Ta ai um longa que eu esperava seu lançamento desde quando foi comentado em Cannes que provavelmente rendera uma indicação ao Oscar, para o ator Adam Sandler. Como cresci vendo todos os seus filmes, fiquei bastante chateado com seus baixos nas suas últimas produções, que lhe renderam todos os prêmios no Framboesa de Ouro (com o horrível "Cada Um Tem a Gêmea Que Merece"). Eis que finalmente chegou a hora da sua "volta por cima", e devo assumir, que realmente há grandes chances do Sandler ser um dos cinco indicados a categoria de Ator (caso o filme seja lançado nos cinemas de Los Angeles, nos Eua, validando assim a indicação).
Dirigido e escrito pelo ótimo Noah Baumbach ("Enquanto Somos Jovens"), que sabe como contar uma história sobre conflitos familiares. Neste narra uma fase da família Meyerowitz, que é composta pelo patriarca Harold (Dustin Hoffman), sua atual esposa Maureen (Emma Thompson), e seus três filhos a tímida Jean (Elisabeth Marvel), o bem sucedido Metthew (Ben Stiller), e o que não teve muita sorte na vida, e ultimamente ta sendo o que mais se preocupa com a saúde do Pai, Danny (Adam Sandler), cuja a filha Elize (Grace Van Patten), possui uma personalidade um tanto "liberal" e está prestes a ir para a faculdade de cinema.
Os mais atentos irão notar semelhanças a longas como "Os Excêntricos Tenenbaums", e um pouco das produções do Woody Allen. Porque vemos uma narrativa que se preocupa em transpor a personalidade de seus personagens, pra obter a cativação do público sobre eles (deixando o desnecessário explicado pro espectador dentre os cortes dos arcos), a começar pelo patriarca vivido por Hoffman, que com a saúde frágil, sequer deixa de idolatrar o personagem do Ben Stiller, quase durante todo o filme (mesmo com ele fazendo quase nada). Mas o grande destaque vai pro personagem interpretado pelo Adam Sandler, que possui dois momentos chaves (com diálogos realmente pesados), que realmente mostram o seu potencial como ator, e aos que sempre o criticaram vão se impressionar. Já a jovem atriz que vive a sua filha, serve mais pra explorar a subtrama, que envolve a questão de "até onde podemos definir a sexualidade ou o ridículo como arte" (não vou entrar no mérito da mesma aqui, pois já basta a porrada de textos que estamos vendo na internet sobre a exposição do homem nu com as crianças, ou até mesmo os caras com velas no anus). Porém, durante meados do longa, um pouco desta essência citada, perde um pouco a credibilidade, dando espaço pra arcos mais habituais do gênero (brigas, discursos de redenção...). Até compreendo que são necessários, porém deveriam ser melhor trabalhados por Baumbach.
Mas o que todos esses personagens tem em comum, são o simples fato de que qualquer família possui membros com tais personalidades e isso ajuda você a ter mais interesse pela história da família Meyerowitz. Claro não desmerecendo o longa "Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe", em contexto geral não podemos dizer que é um verdadeiro filme digno de Oscar, mas sim de "Sessão da Tarde", onde há uma clara exceção pra atuação de Adam Sandler. RECOMENDO!
Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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