sábado, 6 de agosto de 2016

TEM NA NETFLIX: ZERANDO A VIDA


Polemicas a parte, eu admito que cresci adorando os filmes do Adam Sandler. Porém depois que ele lançou "Cada Um Tem A Gémea Que Merece", longa que o fez ganhar todas as categorias no Framboesa de Ouro (incluindo pior atriz) ele realizou algumas outras produções de qualidade bastante inferiores (como "Gente Grande 2"). Depois de estrear o terrível "The Ridiculous 6" (onde eu tive prazer de estar com o elenco brevemente na Comic Con Experience ano passado), ele lançou há uns meses seu segundo longa da parceria com a Netflix, "Zerando a Vida". Completamente diferente daquele, o longa tem uma premissa bem bacana até. O enredo começa com o pacato Charlie (David Spade), que leva uma vida de humilhações ao lado da esposa que o trai com o ex-marido, os enteados que não o levam a sério e um emprego besta. Só que ao ir no reencontro da turma do colegial, ele se depara com o amigo de longa data Max (Sandler), que mostra ter uma vida muito melhor que a dele. É então que este lhe convida para passar um dia com ele em seu iate, para botar a conversa em dia. Porém depois de umas cervejas e drinks. ele se vê numa situação envolvendo troca de identidades e a chance de ter uma vida nova ao lado de Max. 


Como todo filme de Adam Sandler, este é mais um que mostra ele como um "cara bobão que faz besteiras a película toda, e é apaixonado por uma gostosa. Ela o dispensa o tempo todo e ele aprende uma lição no final". Basicamente o longa não segue necessariamente esta premissa, só que ele possui diversos momentos hilários entre este e os demais coadjuvantes em cena (principalmente quando o antigo "Coisa", Michael Chiklis, aparece). Sua química com Spade é outro enorme destaque da película e também rende bastante risos. Porém pra diferenciar um pouco o estilo das suas outras produções, da metade pro final o roteiro de Kevin Barnett ("Passe Livre") e o estreante em longas Chris Pappas, apela para uma reviravolta meio que inesperada no enredo e consegue alavancar um pouco o diferencial em seu resultado final. A "gostosa" da vez Paula Patton ("Warcraft"), pouco faz em cena e não ta muito convincente não. 

Porém a competente direção de Steven Brill (que dirigiu Sandler em outros longas, como "A Herança de Mr. Deeds"), consegue desviar a atenção do público mais distraído para paisagens mais exóticas de Porto Rico, sequencias de ação envolvendo carros e etc. Claro exitem algumas breves piadas escatológicas que nada acrescentaram ao enredo, porém tavam lá só pra forçar a barra mesmo. 


"Zerando a Vida" é o segundo de quatro filmes de Adam Sandler com a Netflix, e devo confessar que se a qualidade dos próximos for como a deste, sem dúvidas que mostra o quanto ele ainda tem gás pra fazer comédias.

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet 

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