sábado, 27 de agosto de 2016

ÁGUAS RASAS

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Longas com somente um único cenário, centrados em apenas um único protagonista são complicados de serem abordados. Não é só colocar um ator diante de uma câmera e diante de uma situação N, e fazer o público se assimilar com a ideia. Tem de ter uma puta atuação tirada do ator e uma direção experiente, pra tudo funcionar. Foi assim que longas como os recentes "Cloverfield, Rua 10" e "Gravidade" acabaram fazendo um enorme sucesso, pois suas tramas eram não só compostas de arcos envolventes, como também suas protagonistas (Sandra Bullock e Mary Elisabeth Winsted) estavam ótimas. Pegando carona nesta proposta, chega agora o longa "Águas Rasas", mas agora temos como protagonista Blake Lively ("Lanterna Verde"), que interpreta uma jovem médica estadunidense, que decide ir surfar numa praia deserta no México (sério eu pensei no começo que ela tinha problemas), local onde sua falecida mãe gostava de fazer o mesmo quando era mais nova. Porém enquanto ela ta lá surfando de boas no mar, ela acaba notando a presença de um enorme tubarão. Sem saída, ela fica ilhada em uma pedra esperando algum milagre pra poder tirar aquele tubarão do seu caminho e chegar na areia. 

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Assim como as atrizes citadas anteriormente, Lively consegue segurar sozinha o longa nas costas. A tensão, o medo, o desespero e principalmente na sequencia onde ela aplica "pontos improvisados" na coxa (onde foi o principal destaque do enredo), são só uma amostra do que ela conseguiu demonstrar durante os 82 minutos de projeção. Sendo que grande parte deles ela interage só com um gaivota que fica o tempo todo com ela na pedra. Claro de vez em quando aparece alguns coadjuvantes nas cenas, mas como se trata de um longa único o clichê falou mais alto em relação ao destino deles. Porém bacana foi que a direção de Jaume Collet-Serra ("Sem-Escalas") conseguiu dominar bem as sequencias e arrasou ao trabalhar nas sequencias do inicio, onde vemos que ele soube dosar bem o terreno pro suspense que estava por vir (era calmaria demais, pro longa). O que lhe auxiliou bastante também, foi a ótima fotografia de Flavio Martínez Labiano (que já trabalhou com o diretor no em "Sem Escalas" e outros longas), onde ele fez um trabalho tão belo nas sequencias de Lively surfando que facilmente da pra tirar uma porrada de papeis de parede pra tela dos nossos computadores. Porém o deslize maior foi o da Sony, em não ter lançado o longa em 3D, pois aqui não só iria funcionar a técnica, como o longa iria ficar mais emocionante. 

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Em seu desfecho, vemos que "Águas Rasas" é uma verdadeira lição de casa para cinéfilos que pretendem começar a carreira como roteiristas e diretores na área, pois vemos que com um único cenário, uma baita atriz e um enredo básico, da sim para se fazer um ótimo longa metragem de suspense. Sem dúvidas, foi uma das surpresas do ano. RECOMENDO!
Obs: Tive o azar de assistir a produção na versão dublada, pois não haviam sequer cópias legendadas no cinema em que fui conferi-lo. Por tanto procurem assistir neste último formato, se querem uma experiência mais divertida.

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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