quinta-feira, 14 de julho de 2016

INDEPENDENCE DAY: O RESSURGIMENTO


Há 20 anos o diretor Roland Emmerich apresentou "Independence Day" como um novo conceito de filmes de ação, onde a destruição total do mundo era o principal tema. O longa pode estar na memória de muitos cinéfilos, como o filme que "explode a Casa Branca" e ajudou a alavancar as carreiras de Bill Pulman, e ainda mais as de Jeff Goldblum ("Jurrasic Park") e Will Smith ("MIB - Homens de Preto"). A película ainda conquistou uma enorme bilheteria pelo mundo e o Oscar de efeitos visuais. Desde então Emmerich tentava de todas as formas realizar uma continuação deste. Foram anos tentando convencer Smith a voltar (pois ele era o único que não queria), o que fez aquele escrever dois roteiros, onde um contia o astro e o outro não. Até que ele disse que voltaria com um cachê de 60 milhões, o que obviamente a Fox não pagaria e logo trataram de matar o personagem (aqui ele aparece brevemente em uma pintura no inicio). Só que em menos de 20 minutos de projeção, denotamos o porque dele não aceitar voltar: o longa consegue ser bem pior que qualquer filme do Michael Bay!


Pra começo de história não temos um protagonista certo, mas sim uma porrada de arcos que envolvem o retorno dos alienígenas 20 anos depois da primeira invasão, onde temos o agora Ex-Presidente Whitmore (Pullman), sua filha Patricia (Maika Monroe) cujo o namorado (Liam Hemsworth) trabalha em uma estação espacial e tem uma rixa com o filho de Steven Hiller (Smith), Dylan (Jessie T. Usher), o cientista do primeiro longa David Levinson (Goldblum), o Pai dele (Judd Hirsch), uma nova cientista que o ajuda no combate aos aliens (Charlotte Gainsbourg), o cientista Brakish Okun (Brent Spiner), que acabou de acordar do coma, um mercenário (Deobia Oparei), e não contentes os cinco roteiristas (isso mesmo!) colocam um grupo de crianças que tão atrás dos pais, onde não acrescentam merda nenhuma no enredo e só tão lá de enfeite, literalmente! Fora que quem Emmerich coloca como vilã inescrupulosa em sua trama? Ninguém menos que a própria Presidenta dos Eua (Sela Ward), onde ele deixa claro que ela foi uma das principais responsáveis pelo ataque dos alienígenas a terra (deixando claro que ele não está nada contente em os Eua possivelmente terem uma mulher no poder). Só que exatamente TODOS esses personagens tem arcos clichês envolvendo eles! 


A sua direção aqui também trabalha mais no fato de fazer referencia há uma porrada de filmes, onde há momentos que parece que estamos "revendo" longas como "Star Wars", "A 5ª Onda", "Armageddon" e até mesmo mais um "Transformers", menos uma continuação de "Independece Day"! Porque do clássico que cresci vendo na extinta "Sessão de Sábado" da Globo, só lembrou a partir do penúltimo ato. Tipo a premissa inicial do longa, onde os humanos começaram a usar a tecnologia alienígena para realizar sua evolução e criar diversas coisas que antes seriam impossíveis, foi um tema bacana. Porém isto se perde e sequer há uma sequencia que deixe tudo isso mais claro e bem abordado (a não ser das coisas clichês do gênero, como carros voadores e arquitetura futurística). A única coisa que realmente se salva aqui, são os efeitos visuais e as sequencias de ação que estão muito bem realizadas. 

"Independence Day: O Ressurgimento" serviu apenas pra algumas breves coisas: o quanto o diretor/roteirista Roland Emmerich é ruim, renascer a carreira do Bill Pulman e de Jeff Goldblum (que ano que vem começa a integrar o universo Marvel, com "Thor Ragnarok"), e mostrar que o Will Smith sabe escolher bem os seus projetos. 

Nota: 3,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

Nenhum comentário:

Postar um comentário