domingo, 29 de outubro de 2017

THOR RAGNAROK

Thor: Ragnarok : Poster

Que os dois primeiros longas do Thor não tiveram enorme destaque dentro do Universo Cinematográfico Marvel, não é novidade. Todos os outros heróis conseguiram estabelecer produções que de alguma forma, deixavam sua marca já no primeiro longa, vide "Dr. Estranho" e "Homem-Formiga". Como se trata do último longa solo do Deus do Trovão, a Marvel tinha a missão de deixar a verdadeira a marca do herói pro público. E devo confessar que de fato, "Thor Ragnarok" enaltece ainda mais a presença do herói portador do Mjolnir. 

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O filme começa com Thor seguindo os eventos do segundo longa, que segue a sua busca por seu Pai (Anthony Hopkins). Porém devido a um contratempo enfrentado por ele e seu irmão Loki (Tom Hiddleston), eles acabam transportando para Asgaard a sombria Hera (Cate Blanchet), que lhes envia ao planta de Saakar, enquanto ela instaura o caos naquele. Lá Thor acaba tendo de enfrentar seu velho amigo Hulk (Mark Ruffalo) em um campo de Gladiadores. 

Ai que ta o principal problema na direção de Taika Waititi, que utiliza sua habilidade em longas de comédia pra entupir o longa do Deus nórdico de piadinhas desnecessárias e completamente fora de hora. Sim, existem algumas que funcionam e divertem bastante, inclusive quem já viu Hemsworth em filmes como "Férias Frustradas" e "Caça-Fantasmas", sabe que ele não precisa de muito esforço pra fazer rir (destacando que ele ta ótimo nesse papel). Porém vamos pegar um exemplo (que não é spoiler): algum personagem acaba de sofrer um desfecho trágico, e logo no próximo corte alguém solta uma piadinha pra abafar a situação. Automaticamente já acaba quebrando o arco que  tava sendo muito bem idealizado (e isso ocorre constantemente aqui). Tirando esse quesito Waititi sabe muito bem como realizar sequencias de ação (pelos quais lembram clássicos como "O Quinto Elemento" e "Fuga de Nova York") e em alguns enquadramentos breves, ele mostra que é  um diretor competente (como uma que ele acompanha os passos do Loki através do piso, e depois retorna pra ele fisicamente). Por esse quesito em geral, já vale investir num ingresso 3D.

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Partindo pro quesito de atuações, a atenção beira mesmo pra vilã interpretada por Blanchett. Sem dúvidas, em menos de dois minutos em cena, ela conseguiu superar quaisquer vilões já apresentados pela Marvel até o momento. Infelizmente o roteiro de Eric Pearson, Craig Kyle e Christopher Yost (trio que já está acostumado a roteirizar as animações da Marvel) deixam a mesma em um terceiro plano, e aquela que poderia ter sido a melhor e mais interessante vilã do universo cinematográfico Marvel, acaba sendo deixada de lado por boa parte da narrativa e só aparecendo perante a "momentos chaves". Já o Ruffalo consegue divertir tanto na versão Hulk (onde ele esta mais "amadurecido"), quanto na versão de Banner (que ta bem hilário). Hiddleston continua roubando a cena como Loki, e a adição dos personagens de Tessa Thompson ("Creed") é apenas um "ok", mas nada de muito marcante, divergindo ao de Jeff Goldblum, que possui um certo estilo sagaz com uma personalidade bem "doida". Não querendo dar spoilers, mas existe um momento com determinado personagem do universo Marvel, pelos quais vão garantir ótimas risadas. 

"Thor Ragnarok" é de fato o melhor dos três filmes do herói, porém não chega a ser nenhuma produção revolucionária dentro do universo Marvel. Mas já vale pelo simples fato de que o Thor deixou de vez de ser um "inútil" nos "Vingativos". 

Obs: Existem duas cenas pós créditos. 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet 

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