segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A GAROTA NO TREM

Resultado de imagem para a garota do trem, POSTER

Desde que foi lançado o trailer de "A Garota no Trem", a principal jogada do longa foi que ele seria o novo "Garota Exemplar". A mesma estratégia foi utilizada em seu livro, escrito pela escritora estadunidense Paula Hawkins e vinha com o Slogan em sua capa "Se você gostou de "Garota Exemplar", vai adorar esse Thriller psicológico". Porém como eu ainda não cheguei ao desfecho da obra, e já vi a sua adaptação para as telonas eu só posso garantir uma coisa: a semelhança está SOMENTE na narrativa não linear, e não no enredo. 

Resultado de imagem para The Girl on the Train, harley pictures

A trama começa mostrando o perfil de três mulheres distintas, onde a primeira é Rachel (Emily Blunt, de "No Limite do Amanhã"), uma alcoólica depressiva que sofre com seu divorcio e o fato de não poder ter filhos. Todos os dias ela pega sempre o mesmo trem, e tem como costume observar a vida das pessoas nas casas por onde ele passa, e sempre deixou claro a idolatração por um casal especifico. Ele é composto pela segunda, que é Megan (Haley Bennett, de "Sete Homens e um Destino"), que vive com seu conjugue Scott (Luke Evans, de "Velozes e Furiosos 6") e sofre por ir contra o principio de ter uma família. Ela trabalha como babá para a mesquinha Anna (Rebecca Ferguson, de "Florence, Que Mulher é Essa?"). Esta é a terceira, onde vemos que ela é casada com o ex-marido de Rachel (Justin Theroux, de "Zoolander 2") e tem uma filha pequena. Porém a vida das três se interliga, quando a segunda desaparece misteriosamente, fazendo Rachel se meter nas investigações por conta própria. 

Resultado de imagem para The Girl on the Train, pictures rebecca

A narrativa proposta pelo diretor Tate Taylor ("Histórias Cruzadas") deixa claro que o tempo todo o longa vai se intercalar dentre as três protagonistas e "tudo o que acontece tem um porque". No livro é exatamente assim que os arcos são apresentados, porém Taylor pecou bastante em achar que estava contando a mesma história que "Histórias Cruzadas". O suspense e tensão deu lugar pra uma tremenda novela mexicana nos arcos centrais, e damos graças que ele tinha um verdadeiro e competente elenco em mãos (que salvaram o longa), pois sua direção fez o longa ficar meio chato em determinados momentos e serviu para desperdiçar uma ótima chance de promover uma narrativa diferente (onde constantes flashbacks, servem como descobertas dos fatos mostrados em tela). 

Resultado de imagem para The Girl on the Train, pictures

Chega de falar desse cara (que pelo visto não vai fazer outro suspense tão cedo), vamos falar sobre a Emily Blunt. Aqui ela literalmente entrou de cabeça no papel e desde sua primeira cena, vemos que ela trabalhou tanto no seu visual, quanto voz, andar, gestos e não lembrava sequer da Blunt que conheci há 10 anos em "O Diabo Veste Prada" (flahsbacks contantes no longa, já servem como um exemplo). Aqui ela tem três momentos onde mostram que ela é um dos grandes nomes do cinema atual, e possivelmente figurará entre as indicadas ao Oscar e Globo de Ouro no próximo ano (não sei se ela ganha, pois falam que a Amy Adams poderá finalmente ganhar, depois de 6 indicações sem vencer). Quanto a suas contrapontos, Ferguson é outra que tem o maior destaque, pois sua personagem não só é uma forte contraponto para Blunt, como também desconfiamos dela o tempo todo. Já Bennet (onde os desatentos, vão pensar que é a Jennifer Lawrence) cumpre bem o seu papel como a "garota desaparecida/Famme Fatale", mas nada que seja páreo para as então citadas. 

"A Garota no Trem" é um mero exemplo de que quando um estúdio escala o diretor errado para um longa, uma ótima história acaba caindo pra escanteio e o público acaba sendo brindado com algo que não era da mesma fórmula apresentada pelo roteiro (ou no caso livro). 

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 23 de outubro de 2016

O CONTADOR

Resultado de imagem para O CONTADOR, POSTER NACIONAL

Sabe aqueles filmes onde você meio que desconhecia da produção durante certo tempo, até quando soltam o primeiro trailer e você começa a ficar extremamente ansioso não só pelo seu elenco estrelar, mas sim pela originalidade de sua história? É exatamente o que acontece com "O Contador", novo longa do diretor Gavin O'Connor (de "Força Policial"), onde a sua principal surpresa fica por conta de seu roteiro extremamente diferente e intrigante, que nos é mostrado como um verdadeiro jogo de quebra-cabeças.  

Resultado de imagem para O CONTADOR, POSTER NACIONAL

A trama apresenta a história de Christian Wolf (Affleck), que desde pequeno foi diagnosticado com a síndrome de Savant, onde a mesma a faz ter uma maior afinidade por detalhes e números ao invés de com pessoas (como se fosse um tipo de autismo). Ele trabalha como contador em uma pequena firma, porém o que ele esconde é o fato de trabalhar na função para mafiosos, traficantes de drogas, armas e outras das pessoas mais perigosas e procuradas do mundo. Sendo visto como um potencial suspeito de alguns crimes, o Departamento Criminal do Ministério da Fazenda, liderado por Ray King (J.K. Simmons, o novo Tenente Gordon no novo "Batman" do próprio Affleck), decide colocar a novata Marybeth Medina (Cynthia Addai-Robinson) como principal investigadora no caso e aos poucos ela vai descobrindo que Wolf vai muito além de um simples contador. Enquanto isto, este começa a trabalhar como contador de uma famosa firma de próteses humanas e acaba descobrindo uma enorme discrepância cometida pela mesma, fazendo ele e sua colega de trabalho (Anna Kendrick, de "Os Caça-Noivas") entrarem em um conflito pelo qual eles jamais imaginavam. 

Resultado de imagem para O CONTADOR, POSTER NACIONAL

Affleck já tem certa fama de não ser um bom ator, pois ele sempre possui a mesma expressão depressiva e pálida na maioria de seus longas. Porém aqui ele não só atua bem, como também aproveita dessa sua fama mencionada (além da recente, de ser o novo Homem-Morcego), pra aplicar em seu personagem e realizar uma puta atuação no longa (que não duvido que figure no Globo de Ouro ou até mesmo no Oscar). Seu contra ponto no longa, vivido por Berthal é outro ponto positivo, pois ele exerce o tipico vilão "sarcástico" que não tem piedades de ser mal (o que inclusive faz ele causar os principais momentos de suspense do longa). Quanto a Kendrick, ela ta mais aqui pra ser um verdadeiro alivio cômico na produção, pois suas cenas com Affleck são aquelas "engraçadinhas" que rolam pra deixar o enredo mais calmo. Quanto a Simmons e John Lithgow ("Interestelar"), eles cumprem seu papel e ambos arrasaram em momentos chaves envolvendo seus personagens.  

Resultado de imagem para The Accountant, jon

A competente direção de  Gavin O'Connor soube dosar completamente estes momentos citados, onde ele aproveitou e muito bem o roteiro Bill Dubuque (que roteirizou também o ótimo "O Juiz"), e tratou de deixar bem clara a explicação da síndrome possuída pelo protagonista logo em seu prólogo, assim como os breves plot-twists que rolavam na trama.

"O Contador" sem dúvidas é uma das melhores surpresas de 2016, pelos quais em seus créditos finais temos uma enorme e feliz sensação de que o cinema não está morrendo, mas na verdade "evitando" de arriscar em enredos originais e ótimos como este. RECOMENDO!

NOTA: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

INFERNO

Resultado de imagem para inferno,  poster nacional

Parece que foi ontem, quando fui ao Cine Roxy com minha família assistir a "O Código Da Vinci" (se passaram mais de 10 anos!). Na época o bafafá era enorme, jáque se tratava de uma adaptação do polemico livro do escritor Dan Brown, onde ia contra os princípios da bíblia, pois mostrava que Leonardo Da Vinci  em seu quadrão sobre a última ceia falava que Jesus Cristo e Maria Madalena eram na verdade casados e que tiveram um filho. Três anos depois veio "Anjos e Demônios", onde o bafafá já decaiu um pouco e o enredo apesar de bom, não causou muita polemica e bilheterias (mesmo com o enredo ser sobre o Papado e o Vaticano). As adaptações de Brown então acabaram meio que sendo engavetadas desde então, até que em 2012 foi considerado que este terceiro seria baseado em "O Simbolo Perdido", porém como nenhum dos envolvidos gostou do roteiro, e acabaram engavetando o projeto novamente. Só que como "Inferno" se tornou um best-seller logo na época do seu lançamento (que foi em meados de 2013), escolheram este. 

Resultado de imagem para inferno, filme, 2016

O enredo não tem ligação alguma com os outros longas (então quem não os outros, pode ver este tranquilo), e a trama mais lembra um filme da franquia de Jason Bourne, ao invés de uma adaptação do livro de Dan Brown. A principio vemos o Professor Simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) desacordado em um hospital, não sabendo como foi parar ali, porém somente a sua enfermeira Sienna (Felicity Jones) diz que sabe o que aconteceu. Só que depois de tentarem mata-los ali mesmo, ela o leva para fora do local e ambos denotam que estão sendo perseguidos por diversas pessoas distintas, fazendo-os se questionar o porque de estarem tentando procurar Langdon. Aos poucos a dupla vai denotando que isso tudo tem ligação com uma praga criada por Bertrand Zobrist (Ben Foster), que se solta poderá condenar 95% da população mundial, e que a chave para a solução do fato esta apenas nas condições do professor.


Tom Hanks nasceu pra esse tipo de papel, pois vemos em sua expressão que ele consegue mesmo segurar um longa neste estilo e deixar suas explicações abordando literaturas do romantismo como "A Divina Comédia" e "O Inferno de Dante", plausíveis e interessantes perante a narrativa. O mesmo pode se dizer sobre sua parceira de cena, Jones. A atriz literalmente da um show de interpretação e acabou roubando a cena em alguns momentos. Porém o vilão interpretado por Omar Sy ("Intocáveis", na foto abaixo), não chegou aos pés dos primeiros e se tornou clichê demais em alguns tópicos (principalmente no penúltimo ato).

Resultado de imagem para inferno, movie, pictures

Quanto a competente direção de Ron Howard, gostaria de destacar o trabalho que ele realizou no prólogo do longa. Ali onde varias imagens aleatórias, pra representar tamanha crise de amnésia que Langdon estava passando, já causa uma sensação do estilo que o diretor tomaria no longa: o exato olhar deste sobre toda a situação (lembrando até um pouco Christopher Nolan, em "Amnésia"). Fora as sequencias de ação e suspense, que realmente prendem o olhar na tela (onde lembravam claramente um longa de Jason Bourne (mais precisamente o último)). Fora as belíssimas paisagens por Istambul, Veneza e Florença, que já da pra tirar um ótimo papel de parede em algumas sequencias. 

"Inferno" é mais um divertido exemplar da franquia de Robert Langdon nas telonas, e pra quem gostou das adaptações anteriores pode achar esta um pouco mais fracam. Porém na minha singela opinião, o patamar está páreo para as outras e a qualidade igualável. 

Nota: 8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A FESTA DA SALSICHA



Animações geralmente são um dos principais gêneros que sofrem preconceito por maioria do publico adulto. Porém existem algumas que são especialmente feita para eles, como é o caso de "South Park". Há alguns anos não se via nas telonas algum exemplar como esse "A Festa da Salsicha", onde o politicamente incorreto é o que te tem principal predominância no enredo. A começar que logo de cara no cartaz principal, temos uma salsicha e um pão em um formato cujo duplo sentido é claro. Já na película, piadas recheadas de duplas intenções e palavrões é o que mais predomina. Só que o principal foco mesmo no roteiro do trio Seth Rogen, Evan Goldberg e Jonah Hill, é a clara sátira a produções da Pixar (onde "Toy Story" e "Divertida Mente" são os principais alvos).

Resultado de imagem para festa da salsicha

A trama se inicia com os alimentos felizes da vida no Supermercado, esperando para que os Deuses (pretexto para nós, seres humanos) um dia escolham eles e os levem para fora de lá. Barry é uma salsicha tímida e medrosa, que divide o saco com outras que são exatamente o oposto. como Frank que ta completamente interessado em entrar dentro de um pão, chamado Brenda (isso mesmo que você leu!!). Só que depois que uma compra da errado, Frank e Brenda são despejados do carrinho de compras os que o fazem decidir voltar para as prateleiras. Porém eles não imaginavam que o universo do Supermercado é bem maior do que eles pensavam. Enquanto isso Barry acaba descobrindo a triste e dura realidade sobre eles: que na verdade todos são cozinhados e ingeridos pelos seres humanos. 

Resultado de imagem para festa da salsicha

O roteiro já deixa claro no primeiro momento que as piadas e o enredo realmente não são pra crianças. A começar que temos o Donut judeu e o Pão Sírio, que suas discussões na maioria das vezes, cercam ambas as religiões (algo costumeiro nos outros longas dos roteiristas). Porém isso é o menos politicamente incorreto que rola no longa, onde há uma porrada de palavrões, linguagem obscenas e nos 20 minutos finais ocorrem outras coisas as quais qualquer pessoa que assistir a animação ficara completamente surpreso (não falarei nada para não dar spoilers) com tamanha "liberdade" que eles sentiam que tiveram no loga. Porém algumas piadas ficam se repetindo ao decorrer do longa (como a questão do formato da bisnaga e sua relação com a salsicha), que poderiam muito bem serem trocadas por outras piadas mais bem elaboradas.

Quanto a dublagem na versão brasileira, mesmo sendo adaptada pela equipe do "Porta dos Fundos", já vou avisando que eles NÃO DUBLARAM os protagonistas, mas acabaram sim os coadjuvantes da animação. Fora isso foi até que um bom trabalho e soou estar ao pé da letra (apesar de no final, aproveitarem pra fazerem propaganda do canal deles). Ainda pretendo ver a versão legendada quando possível, pra tirar uma conclusão mais precisa a respeito.

Em um ano onde "Deadpool" serviu pra quebrar os padrões dos longas de heróis, "A Festa da Salsicha" serviu pra quebrar o padrão das animações tradicionais (que ultimamente são voltadas mais para crianças, quando não se trata da Disney/Pixar). Se você curte "South Park" com certeza essa é sua animação, agora se você acha muito ruim e desrespeitosa a animação, evite este longa ao máximo.

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

ASSASSINO A PREÇO FIXO 2: A RESSUREIÇÃO

Resultado de imagem para assassino a preço fixo: a ressurreição, POSTER

Nem me recordo da última vez que vi um filme protagonizado pelo astro de ação Jason Statham nos cinemas, onde ele reciclava o estilo de produções do gênero "ação brucutu" da década de 80 (onde eram estreladas pelos seus amigos Sylvester Stallone e Arnold Swarznegger). Onde o protagonista era literalmente a prova de balas e acabava com todos que cruzavam seu caminho, sem tomar um arranhão e raramente se envolviam com alguma mulher. Esta continuação é completamente independente do primeiro filme (lançado em 2011 e que foi um remake do longa de Charles Bronson), ou seja, se você não tivesse assistido a ele antes não faria a menor diferença na compreensão deste enredo. 

Resultado de imagem para assassino a preço fixo: a ressurreição

A história começa com Bishop (Statham) de férias no Rio de Janeiro (Brasil mais uma vez sendo retratado com mexicanos vivendo nossos moradores), quando é surpreendido por uma mulher e convocado para um novo trabalho. Ele nega e depois de uma treta no morro do pão de açúcar, ele se muda para uma ilha remota no sul da Tailândia. Lá ele acaba salvando a professora Gina (Jessica Alba, de "Sin City: Dama Fatal"), de seu marido violento e logo acaba criando laços com a moça. Porém ela é sequestrada pela equipe de Crain (Sam Hazeldine, de "Caçadores de Obras Primas"), que lhe propõe da seguinte troca na liberdade dela: ele deverá voltar a ativa e matar três pessoas em destintos cantos do mundo, onde ao termino do trabalho ela voltará pra ele. Sem outra escolha, Bishop deverá seguir as ordens. 

Resultado de imagem para assassino a preço fixo: a ressurreição, POSTER

Assim como eram os longas mencionados no primeiro paragrafo, aqui não importa a qualidade das atuações ou até mesmo os efeitos visuais (que parecem terem sido feitos no programa "Vegas"), mas sim a ação promovida pelo protagonista e pelo enredo proposto pelo enredo. Statham já havia mostrado há uns anos que tem competência pra segurar longas assim (vide a franquia "Carga Explosiva"), e aqui ele só faz jus ao que ele havia feito até agora (lembrando que ele não usa dubles em nenhuma de suas cenas de ação). O resto do elenco não possui muito do que falar, pois Alba ta aqui mais pra ser o verdadeiro saco de pancadas do longa (ela mais apanha, do que namora Statham em toda a película), e uma pequena participação de Tommy Lee Jones ("Jason Bourne") que acaba roubando a cena. Já o vilão vivido por Hazeldine é canastrão como de costume.

"Assassino a Preço Fixo 2: A Ressurreição" é mais um divertido longa de ação, que os fãs do gênero e até mesmo quem não curte vai acabar gostando em seu resultado final. Porém não é pra se levar a sério nada do que vemos em tela, porque nada daquilo tem uma "certa lógica"... RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 9 de outubro de 2016

A ÚLTIMA PREMONIÇÃO

Resultado de imagem para a última premonição

Ao ver o trailer de "A Ultima Premonição", temos um exemplo de quando a distribuidora com sua equipe de marketing fizeram um ótimo trabalho. A começar por mostrar que a história apesar de banal, pode ter uma narrativa divertida de ser conferida. Então pro cara que curte seriados, eles logo tratam de mostrar que Jim Parsons (o Sheldon de "The Big Bang Theory", em um raros trabalhos fora da televisão) é coadjuvante no longa. Obviamente que de alguma forma a película aguçaria a curiosidade do publico, mais por estes dois tópicos. É ai que você consegue arrumar tempo pra você vê-la, porém no andar da carruagem você percebe que não era nada daquilo que você pensava. 

Resultado de imagem para a última premonição

A começar pela péssima atuação da protagonista, vivida por Isla Fisher (que trabalhou bem até mesmo em "Scooby-Doo"). Aqui ela vive Eveleigh, uma mulher que sofreu um grave acidente de carro no passado, e que acabou resultando na morte de uma criança. Porém quando ela fica gravida, começa a ter diversas premonições e pesadelos, aos quais ela acredita ter ligação com o acidente ou até mesmo com a casa de campo onde ela e seu marido (Anson Mount) vivem. 

Fisher esta completamente perdida em sua atuação, seja num arco de suspense e dramático, e quando corta pras consultas com seu psiquiatra (Parsons) ele parece estar tão perdido quanto ela. Sua química com Mount também é outro ponto que devemos destacar que é extremamente fraco e mal executado (como eu vou torcer ou criar compaixão pra um casal mais artificial, que os do "Teste de Fidelidade" do João Kleber?). O responsável pela direção foi  Kevin Greutert (que comandou os dois últimos "Jogos Mortais"), e só serve pra demonstrar que o quão incompetente ele exerce nesse suspense, pois é claro que ele não tinha moral nenhuma sobre a situação e se deixou levar também pelo roteiro da dupla L.D. Goffiagan e Lucas Sussman, que usa e abusa dos clichês na maioria dos momentos (referencias a longas como "Arraste-me Para o Inferno" e "A Trilha", são notados pelos cinéfilos logo de cara).

"A Última Premonição" é mais um daqueles filmes B, que possui uma ótima premissa, porém um péssima narrativa que desperdiça e vai contra ponto tudo aquilo que o trailer prometeu... EVITE!

Nota: 2,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 8 de outubro de 2016

GÊNIOS DO CRIME

geniosdocrime_1

Ao se deparar com os nomes envoltos no elenco de "Gênios do Crime", vemos que tem nomes realmente bons envolvidos, que são eles Owen Wilson, Zack Galifianakis, Jason Sudeikis, Kristen Wiig, Kate McKinnon e Leslie Jones (coincidentemente o trio do novo "Caça-Fantasmas"). Obviamente que veríamos uma grande comédia, porém é o que o longa acaba não pregando durante seus quase 90 minutos. Somente pelo trailer denotamos que o diretor Jared Hess ("Nacho Libre") optou por narrar o enredo bem no estilo pastelão, pelos quais chegam a causar risos em seus trailers e comerciais de divulgação. Porém o roteiro do trio Chris Bowman, Hubbel Palmer e Emily Spivey, acabou elevando ao nível máximo do estilo, quando por acaso eles causam uma bizarrice completa no enredo, onde mesmo ele se tratando de fatos reais, vemos que não tem como aquilo ser tecnicamente possível, em alguns breves momentos. 

Resultado de imagem para gênios do crime

A trama conta a história dos motoristas de carro forte, Kelly (Wiig) e David (Galifianakis) que estão cansados da rotina constante do dia a dia e do salário chinfrim que recebem. Até que um dia a primeira acaba se demitindo e vai morar de favor com o malandro Steve (Wilson). Ciente que ela era ex-funcionaria de uma empresa financeira, tem a ideia de fazer um roubo bilionário no local. Ciente da paixão de David por ela, Kelly e Steve o usam como laranja no meio do assalto que consequentemente acaba se tornando o maior roubo de carro forte da história.

Resultado de imagem para gênios do crime

O longa tinha tudo pra ser uma ótima comédia pastelão, devido ao ótimo entrosamento do elenco e do enredo. Porém o diretor Hess se demostrou um tanto que fraco, ao não saber da metade pro final qual o verdadeiro tom que o longa vai levar. Tudo bem que o enredo é uma verdadeira sátira ao caso real, porém algumas situações beirão ao impossível e tecnicamente acaba quebrando um pouco a narrativa que foi proposta no inicio. O mesmo também não conseguiu aproveitar o enorme elenco de comediantes que ele possuía, a começar pelo casal protagonista vivido por Galifianakis e McKinnon que tiveram bons momentos no inicio da película, porém quando ela é "substituída" por Wiig, parece que esta não conseguiu causar tanta comicidade como sua colega. Porém os únicos que pareceram estar confortáveis nos papeis foram Jason Sudeikis, que viveu um assassino de aluguel e praticamente rouba a cena, sempre quando aparece, e Owen Wilson (que já trabalharam juntos em "Passe Livre"), que acabou rendendo bons momentos como o "vilão" da trama.

"Gênios do Crime" é mais uma daquelas películas que pegamos pra ver sem compromisso algum no final da tarde, e que se formos analisar tudo ao pé da letra ficaremos muito desapontados com seu resultado final. Porém se você gosta de comédias no estilo "Debi e Lóide", "Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola" e curte as esquetes do "Saturday Night Live", o longa é uma ótima pedida. Caso contrario, evite, pois você vai se chatear.

Obs: Como no cinema onde frequento só haviam cópias dubladas, eu acabei assistindo ao mesmo no formato. Já deixarei claro que a versão não ficou boa e recomendo que se vocês assistirem, optem pela legendada. 

Nota: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O BEBÊ DE BRIDGET JONES

Resultado de imagem para o bebe de bridget jones, poster

Já não é novidade pra ninguém que Renée Zellweger não dava as caras nas telas desde 2010 com "Caso 39" (que havia sido gravado em 2008), e que ficou até 2014 fora dos holofotes quando reapareceu com uma plastica que a deixou com uma aparência completamente assustadora (pra quem cresceu vendo ela como crush do Tom Cruise em "Jerry Maguire", foi um susto do cacete). Vida pessoal a parte, este é o primeiro filme dela em quase oito anos e com a nova aparência. Ela escolheu como retorno justamente a personagem que a consagrou no cinema e lhe rendeu uma indicação ao Oscar, que é a ícone das feministas no mundo: Bridget Jones. Nos primeiros filmes ela teve que engordar pra caramba pra viver a personagem, que era uma solteirona na faixa dos 30 que não se dava bem na vida e muito menos no amor. E ela costumava deixar tudo registrado em seu diário (como o próprio titulo diz). Antes ela era disputada por uma dupla vivida por Colin Firth e Hugh Grant, agora este saiu de cena (porém tem uma sequencia na abertura, que é uma das sequencias mais engraçadas do longa) e deu lugar ao novo galã da mulherada: Patrick Dempsey (que fazia o Dr. Shepherd em "Grey's Anatomy").

Resultado de imagem para o bebe de bridget jones, poster

A trama começa bem no dia do aniversário dos 40 anos de Bridget, onde ela começa com um discurso mostrando que ela chegou quase a meia idade e não dependeu de ninguém pra tocar a vida. Porém ela ainda continua sozinha, mas ainda com uma paixão platônica pelo Mark Darcy (Firth). Só que ao ir em um festival de musica com uma amiga do trabalho, ela acaba tendo um caso com um desconhecido (Dempsey), onde mais tarde ela acaba descobrindo que se trata do milionário descobridor da equação do amor, Jack. Porém uns dias depois, ela acaba tendo uma recaída com Mark depois de uma cerimonia de batizado. Depois de umas semanas, ela acaba descobrindo que está gravida, só que ela sequer tem certeza de quem é o verdadeiro pai do bebê. O que aos poucos acaba transformando em uma verdadeira "Dona Flor e Seus Dois Maridos" da terra do Tio Sam.  

Resultado de imagem para o bebe de bridget jones, poster

Um dos principais acertos da produção é fazer questão de destacar as mudanças que ocorreram na película no intervalo dentre o último longa que foi em 2004 (e um fiasco em todos os sentidos), até hoje. A começar que Jones trocou o diário por um tablet, que ela está bem mais magra e como muitas mulheres independentes do dia de hoje, detesta utilizar o "Tinder", e principalmente as músicas que tocam durante sua trajetória envolvem tops atuais como Ed Sheeran (que aparece brevemente no longa) e Ellie Goulding (que compôs "Still Falling For You", especialmente para o longa).
Sem duvidas que o retrato desta personagem reflete ao diversas mulheres, que são verdadeiramente feministas (onde o roteiro acaba tirando sarro das falsas, em breves momentos), pois vemos que ela sequer foi dependente de algum homem pra arrumar um emprego, sair pra baladas, farras com as amigas e principalmente criar uma estabilidade financeira. 

Zellweger não poderia ter sido uma melhor escolha pra viver a personagem e neste longa deixa mais claro que acertaram ao escala-la em 2001 (só que a sua plastica atrapalhou um pouco em algumas cenas dramáticas no longa, pois eu não conseguia ver expressão ali). Sua química com Firth é um dos pontos fortes do longa, pois o casal já era meio que queridinho pelas inglesas desde a época de lançamento do primeiro livro (que apesar de ser uma trilogia também, este último teve um roteiro independente dos mesmos) e a adaptação pras telas de ambos só enalteceu isso. O acrescimento de Dempsey na trama foi outro acerto em relação a evolução da personagem, pois agora ele é o novo galã (coisa que Grant era naquela época) e uma prova disto é as mulheres na sessão onde eu estive suspirarem em um momento onde ele tira a camisa pra entrar na piscina. Porém o roteiro peca em deixar o ator nas mesmas condições que em longas anteriores (porque em TODO LONGA com ele rola uma cena sua fazendo malabarismo?!?!), e isso acabou tirando uns pontos do seu caractere. Porém quem acaba tirando bastantes risadas do publico em diversos é a melhor amiga de Bridget, Miranda (Sarah Solemani) que em alguns momentos rouba acabou roubando a cena. 

Resultado de imagem para bridget jones baby pictures

O competente retorno da diretora Sharon Maguire (que só havia comandando o primeiro), serviu também para a diretora corrigir alguns erros que ocorreram no primeiro, onde era o quesito do excesso de monotonia no decorrer da narrativa e uma película que agradava completamente as mulheres e não aos homens. Já neste terceiro, o longa foi feito pra ambos os sexos e com certeza irá divertir até mesmo quem não havia assistido aos anteriores antes deste. RECOMENDO!

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

SETE HOMENS E UM DESTINO




O primeiro "Sete Homens e Um Destino" foi lançado em 1969, e tinha no elenco nomes como Charles Bronson e Steve McQueen e foi um dos principais longas do estilo faroeste da história do cinema. Porém ele havia sido baseado no longa japonês "Os Sete Samurais", de 1954. De uns tempos pra cá ocorreram diversas refilmagens do enredo em produções B e para a televisão. Até que neste ano ganhou mais uma para as telonas. A trama é bem simples, e mostra um vilarejo que é atacado pela gangue de Bartholomew Bogue (Peter Sargaard, de "Blue Jasmine"), onde realizam diversos saques, destroem a capela e acabam matando alguns moradores. A esposa de uma das vitimas (Haley Bennett, de "Letra e Música") decide se vingar e para contrata o caçador de recompensas Chisolm (Denzel Washington, de "O Protetor"), que logo começa a montar a mais maluca equipe de forasteiros para combater a gangue de Bogue. Dentre eles temos o porralouca Josh (Chris Pratt, de "Jurassic World"), o misterioso Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke, de "Boywood"), um dono de terras Jack Horne (Vincent D'Onofrio, o Fisk da série "Demolidor"), o indígena Red Harvest (Martin Sensmeier), Vasquez que é um mexicano doidão (Manuel Garcia-Rulfo), e o samurai Billy Rocks (Byung-hun Lee).

Resultado de imagem para sete homens e um destino, 2016, POSTER

Quem já assistiu aos longas anteriores do diretor Antonie Fuqua (que já fez com o próprio Denzel, o já citado, "O Protetor", "Dia de Treinamento" e "Chamas da Vingança"), sabe muito bem que ele gosta de lotar suas tramas com intensas cenas de ação e uma porrada de morte. Aqui não poderia fugir disto e a trama em relação a original ficou bem mais violenta, porém a execução ficou realmente boa. Aqui vemos um elenco que serve muito bem pra agradar a geração mimi, onde temos como protagonistas um negro, um índio, um japa, um mexicano, um gordo e outros dois "galãs". Obviamente que isso não é sinônimo de qualidade, porém a escolha do protagonista como sendo vivido por Denzel Washington foi um puta acerto da produção, porém em um filme onde ele divide a cena com Chris Pratt, é meio difícil deste não ganhar um destaque maior e roubar grande parte da película com seu carisma. Enquanto o vilão vivido por Sargaard (que há mais de uma década não sai deste tipo de papel) ta plausível, porem o rótulo do ator acabou tornando seu personagem clichê demais. 

Resultado de imagem para sete homens e um destino, 2016, POSTER

O novo "Sete Homens e Um Destino" acaba sendo um bom faroeste pipoca, porém mais um remake desnecessário (assim como o recente "Ben-Hur") que serve para demonstrar a falta de criatividade que assola Hollywood nos últimos anos.  Sorte do talento dos seus protagonistas e do próprio Fuqua, pois se não o mesmo acabaria passando em branco. Para os fãs do gênero, é o longa é indispensável! RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet