sexta-feira, 22 de julho de 2016

STRANGER THINGS - 1ª TEMPORADA


A pedidos irei fazer desta minha primeira resenha sobre temporadas de seriados. Como chave de ouro, começarei abordando brevemente sobre o novo seriado da Netflix, "Stranger Things". Série vem sido muito elogiada e ovacionada por todos, mas ela tem um motivo obvio: ela prende o espectador não só pelas enormes referencias a outras produções das décadas de 80/90, mas sim pelo suspense criado nos arcos dos irmãos Duffer (não me perguntem, pois este foi o primeiro grande trabalho da dupla, que só esteve antes em projetos pequenos). A trama mostra um grupo de amigos bastante unidos, onde Mike (Finn Wolfhard) é o cabeça, Dustin (Gaten Matarazzo) é o terapeuta do grupo, Lucas (Caleb McLaughlin) é o mais impaciente e Will (Noah Schnapp) é o que some. Como na pequena cidade onde eles viviam nunca rolou algo do tipo, a mesma fica inteira em choque. Mesmo com as investigações do policial Jim Hooper (David Harbour, de "O Besouro Verde") levando a crer o pior, sua mãe (Winona Ryder, de "Garota Interrompida") ainda acredita que ele ainda está vivo, porém em uma dimensão paralela. Porém surge na vida dos garotos a misteriosa garota Onze (Millie Bobby Brown), que alega que conseguirá descobrir o paradeiro de Will. 




O acerto nesta narrativa que num primeiro momento parece banal, é a questão dos Duffer apostarem no imprevisível em alguns arcos. Como por exemplo, a cada episódio os protagonistas descobrem algo em relação ao sumiço de Will, que nos faz ficar mais presos ao enredo. O mesmo rola com o fato da origem de Onze, onde aos poucos a série vai mostrando as memórias da mesma, que mostra o que ela passou antes de conhecer os garotos.  Mas o principal acerto, é dos mesmos terem abordado a narrativa como se fosse um longa de John Hudges e Steven Spielberg. Aqui nós vemos uma porrada de referencias a longas como "Poltergeist", "E.T. O Extraterrestre", "Super 8", "Clube dos Cinco", "Alien O Oitavo Passageiro" (sendo que o próprio visual da Onze, já lembra da protagonista Riley), "Conta Comigo" e mais um monte deles. A trilha sonora foi outro acerto, pois aqui temos musicas famosas da época sitada, como "Should I Stay or Should I Go" e música de bandas como Joy Division, Toto, Jefferson Airplane e etc. Só que a forma que estas músicas são tratadas, são através da fita (olha a referencia a "Guardiões da Galáxia") que Will e seu irmão Jonathan (Charlie Heaton) ouviam e que acerca a narrativa.


Em quesito de atuação, devo confessar que essa é a verdadeira volta por cima de Winona Ryder (que foi presa em 2003, por roubos de Diamantes), que fazia só papeis pequenos e aqui ela literalmente rouba a cena e muitas de suas cenas acabaram se tornando o principal logo da série em redes sociais e na própria divulgação da mesma. Principalmente seu colega de cena David Harbor, que antes só fez pequenos personagens em diversos longas e aqui tem seu primeiro grande papel como um policial com um passado misterioso e não decepciona. Fora outros N personagens, que começam a ganhar destaque conforme a narrativa vai ganhando mais gás (como a irmã mais velha de Mike, Nancy (Natalia Dyer)). Mas o principal detalhe, é que todo o elenco de adolescentes também são compostos de "novatos" e devo dizer que é de se surpreender com o empenho de todos, principalmente com a jovem Brown.


Confesso pra vocês que eu NUNCA matei uma temporada inteira de uma série em um único dia, porém "Stranger Things" já conseguiu me fazer conquistar este feito. Só que ela me prendeu mesmo a partir do terceiro episódio (como aconteceu também com algumas pessoas). Então um conselho: mesmo se não gostar dos dois primeiros, de uma chace a mais pra série no terceiro que você não vai se arrepender!! Que venha a segunda temporada!! RECOMENDO

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet


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