segunda-feira, 1 de agosto de 2016

HQ - Batman: A Piada Mortal




Ficha Técnica:

Nome Traduzido: Batman: A Piada Mortal.
Nome Original: Batman: The Killing Joke.
Editora: DC Comics.
Ano de lançamento: 1988.
Edições: 01.
Status: Terminada.

Resenha:


A história começa em uma noite chuvosa com o homem morcego indo visitar um velho "amigo" no Asilo Arkham, na porta da cela está uma placa escrita com "nome desconhecido" (Sim, o Coringa já tem 75 anos e ninguém sabe o nome de nascença dele). Quando Batman entra na cela, o prisioneiro está se distraindo com seus baralho e ele começa a falar sobre o relacionamento mortal entre os dois, um relacionamento longo e que mais cedo ou mais tarde um deles não teria escolha senão matar seu oponente.


Assim começa uma das melhores história do cavaleiro das trevas. É possível notar um Batman pensativo, preocupado, quase que atormentado com uma pergunta: "Quem é o Coringa ?". Ele percebe que por mais que tenha lutado contra o palhaço do crime por muitos anos, inúmeras vezes, ele não o conhece, não sabe quem ele realmente é a ponto de se perguntar "Como duas pessoas que não se conhecem podem se odiar tanto ?".

Coringa pronto para um dia na praia.
Outro ponto alto desta obra é a origem do Coringa. A primeira HQ que contou de onde surgiu o vilão mantendo a identidade do personagem oculta. Nos é apresentado quem ele era, se tinha família, o que ele fazia em forma de lembranças do Coringa durante a história, a cada lembrança todos os quadros são coloridos com poucas cores com um tom pastel, sépia (como se fosse uma foto desgastada pelo tempo) usando muito tons de amarelo e laranja, enquanto o resto da história tem diversas cores.

A história é muito conhecida pelo fato do Coringa querer provar (principalmente para o Batman) que qualquer pessoa que passe por um dia ruim pode vir a se tornar um "coringa", para comprovar sua teoria ele usa como cobaia a pessoa mais sã e moral de Gotham: Jim Gordon. O vilão rapta Jim e mostra fotos de sua filha nua, baleada e supostamente estuprada pelo Coringa. Isto já mostra o peso que esta HQ tem, algo totalmente fora do contexto infantil.

Ao final da história quando Batman finalmente luta contra o Coringa, no final da luta o palhaço do crime se entrega e os dois começam a conversar, como se ambos já estivessem cansados de fazer isso, como se este embate tivesse sempre o mesmo resultado: Coringa é preso, escapa, comete algum crime, é preso, escapa...
Mesmo assim, Batman oferece uma forma de reabilitação ao Coringa que recusa e conta uma piada, ambos riem e... ( O final fica por sua conta. O que aconteceu depois disto ?).

Se até o Batman riu, a piada é boa.
Esta obra-prima foi escrita por Alan Moore (o mesmo de Watchman, reinventou Mostro do Pântano, Liga Extraordinária, V de Vingança, Do Inferno e por ae vai...). Ele escreve os diálogos de uma forma que você precise ler e reler, te prende na história, trás personalidade ao personagem, principalmente ao Coringa. Trata de um assunto pouco abordado: A relação entre o palhaço do crime com o cavaleiro das trevas, como um via o outro, como o Batman é tão louco quanto o próprio Coringa. As ilustrações por conta do Brian Bolland, um artista que já trabalhou muito com Batman, Dreed, O juiz e Camelot 3000.

Leia e aprecie esta HQ. Cada diálogo, cada cor extravagante que ela lhe proporciona.

P.S: Leia HQ, não veja a animação. (Opinião pessoal do autor que vos fala. A Animação é pra quem tem preguiça de ler.)

Texto de: Bruno Moncayo

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