segunda-feira, 17 de outubro de 2016

INFERNO

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Parece que foi ontem, quando fui ao Cine Roxy com minha família assistir a "O Código Da Vinci" (se passaram mais de 10 anos!). Na época o bafafá era enorme, jáque se tratava de uma adaptação do polemico livro do escritor Dan Brown, onde ia contra os princípios da bíblia, pois mostrava que Leonardo Da Vinci  em seu quadrão sobre a última ceia falava que Jesus Cristo e Maria Madalena eram na verdade casados e que tiveram um filho. Três anos depois veio "Anjos e Demônios", onde o bafafá já decaiu um pouco e o enredo apesar de bom, não causou muita polemica e bilheterias (mesmo com o enredo ser sobre o Papado e o Vaticano). As adaptações de Brown então acabaram meio que sendo engavetadas desde então, até que em 2012 foi considerado que este terceiro seria baseado em "O Simbolo Perdido", porém como nenhum dos envolvidos gostou do roteiro, e acabaram engavetando o projeto novamente. Só que como "Inferno" se tornou um best-seller logo na época do seu lançamento (que foi em meados de 2013), escolheram este. 

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O enredo não tem ligação alguma com os outros longas (então quem não os outros, pode ver este tranquilo), e a trama mais lembra um filme da franquia de Jason Bourne, ao invés de uma adaptação do livro de Dan Brown. A principio vemos o Professor Simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) desacordado em um hospital, não sabendo como foi parar ali, porém somente a sua enfermeira Sienna (Felicity Jones) diz que sabe o que aconteceu. Só que depois de tentarem mata-los ali mesmo, ela o leva para fora do local e ambos denotam que estão sendo perseguidos por diversas pessoas distintas, fazendo-os se questionar o porque de estarem tentando procurar Langdon. Aos poucos a dupla vai denotando que isso tudo tem ligação com uma praga criada por Bertrand Zobrist (Ben Foster), que se solta poderá condenar 95% da população mundial, e que a chave para a solução do fato esta apenas nas condições do professor.


Tom Hanks nasceu pra esse tipo de papel, pois vemos em sua expressão que ele consegue mesmo segurar um longa neste estilo e deixar suas explicações abordando literaturas do romantismo como "A Divina Comédia" e "O Inferno de Dante", plausíveis e interessantes perante a narrativa. O mesmo pode se dizer sobre sua parceira de cena, Jones. A atriz literalmente da um show de interpretação e acabou roubando a cena em alguns momentos. Porém o vilão interpretado por Omar Sy ("Intocáveis", na foto abaixo), não chegou aos pés dos primeiros e se tornou clichê demais em alguns tópicos (principalmente no penúltimo ato).

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Quanto a competente direção de Ron Howard, gostaria de destacar o trabalho que ele realizou no prólogo do longa. Ali onde varias imagens aleatórias, pra representar tamanha crise de amnésia que Langdon estava passando, já causa uma sensação do estilo que o diretor tomaria no longa: o exato olhar deste sobre toda a situação (lembrando até um pouco Christopher Nolan, em "Amnésia"). Fora as sequencias de ação e suspense, que realmente prendem o olhar na tela (onde lembravam claramente um longa de Jason Bourne (mais precisamente o último)). Fora as belíssimas paisagens por Istambul, Veneza e Florença, que já da pra tirar um ótimo papel de parede em algumas sequencias. 

"Inferno" é mais um divertido exemplar da franquia de Robert Langdon nas telonas, e pra quem gostou das adaptações anteriores pode achar esta um pouco mais fracam. Porém na minha singela opinião, o patamar está páreo para as outras e a qualidade igualável. 

Nota: 8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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