que a adaptação do livro de Ernest Cline seria realizada por ninguém menos do que o próprio Spielberg, a atenção envolta a produção veio a crescer, pois o enredo usa como easter-eggs diversas produções clássicas do próprio. Então depois de conhecer os atores Simon Pegg e Tye Sheridan na última edição da Comic Con Experience, chegou a hora de ver o tão aguardado filme. E claro de que o resultado não poderia ter sido mais simplório e não exito em dizer, que o filme se tornou facilmente o meu segundo favorito (acho que não tão cedo alguém bata "Interestelar").

O enredo se passa no ano de 2044, onde grande parte da população mundial entrou em um verdadeiro colapso, onde ninguém absolutamente liga pra mais nada envolto ao mundo real. O ser humano vive basicamente apenas dentro da realidade virtual chamada "OASIS", onde lá todos conseguem o que querem e quando querem (o que ta quase acontecendo no nosso mundo de uns tempos pra cá). Porém quando Halliday (Mark Raylance) um dos criadores do mesmo, morre, ele deixa avisado que escondeu três chaves dentro do jogo, onde quem conseguir encontra-las primeiro, herdará toda a sua fortuna e o universo de "OASIS". 

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O personagem central da trama vivido por Sheridan é tão amigável, que logo nos primeiros minutos já criamos empatia com ele (algo bastante padrão de Spielberg). O mesmo podemos dizer para os atores que vivem os seus amigos (Lena Waithe, Philip Zhao, Win Morisaki), e de seu interesse amoroso vivido por Oliva Cooke. Nestes Spielberg consegue explorar várias questões as quais a sociedade ainda possui o preconceito, mas de uma forma bastante "sigilosa", como o homossexualismo, deformações e o estrangeirismo. Todos eles acabam sendo abordados como caracteres comuns, e em momentos algum esses fatores são jogados para o público como "vitimismo" (algo que muitas outras produções andam fazendo).

Algo também que Spielberg soube fazer, foi a questão de dosar os momentos dentre o mundo real e o da realidade virtual. Ele retratou ambos de uma forma onde não acabamos torcendo pra ficar em um único apenas, e principalmente as sequencias de ação neles possuem um "começo/meio/fim". Agora as referencias que todos piraram ao vê-las no trailer, aparecem muito mais do que as vemos neste (não vou cita-las, pois parte da diversão é achar as referencias). 

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Não devo negar que o recurso 3D não se torna descartável neste filme, pois o mesmo é extremamente necessário e se você tiver a oportunidade de conferi-lo em uma qualidade máxima, que opte por ela (certamente o filme vai levar o Oscar de Efeitos Visuais, até o momento). Por questões de horário, acabei vendo a versão dublada, que estava muito bem realizada e não atrapalhou em momento algum.

"Jogador Número 1" realmente consegue ser um dos filmes mais divertidos já realizados nos últimos anos, pelo qual já digo que será extrema injustiça se não vê-lo figurado dentre os indicados ao Oscar na categoria de Melhor Filme, na próxima edição. Se você curte games e longas clássicos dos anos 80/90, certamente esse é seu filme! RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet 

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