terça-feira, 27 de junho de 2017

O CIRCULO

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Qualquer pessoa com bom senso hoje em dia, sabe que o tempo todo somos vigiados de alguma forma. Seja através pelo que expressamos nas redes sociais, por câmeras de vigilância em diversos locais, ou até mesmo com nossas câmeras desligadas. Longas como "Snowden" e "Nerve", já demonstraram de forma bastante plausível como isto funciona. Pegando o embalo destas duas produções chega agora "O Circulo", que é inspirado no livro de Dave Eggers (que assina o roteiro com o diretor James Ponsoldt), onde que particularmente é mais outro exemplar que exerce o que cumpre, porém foge de alguns paradigmas pelos quais a "fórmula Hollywood" vem pecando ultimamente.

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Pra começo de conversa, foi ótimo chamarem a Emma Watson pra interpretar a protagonista. Com uma extensa carreira fora das telas envolta a movimentos feministas e discursos sobre igualdades, o que levou consequentemente sua personagem Mae acabar se encaixando aqui perfeitamente no timming lhe proposto (principalmente no terceiro ato do longa). A mesma é a nova funcionaria na agencia de vigilância "The Circle", que procura mesclar a função através de uma rede social, em um ambiente onde é trabalhada o tempo todo a neurolinguística (ou PNL, dentre outras palavras), o que acaba impedindo todos os funcionários de raciocinarem o que estão fazendo realmente. Sim, aqui também temos drones com câmeras, rastreadores nos membros da empresa e paranoias mediante a vigilância excessiva (em uma película dessas, isto era inevitável).  

A direção de Ponsoldt ("O Maravilhoso Agora"), é bem guiada, onde consegue apresentar formalmente algumas surpresas, mesmo com alguns arcos sendo bem clichês, como por exemplo quando dentre um intervalo de oito minutos somos apresentados ao melhor amigo da protagonista (Ellar Coltraine, de "Boywood") e a um funcionário da "The Circle" que se aproxima aos poucos dela (John Boyega, de "Star Wars: O Despertar da Força"), em festas de família e da empresa, respectivamente (sim, isso mesmo) onde sentimos que haverá mais uma vez uma treta a lá "Crepúsculo" na trama. Felizmente o andamento que o enredo toma, desenvolve os dois de uma outra forma (onde o segundo basicamente "some", pois deveria ser a hora dele ir filmar o episódio VII de "Star Wars"). Tom Hanks vive o fundador da agencia, onde apesar de aparecer relativamente pouco no filme, tem uma boa atuação. A melhor amiga de Mae, é vivida por Karen Gillian ("Guardiões da Galáxia"), e é a única personagem cuja desconstrução mediante a tais avanços é a mais "notável". O roteiro deixa ela um pouco "forçada" neste ponto, pelo qual poderia ser facilmente mais natural.

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Assim como em "Nerve", em boa parte da narrativa são mostradas mensagens na tela conforme as ações dos personagens, pelas quais transpõem o que realmente ta rolando com os personagens. Ficamos pensando o tempo todo, se tais avanços tecnológicos se tornam incômodo até certo ponto e se esse crescimento massivo das comunicações e vigilância mundial, pode nos tirar cada vez mais a privacidade, até na hora de ir ao banheiro. Por mais que falaremos, pelo menos alguma vez na vida nos pegamos acompanhando um pouco de alguma edição do "Big Brother" e se dando palpite nas coisas que rolam na casa (confesso, que já tive esta fase). A relação do ser humano mediante as câmeras a todo momento, já pode ser vista claramente neste programa (onde fazem de tudo pra chamar a atenção). Mas vocês se perguntaram várias vezes no inicio do ano "Porque esta bosta de programa não acaba?", porém sempre ta online no Facebook vendo a vida alheia. Dentre outras palavras: é legal ver a vida alheia, e isso já se tornou uma mania do ser humano e não vai acabar nunca. Nisso o longa de Ponsoldt consegue transmitir com sucesso ao público, porém quem vai assistir achando que vai ver algo a lá "Jason Bourne" ou até mesmo outro longa com toques de ação, vai se decepcionar, pois é uma película feita pro público pensar a respeito dela e trocar umas ideias em uma mesa de café, após a sessão. RECOMENDO!

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 25 de junho de 2017

ROCK'N ROLL: POR TRÁS DA FAMA

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Este é o segundo filme que assisti no Festival de Cinema Varilux (que é uma mostra de longas franceses que ainda irão entrar no circuito nos próximos meses), e devo confessar que foi um dos mais doidos e curiosos que assisti nos últimos meses. Pra começo de conversa peguei o mesmo completamente desprevenido sobre o que se tratava, o que demorou pra sacar que se tratava de um longa no estilo de "É O Fim", onde o diretor, roteirista e ator Guillaume Canet junta a namorada Marion Cotillard e outros amigos do ramo e resolveu criar uma sátira do perfil de todos, em um assunto que assola muitos astros do cinema: a crise da meia idade. 

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Logo de cara temos uma abertura que acompanha os passos de uma auxiliar de elenco, onde ao som de uma bateria não temos um corte sequer na cena e várias coisas vão rolando durante uns três minutos (lembando muito o estilo de "Birdman"). Ela só possui um corte quando vemos Canet começando a sentir  os problemas da meia idade, logo depois ter sido questionado pelo seu estilo por uma repórter e pela atriz novata Camille Rowe, que está estrelando uma nova produção onde vive sua filha que acabará de ter um filho. Enquanto isso sua esposa Marion está tendo uma vida de enorme sucesso, com várias vitórias de Césars, Oscars e contratos para produções de Hollywood. Exausto da mesma rotina, Canet começa a se rebelar e opta por posturas nada convencionais para alavancar sua carreira.

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Esse é o tipico longa que apresenta diversas situações pelos quais vemos constantemente acontecendo nos bastidores, que vão a de quando um ator na faixa dos 50 anos quer fazer papel de personagens com 20 e poucos (como aconteceu com Tom Cruise, no recente "A Múmia"), ou até mesmo quando mudam completamente o visual com plásticas e ficam assustadoramente irreconhecíveis (vide Renée Zellweger), e como os altos prêmios da industria do cinema são irrelevantes pra eles (no caso, vemos Marion usando seus prêmios César como apoio pra mesinha da sala). Mas quando o longa tenta apelar pro humor em alguns momentos, com o foco nas crises de Canet, a película começa a possuir uma qualidade um tanto que questionável. Algumas piadas funcionam, mas outras acabam sendo bastante  banais e poderiam ter sido descartadas (os últimos 15 minutos parece que o longa se tornou uma comédia bem fraca do Adam Sandler).

Por mais que tenha estes problemas citados, "Rock'n Roll: Por Trás da Fama" não deixa de ser um exímio exemplar de longas pelos quais nos faz refletir sobre a enorme crise que assola os nomes do cinema mundial, quando não estão na frente das câmeras. Se você curtir um cinema alternativo, o longa pode ser interessante, agora caso contrario a grandes chances de você só ver uma comédia pastelão imbecil e sem nexo, por isso nessa situação é melhor evitar.

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

UMA FAMÍLIA DE DOIS

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Pela primeira vez consegui pegar alguns longas no Festival de Cinema Varilux (que é uma mostra de longas franceses que ainda irão entrar no circuito nos próximos meses). O primeiro pelo qual tive o prazer de assistir foi o divertidíssimo "Uma Família de Dois", que trata-se de uma refilmagem de um longa mexicano "Não Aceitamos Devoluções" (que ainda não assisti). Aqui temos como protagonista o sempre ótimo Omar Sy ("Intocaveis"), que vive Samuel, empregado de uma boate que leva uma vida cheia de festas e boêmias. Mas um dia acaba tendo a visita surpresa de uma ex-amante, Kristin (Clémence Poésy, de "Harry Potter e o Cálice de Fogo"), com uma bebê alegando que é dele. Ela acaba deixando-a com ele, e vai embora de Táxi. Surpreso com a atitude, Samuel resolve ir até Londres ir atrás dela, e como não a encontra, resolve cuidar da criança. Oito anos depois, Kristin reaparece, abalando completamente a vida de todos.

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Essa história em um primeiro momento, pode parecer bastante banal e previsível dentro da história do cinema. Porém o roteiro de Jean-André Yerles, Mathieu Oullion, Guillermo Ríos, Leticia López Margalli, Eugenio Derbez e Hugo Gélin (que também assina a direção), começa a apresentar seu diferencial exatamente nos 40 minutos de projeção, que é quando o lado cômico é deixado um pouco de escanteio e começa dar lugar pro drama. Fazia tempo em que eu não via uma abordagem que se preocupa em deixar os personagens extremamente realistas, onde a química dentre Sy e Gloria Colston (que interpreta sua filha aos oito anos), é um dos pontos fortes do longa. Nós vemos que o tempo todo a relação é humana e nada beira pro artificial e banal (levando em conta, que vamos os atores franceses e ingleses falando em grande parte o idioma nativo), mas obviamente tem algumas sequencias que falam pro espectador que "Samuel ficou um homem diferente" (meio desnecessário, mas já virou costumeiro). Poésy, já se torna um verdadeiro contraponto no longa, pois em momento algum sabemos realmente o que motivará no ato a seguir e seu olhar mediante a situação representa claramente uma mulher amargurada e reprimida por seus atos. Mas pra tirar o peso destas sequencias, temos como alivio cômico o divertido Antoine Bertrand, que vive o melhor amigo de Samuel. 

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"Uma Família de Dois" poderia ter sido mais um tipico exemplar de longas como "O Paizão" e "Treinando o Papai", mas apesar de ter a essência de ambos os longas, aqui temos um exemplar mais verdadeiro e reflexivo do que os citados. Finalmente vemos que pelo menos em um páis deste universo, estão fazendo refilmagens decentes! RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 22 de junho de 2017

BAYWATCH: S.O.S MALIBU

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Depois de inúmeras adaptações de seriados clássicos como "Esquadrão Classe A" e "Anjos da Lei", chega a vez de "SOS Malibu", onde pra quem curte "Friends" ou já assistiu "Borat" alguma vez, sabe brevemente que a série aborda o dia a dia de um grupo de salva vidas na praia de Malibu, onde o destaque ficava por conta dos porte físicos dos atores como David Hasselhoff e Pamela Anderson, que andavam de roupas de praia e corriam em câmera lenta. Com o foco de pegar a essência da série clássica, foram chamados dois nomes que justamente são conhecidos pelo porte físico: Dwayne Johnson e Zac Efron.

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Como mostrar apenas a origem de forma singela, já se tornou algo banal de se ver, foi optado por fazer uma versão satírica das origens dos personagens originais da seriado, com toques dos dias atuais. Aqui vemos o grupo de salva vidas de Malibu, liderados por Mitch (Jonhson), que estão prestes a escalar novos recrutas. Quando ao mesmo tempo, um hotel no local possui uma nova administradora, que aos poucos começa a entrar em conflitos com os mesmos e se mostra muito mais corrupta do que se imagina (resumidamente o longa é só isso). 

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Pra começo de conversa, em uma época de "geração mimimi", lançar um filme com os protagonistas usando roupas provocantes e sexualizando a imagem das mulheres, era óbvio que geraria polemicas por parte desse público. Por sorte, "Baywatch" não conseguiu deixar esse pessoal indignado, mas essa adaptação poderia ter sido mais ácida como era em sua clássica série de TV (que se fosse lançada hoje, com certeza teria textões em vários Facebooks, sobre o assunto). Aqui nesta adaptação apenas a personagem de Kelly Rohrbach (que interpreta C.J., pelo qual no original era representada pela Pamela Anderson), que possui uma imagem que é sexualizada o tempo todo no filme, e suas piadas acabam apenas se restringindo ao novato Jon Bass, que possui o clássico perfil de "gordo da computação". Quando pulamos para nomes mais conhecidos como o de Efron e Johson, só ficam restando as tipicas piadas com a musculatura de ambos e algumas referencias a filmografia de ambos (e raramente temos alguns momentos divergentes disso). Agora uma pena é ver a linda Alexandra Dadario completamente desperdiçada aqui, tendo raramente algo pra fazer em cena. 

Resumidamente o filme possui personagens padrões, em cima de uma trama padrão, onde nem o diretor mais cabeça do mundo consegue tirar algo realmente  bom e construtivo disso, a não ser um longa pipoca. Aqui o responsável foi Seth Gordon ("Quero Matar Meu Chefe"), que conseguiu criar um clima satírico em cima das situações citadas anteriormente (porque era uma das únicas coisas pertinentes) e desenvolver boas cenas de ação (mesmo com efeitos visuais B).

"Baywatch: S.O.S Malibu" é mais uma daquelas comédias pastelões genéricas, pelas quais assistimos a tarde para passar o tempo, damos umas risadas das situações escatológicas e já se esquecemos do que acabamos de ver em menos de 30 minutos. 

Nota: 5,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 18 de junho de 2017

A MÚMIA - 2017

A Múmia : Poster

Anunciado há cerca de dois anos, a cine série "Dark Universe", nada mais é do que um conjunto de reboots dos clássicos filmes de monstros da Universal Pictures, onde todos farão parte de um mesmo universo e poderão inclusive se unir em um futuro breve. O primeiro desta safra é a nova versão de "A Múmia" (e não "Drácula - A História Nunca Contada", como muitos pensam), que trás como protagonista o astro Tom Cruise. Para surpresa de muitos, no meio de tanto massacre em cima do longa, devo dizer que ele é realmente muito bom e diverte mesmo com alguns erros! 

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O longa começa a milhões de anos atrás, onde mostra a história da herdeira de um trono, Ahmanet (Sofia Boutella, de "Kingsman - Serviço Secreto"), que após se rebelar contra uma decisão de seu Pai, ela acaba sendo mumificada viva. Nos dias atuais, os soldados Nick (Tom Cruise) e Chris (Jake Johanson, de "Jurassic World"), acabam acidentalmente descobrindo o local onde ela estava, que hoje faz parte do Iraque. Só que ao acorda-la, eles acabam despertando toda a ira guardada de Ahmanet.

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Sim, está claro que Cruise andou metendo a mão durante toda a película, pois sua presença é basicamente 95% do longa (quando ele aparece correndo no inicio, não sai mais da tela). Ele ta bem estranho neste papel, pois muitos outros personagens o abordam como "garoto", sendo que claramente vemos um tiozão na faixa de seus 50 anos. Fora outros adjacentes cometidos pelo mesmo, que divergem completamente de seus outros personagens (tirando o fato de que ele corre, sua personalidade é a de um cara de 20 e poucos anos). Sua parceira em cena, vivida por Annabelle Wallis ("Annabelle") é uma atriz pertinente, corre muito com Cruise, mas sua personagem é mais a "donzela em perigo" do que uma "mulher independente" (dentro do contexto, faz completo sentido). Agora quando aquele se encontra com a múmia, ficou bacana a referencia a versão clássica de 1932, pois o foco da mesma era o seu olhar profundo em relação a suas vitimas, algo que permaneceu aqui. Só que ela não é aquela "enorme vilã", na qual sentimos ódio pelo seus atos. Ela é apenas uma vilã pra preencher a lacuna do titulo (sua maquiagem estava mais interessante, do que a própria personagem). O parceiro de Cruise, vivido por Johnson, parece que ta no filme errado, de tão mal conduzido que foi seu personagem. Russell Crowe ("Gladiador") ta aqui mais como um Nicky Fury, onde a sequencia onde mostra sua organização secreta Prodigium, pela primeira vez, me lembrou muito o próprio "Vingadores" (uma sequencia em especial, os mais atentos, irão notar a referencia). O que me faz pensar que este longa deveria ter tido outro nome, ao invés de "A Múmia", pois o foco fica outro quando a organização entra em cena. 

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A direção de Alex Kurtzman ("Bem Vindo a Vida") é boa pras sequencias de ação, onde o destaque vai pra mostrada no trailer, que é a que envolve a queda do avião. Porém quando se trata de outros tópicos, como alivio cômico, fica meio que fora de hora em alguns momentos em que eles são inseridos. Os momentos de suspense e terror estão lá, mas é tudo é bem breve (e os mais cinéfilos nem vão sentir o primeiro, pois ta bem fraco). Com relação ao recurso 3D, ele é notado brevemente em alguns momentos (sendo que muitas vezes por profundidade), mas poderia ter sido melhor aproveitado, fazendo o mesmo não ser muito obrigatório desta vez.

"A Múmia" é um divertido filme pipoca, onde diverge das versões anteriores, e os fãs do Tom Cruise vão realmente gostar do longa. Mas o pessoal que espera uma aventura a lá "Indiana Jones" como foi o longa de 99, vão se decepcionar. Eu recomendo, mas deixe a cabeça na bilheteria e não espere algo muito complexo e com lógica. Que venha "A Noiva de Frankstein"!

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 15 de junho de 2017

O MAR DE ÁRVORES


O Festival de Cannes sempre foi conhecido pelo fato de idolatrar e vaiar algumas produções. Seja ela um cult como "Pulp Fiction" (que ganhou a Palma de Ouro), ou até mesmo o grandioso "Taxi Driver", de Martin Scorsese, que foi extremamente vaiado no evento. O último caso foi exatamente o que ocorreu com o novo longa de Gus Van Saint ("O Gênio Indomável"), na edição de 2015, com seu "O Mar de Árvores", que sequer chegou a estrear nos cinemas nacionais e chegou bem apagado em DVD (esbarrei com ele por acaso em uma unidade das "Lojas Americanas").

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O filme já se inicia com Arthur (Matthew McCounaughey) embarcando em um avião rumo ao Japão, onde ele irá para uma floresta conhecida por ter inúmeros suicídios. Ao chegar no local, ele acaba esbarrando com Takumi (Ken Watanabe), que lhe fará repensar e refletir sobre seus atos. 

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O filme possui uma direção competente de Gus Van Sant ("O Gênio Indomável"), que procura explorar as feições e intercalações, sobre o verdadeiro motivo que levou Arthur até a floresta. McCounaughey e Watanabe possuem uma boa química, assim como quando ele contracena com Watts. Porém na minha opinião o roteiro pecou um pouco no excesso tenta explorar lições de moral em momentos que não deveriam. Mas não deixa de ser interessante sabermos que de fato existe mesmo essa tal floresta no Japão, onde Sant faz questão de mostrar com uma fotografia pálida e acinzentada, e quando pula pros flashbacks, fica com uma paleta mais balanceada nas cores. 

"O Mar de Árvores" foi um filme que chegou no nosso país de forma bastante apagada e reservada, onde mediante de sucessos como produções do porte de "A Cabana" e da série "13 Reasons To Why", "O Mar de Árvores" se torna uma produção interessante pra quem curtiu estes dois exemplares.

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 14 de junho de 2017

PIRATAS DO CARIBE - A VINGANÇA DE SALAZAR

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Qualquer pessoa na casa dos 20 e poucos anos, se lembra que cerca de uns dez anos atrás duas franquias que lideravam o chamariz e era a grande "modinha", eram os filmes de Harry Potter e "Piratas do Caribe". Me lembro como se fosse ontem, que tanto para ver o segundo, quanto o terceiro deste último, as filas nas bilheterias eram enormes e ainda corria o risco de não conseguir ver o mesmo naquela ida (o segundo consegui ver apenas na terceira tentativa). A trilogia havia se encerrado completamente com "No Fim do Mundo", em 2007, mas eis que a Disney resolve renascer a franquia em 2011, com "Navegando em Águas Misteriosas", que é mais um spin-off sobre Jack Sparrow (Johnny Depp), do que um arco envolvendo a história original. Seis anos depois, e não contente em ser dona da Marvel e do Universo Star Wars, a casa do Mickey resolve lançar mais um filme da franquia "Piratas do Caribe", que funciona mais como uma espécie de reboot do longa original de 2004, do que uma sequencia direta. 

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Atrama começa com o ressurgimento do temido Capitão Salazar (Javier Bardem), que quer se vingar de Jack Sparrow, por conta de um acidente do passado. Enquanto este se junta aos jovens Henry Turner (Brenton Thwaites) e Carina (Kaya Scodelario), na busca de um arsenal chamado Tridente do Poseidon, que consegue livrar quaisquer maldições dos mares.

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Pra quem cresceu vendo os filmes da franquia, a todo momento a sensação de estar vendo a mesma história do primeiro é inevitável. Tudo é apresentado de forma genérica e em nenhum momento sequer fica na cabeça após sairmos da sessão. Mas fazendo um balanço geral, começamos pelo novo casal central, vividos por Thewaites e Scodelario, onde claramente vemos que o roteiro tenta jogar os dois como os novos Orlando Bloom e Keira Knightley. Apesar do esforço da primeira em tentar fugir dos padrões da donzela em perigo, e se mostrar o verdadeiro retrato de uma feminista daquele tempo, o primeiro é bem pífio e fica difícil engolir tamanha canastrice. Já Depp ta exatamente a mesma coisa que foi nos outros longas, e aqui ele passa mais tempo com seu personagem bêbado do que fazendo algo que acrescente para a narrativa. O vilão vivido por Bardem tem seus pontos positivos, porém não chega aos pés dos já apresentados pela franquia e cai numa mesmice que o ator já apresentou em outros trabalhos. Nem a direção da dupla Joachim Rønning e Espen Sandberg  ("Bandidas") conseguiu segurar o peso do elenco, e apresentou um trabalho satisfatório, mas nada muito eficaz. 

Mas em compensação os efeitos visuais estão realmente um deslumbre e impressionam pela qualidade (destaque para a sequencia do final), e principalmente pela sequencia de Depp rejuvenescido. Alguns destes momentos inclusive acabam prendendo a atenção e tornando o longa até um pouco divertido. Só que infelizmente mais uma vez o recurso 3D é meramente tão caça-niqueis quanto o próprio filme.

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"Piratas do Caribe A Vingança de Salazar" é um filme que não existe o porque de existir, mas serve como mero entretenimento durante duas horas, mas assim como toda comédia nacional, nós esquecemos logo após assisti-lo. Acho que a Disney não tão cedo vai aposentar essa franquia, que pra mim já se encerrou em 2007, com chave de ouro. 

Obs: Por incrível que pareça, ainda tem uma cena pós-créditos, que apresenta uma chave pra um próximo filme da série (sim, pelo visto terá mais um).

Nota: 4,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 7 de junho de 2017

MULHER MARAVILHA

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Os filmes da nova safra do universo DC não são um exemplo de como realizar adaptações bem sucedidas. Apesar de terem rendido milhões de dólares pros cofres da Warner, tanto "Batman vs Superman", quanto "Esquadrão Suicida" agradaram a crítica e o público em geral (confesso que eu até gostei do primeiro). Eis que finalmente chega o terceiro longa desta safra, pelo qual tinha dois pesos nas costas: Ser o primeiro filme deste universo que agrade a crítica e ao público, e a primeira adaptação com uma heroína de protagonista, a fazer sucesso nos cinemas. Pelo que tudo indica, em "Mulher Maravilha" eles conseguiram ambas metas. Mas ao meu ver, o longa não é nenhuma maravilha pelo qual o público em geral vem mencionando.

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A trama tem inicio como quaisquer filme de origem de herói, onde mostra a origem das habilidades da Mulher Maravilha, Diana Prince (Gal Gadot). Começamos na fase dela quando criança, onde sofria constantes proteções da mãe (Connie Nielsen) para ela não se tornar uma guerreira. Mas conforme os anos vão se passando, Diana vai treinando massivamente e se mostra a principal guerreira do Amazonas. Porém quando o avião do misterioso Steve Trevor (Chris Pine) cai no local, ela vê que chegou a hora de ela finalmente sair de sua terra e lutar na verdadeira guerra no mundo a fora. 

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No principio a trama vai caminhando bem, onde vemos Diana e Steve sofrendo com os choques de ambas culturas e o lado politicamente correto daquela mediante as situações apresentadas pelos militares durante a Primeira Guerra Mundial. Sempre agregando tudo ao fato do papel da mulher dentre a sociedade, pelo qual o roteiro de Allan Heinberg (da série "Grey's Anatomy") faz questão de incluir dentre um arco ou outro. Só que como nem tudo é as mil maravilhas, nem no filme da "Mulher Maravilha", nos últimos 20 minutos parece que ele literalmente desligou a inteligencia na abordagem, e apresentou um final digno de blockbusters: tiros, explosões, sequencias em CGI e uns diálogos e situações bem banais (mas pra efeito de comparação, a luta dela no desfecho de "Batman vs Superman", foi mais divertida do que vemos aqui). 

A direção de Patty Jenkins ("Monster - Desejo Assassino") conseguiu mesmo assim, transpor segurança em todos estes momentos, e soube quando colocar um alivio cômico, romântico ou dramático em cena (Vale destacar ainda, que ela tentava levar a história de Prince há mais de 15 anos). Quanto as atuações, Gadot ta bem como a heroína, porém ela ainda não é uma grande atriz como suas colegas Robin Wright e Nielsen (que aparecem bem pouco, mas fazem o necessário). Ela possui uma boa química com Pine, que ta bem a vontade no papel, e acaba rendendo as melhores piadas nos seus primeiros 20 minutos na película. Já os vilões vividos por Danny Huston ("Número 23") e Elena Aya ("A Pele Que Hábito") são tão fracos, que parece de fato que saíram de um longa da Marvel (na moral, como eu posso ter uma baita heroína combatendo uns vilões tão genéricos e apagados como esses?).

"Mulher Maravilha" é sem duvidas o melhor filme de heroína já realizado pelo cinema até o momento. Porém em conceito geral, e em comparação a todos, este consegue ser uma versão melhorada do primeiro "Thor". Que venha "Capitã Marvel"!
Obs: o 3D é completamente descartável e não acrescenta em absolutamente em nada na narrativa.

Nota:7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 2 de junho de 2017

VELOZES E FURIOSOS 8

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Não vou começar falando sobre toda a  história da franquia "Velozes e Furiosos", pois você já deve estar exausto de saber a respeito sobre ela. Mas vamos e venhamos, ela não deixa de ser uma cinessérie que por mais do massivo sucesso, ainda continua dividindo o público, devido ao fato de seus filmes apresentarem inúmeras cenas de ação com carros explodindo e correndo em diversos locais "diferentes" (onde já até desceram de paraquedas e tendem agora irem pro espaço, no próximo filme), sempre acompanhadas de um roteiro genérico (alguém ta fazendo uma merda, e o Vin Diesel com a sua família vão impedir por ordem de algum federal).    

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Aqui é basicamente isto, porém quem fez a merda foi o próprio Diesel, ao começar a se tornar um seguidor da hacker Cipher (Charlize Theron), o que o faz trair a sua família. Indignados, eles decidem tentar o que realmente moveu a traição do amigo e detê-lo o mais rápido possível, antes que Cipher consiga fazer uma ameaça global.

Depois da morte de Paul Walker a franquia deixou em aberto uma nova vaga pra um substituto do mesmo, porém o roteiro de Chris Morgan foi genial a ponto de não deixar que isto deveria ser o principal foco do filme. Aqui são acrescentados os personagens Ninguém Jr. (Scott Eastwood) e o próprio vilão do último, Deckard (Jason Statham) acabam não só entrando nos lugares do citado e de Diesel na família furiosos, como também rendem os melhores momentos do filme. O primeiro rende bons alívios cômicos, por ser um "novato" (e o loga faz questão de brincar com isto), enquanto o segundo tem muitas cenas de luta e um breve "bromance" com Dwayne Johhson (gerando um dos melhores momentos do filme). Morgan também acertou em realizar algo extremamente difícil, que é saber dosar hemopaticamente todos os personagens, pra que cada um tenha alguma sequencia de destaque durante as quase 2h15 de projeção. 

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A direção de F. Gary Gray se preocupa em deixar o espectador a parte de tudo que está acontecendo, onde ele sabe utilizar o recurso da câmera tremida, e quando ele deve inserir uma sequencia de ação eletrizante (as quais, realmente prendem o espectador). Seja na sequencia inicial em Cuba (que segue o padrão normal da série, com foco em várias mulheres dançando de roupas provocantes e carros tunados, acompanhados de uma música eletrônica). Só que ele não soube aproveitar que o filme já teve uma ótima abertura que aproveitou e muito a profundidade no recurso 3D, e posteriormente nada mais ocorre, além de se tratar de mais um caça niqueis (evite o formato, se possível). 

"Velozes e Furiosos 8" é mais um ótimo exemplar da franquia, que cumpre o que promete: se desligar durante 132 minutos e embarcar nas mais malucas sequencias de ação que F. Gary Gray e Vin Diesel podem promover. Que venha "Velozes e Furiosos 9" no espaço! RECOMENDO.   

Nota:8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

VIDA

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Não sei se foi um erro por parte da Sony, ou dos próprios produtores do longa em resolver lançar este "Vida", com quase um mês de antecedência em relação ao novo "Alien". O enredo e o visual presentes no longa rementem e muito ao clássico de Ridley Scott, porém com um toques de "Gravidade",e o fato nos faz questionar o tempo todo se realmente este filme reflete ainda mais a falta de criatividade em hollywood. A resposta, é que em momento algum ficamos pensando nisso durante a projeção do longa, mas sim após ao seu desfecho.

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A história mostra um grupo de cientistas que vão até uma missão espacial, e acabam descobrindo uma nova forma de vida em Marte. Só que ao começar a estudar a amostra, eles descobrem o quanto a mesma pode se tornar fatal.

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Partido desta premissa, já vemos o quanto o roteiro de Rhett Reese e Paul Wernick (mesmos responsáveis pelo roteiro de "Deadpool"), literalmente fará uma trama em cima do longa de Ridley Scott. Claro, referencias ocorrem a todo momento, porém em alguns breves momentos eles procuram explorar o imprevisível em alguns arcos. Obviamente, tem momentos que vemos os personagens cometendo alguns deslizes, pelos quais já é praxe do gênero (se em "Covenant" teve, porque aqui não teria?). Os efeitos visuais apresentados no longa podem até serem feitos de forma competente (e que poderia e muito ter sido lançado em 3D), só que o visual do alien poderia ter sido melhor trabalhado (porque parece mais que foi realizado em um programa beta de efeitos).

Quanto as atuações, vemos que não possui um ator especifico que tenha tido um destaque, pois todos tiveram seus "5 minutos de fama". Mas o que me chamou atenção no longa, foi a inexistente química dentre Ryan Reynolds e Jake Gyllenhaal, onde foi mais divertido -los no marketing do que no próprio longa. 

"Vida" é mais um longa que não podemos ver exigindo muitas coisas, além de um mero entretenimento pipoca, pelo qual cairá nos esquecimento alguns dias depois de termos o assistido. 

Nota: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet