sexta-feira, 29 de julho de 2016

JASON BOURNE


Mentiria pra você se falasse que não cresci vendo os filmes da série de Jason Bourne. O primeiro foi lançado em 2002 e revelou o astro Matt Damon como um ótimo ator para de longas de ação. Porém foi no lançamento do terceiro em 2007, que a série começou a bater de frente com a do agente 007 em diversos quesitos, dentre eles as ótimas sequencias de ação da câmera balançando e transpondo toda tensão da cena pro público, um roteiro extremamente cabeça com uma enorme crítica a situação politica e econômica atual, e um protagonista que trabalha completamente sozinho, onde as únicas mulheres que aparecem em cena são apenas para ajuda-lo a descobrir algo (pois pra quem não sabe, Jason Bourne é um agente de um projeto secreto da CIA, pelo qual perdeu a memória e tenta a cada filme descobrir quem ele é). Além do simples fato do último ser premiado com três Oscars técnicos (Edição, Mixagem de Som e Edição de Som). 


Porém em 2012, alguma porra de executivo "gênio" da Universal decidiu lançar um spin-off da franquia. Nele o protagonista era vivido por Jeremy Renner (o Gavião Arqueiro de "Os Vingadores") e tinha como coadjuvantes Edward Norton e Ranchel Weitz. Só que por mais que ele venda com o nome "Bourne", aquilo não era este e só foi mais um caça niqueis horrível. Só que alguns anos depois Matt Damon e o diretor dos dois primeiros, Paul Greengrass ("Capitão Phillips") revelaram que trabalhariam em uma continuação digna da franquia, pois eles não gostaram dos resultados dos dois últimos filmes. Devo assumir que a espera e empenho da dupla em trazer o VERDADEIRO "Legado Bourne" pras telas, funcionou! 


O longa começa nos dias atuais onde Jason sabe que seu nome verdadeiro é David Weeb, mas ele ainda busca mais coisas sobre quem ele era. Só que em uma era pós Edward Snowden e Mark Zuckeberg, qualquer pessoa consegue rastrear tudo o que a outra fez e está fazendo. E esse é o principal foco do enredo do próprio Damon, Paul Greengrass e Christopher Rouse. Aqui temos dois claros exemplos de casos que fazem referencia as estes, sendo o primeiro através da amiga de Bourne, Nicky (Julia Stiles) causa um enorme ataque hacker a CIA e solta a público todas as informações de casos sigilosos envolvendo o Treadstone. Já ao segundo é através do novo personagem Aaron Kalloor (Riz Ahmed), que desenvolveu um sistema operacional que vai contra os princípios da CIA e a mesma procura realizar uma aliança com ele de todas as formas. 


Mas sem dúvidas que Matt Damon mais uma vez incorporou o personagem (sua aparência ta bem mais desgastada que antes, e sequer troca de roupa durante boa parte do longa) e consegue realizar uma excelente atuação. Porém agora ele enfrenta três vilões, o diretor da CIA Robert Dewey (Tommy Lee Jones), a agente Heather Lee (a recém vencedora do Oscar, Alicia Vikander) e o assassino profissional Asset (Vincent Cassel). Todos os três conseguem ter momentos brilhantes e ótimos no decorrer do longa, porém o destaque vai mesmo para Vikander. A atriz consegue realizar uma atuação extremamente difícil, que é a clássica "ame e me odeie". Não duvido que ela consiga mais pra frente se tornar um forte e respeitável nome no cinema. Enquanto Cassel chega a roubar a cena em diversos momentos, e acabou se tornando o melhor vilão da franquia.

Tudo isso funciona de forma perfeita, graças também a competente direção de Paul Greengrass que fez diversas sequencias de ações eletrizantes e estavam pertinentes de acordo com o enredo apresentado. Sendo que o destaque mesmo, vai para a última onde se passa em Las Vegas. Meu Deus, que excelente trabalho de direção e fotografia ali! A câmera não parava em nenhum segundo e nós como mero espectadores, ficamos vidrados perante a enorme ação e suspense que ocorre na tela. 

"Jason Bourne" é sem dúvidas um ótimo exemplo de como se realizar uma sequencia de forma competente, onde fãs do gênero e da série não sairão chateados da sessão. Que venham mais sequencias desta ótima série! E claro mais uma vez ouvir nas telonas o excelente tema da série, "Extreme Ways" da banda Moby (até a nova versão da canção ficou legal). Se foi melhor que os outros filmes e se é necessário mesmo ver ou rever os outros pra sacar o enredo? A resposta pra ambas questões é sim! RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

terça-feira, 26 de julho de 2016

DOIS CARAS LEGAIS


Shane Black pode ser conhecido por muitos fãs da Marvel, como o cara que cagou de vez com as qualidades dos longas de Tony Stark em "Homem de Ferro 3". Porém os cinéfilos sabem que ele no passado foi o principal responsável pelo roteiro dos filmes da série "Maquina Mortífera" e basicamente criou o estilo policial de "ação/comédia", colocando Mel Gibson e Danny Glover como dois policiais com personalidades diferentes, para resolverem os casos mais sérios possíveis. 18 anos depois do último filme desta série nas telonas e três do fiasco de seu último longa, ele volta as telas dirigindo e roteirizando "Dois Caras Legais", que volta ao estilo que o consagrou. Porém agora temos como protagonistas os ótimos Russel Crowe ("Os Miseráveis") e Ryan Gosling ("A Grande Aposta"), onde ambos vivem dois detetives amadores, onde enquanto o primeiro é mais sério e violento em suas buscas, outro é mais desastrado e costuma a trabalha para mulheres anciãs. Porém eles acabam se juntando para investigar o sumiço da jovem atriz porno Amelia (Margaret Qualley), onde a investigação pode levar eles em uma trama mais complexa do que imaginam.


Aqui vemos Crowe e Gosling em uma excelente forma e química, na qual a filha do último (Angourie Rice) acaba roubando a cena em diversos momentos em que ela tenta se meter na investigação e se mostra mais competente que o próprio Pai. A jovem realmente tem carisma e sem dúvidas é o grande destaque da película. Fora que Gosling também rouba a cena em alguns momentos e demonstra que também possui uma veia cômica (que ele não havia demonstrado antes, pois "Amor a Toda Prova" tava mais pra romance que comédia). Outro acerto de Black é na estética escolhida pela narrativa, onde ele aborda sua película bem no estilo de um longa daquela época. Além de que seu roteiro em parceria com Anthony Bagarozzi, aposta no lado cômico para aplicar explicações complexas e reviravoltas na trama (onde não ficam pontas soltas). Outro acerto, foi a ótima trilha sonora que tem músicas de bandas como "The Bee Gees" e "The Temptations".


"Dois Caras Legais" se torna mais um exemplo de estilo de longa que quase não existe mais no cinema, mas que há cerca de 20 anos haviam vários títulos com a sua temática e lotavam os cinemas. Só espero que eles realizem mais produções que possuam este estilo, e que não sejam mais na telinha como ta acontecendo (meu Deus, pra que séries de "Maquina Mortífera" e "Hora do Rush"?). RECOMENDO!


Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 22 de julho de 2016

STRANGER THINGS - 1ª TEMPORADA


A pedidos irei fazer desta minha primeira resenha sobre temporadas de seriados. Como chave de ouro, começarei abordando brevemente sobre o novo seriado da Netflix, "Stranger Things". Série vem sido muito elogiada e ovacionada por todos, mas ela tem um motivo obvio: ela prende o espectador não só pelas enormes referencias a outras produções das décadas de 80/90, mas sim pelo suspense criado nos arcos dos irmãos Duffer (não me perguntem, pois este foi o primeiro grande trabalho da dupla, que só esteve antes em projetos pequenos). A trama mostra um grupo de amigos bastante unidos, onde Mike (Finn Wolfhard) é o cabeça, Dustin (Gaten Matarazzo) é o terapeuta do grupo, Lucas (Caleb McLaughlin) é o mais impaciente e Will (Noah Schnapp) é o que some. Como na pequena cidade onde eles viviam nunca rolou algo do tipo, a mesma fica inteira em choque. Mesmo com as investigações do policial Jim Hooper (David Harbour, de "O Besouro Verde") levando a crer o pior, sua mãe (Winona Ryder, de "Garota Interrompida") ainda acredita que ele ainda está vivo, porém em uma dimensão paralela. Porém surge na vida dos garotos a misteriosa garota Onze (Millie Bobby Brown), que alega que conseguirá descobrir o paradeiro de Will. 




O acerto nesta narrativa que num primeiro momento parece banal, é a questão dos Duffer apostarem no imprevisível em alguns arcos. Como por exemplo, a cada episódio os protagonistas descobrem algo em relação ao sumiço de Will, que nos faz ficar mais presos ao enredo. O mesmo rola com o fato da origem de Onze, onde aos poucos a série vai mostrando as memórias da mesma, que mostra o que ela passou antes de conhecer os garotos.  Mas o principal acerto, é dos mesmos terem abordado a narrativa como se fosse um longa de John Hudges e Steven Spielberg. Aqui nós vemos uma porrada de referencias a longas como "Poltergeist", "E.T. O Extraterrestre", "Super 8", "Clube dos Cinco", "Alien O Oitavo Passageiro" (sendo que o próprio visual da Onze, já lembra da protagonista Riley), "Conta Comigo" e mais um monte deles. A trilha sonora foi outro acerto, pois aqui temos musicas famosas da época sitada, como "Should I Stay or Should I Go" e música de bandas como Joy Division, Toto, Jefferson Airplane e etc. Só que a forma que estas músicas são tratadas, são através da fita (olha a referencia a "Guardiões da Galáxia") que Will e seu irmão Jonathan (Charlie Heaton) ouviam e que acerca a narrativa.


Em quesito de atuação, devo confessar que essa é a verdadeira volta por cima de Winona Ryder (que foi presa em 2003, por roubos de Diamantes), que fazia só papeis pequenos e aqui ela literalmente rouba a cena e muitas de suas cenas acabaram se tornando o principal logo da série em redes sociais e na própria divulgação da mesma. Principalmente seu colega de cena David Harbor, que antes só fez pequenos personagens em diversos longas e aqui tem seu primeiro grande papel como um policial com um passado misterioso e não decepciona. Fora outros N personagens, que começam a ganhar destaque conforme a narrativa vai ganhando mais gás (como a irmã mais velha de Mike, Nancy (Natalia Dyer)). Mas o principal detalhe, é que todo o elenco de adolescentes também são compostos de "novatos" e devo dizer que é de se surpreender com o empenho de todos, principalmente com a jovem Brown.


Confesso pra vocês que eu NUNCA matei uma temporada inteira de uma série em um único dia, porém "Stranger Things" já conseguiu me fazer conquistar este feito. Só que ela me prendeu mesmo a partir do terceiro episódio (como aconteceu também com algumas pessoas). Então um conselho: mesmo se não gostar dos dois primeiros, de uma chace a mais pra série no terceiro que você não vai se arrepender!! Que venha a segunda temporada!! RECOMENDO

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet


terça-feira, 19 de julho de 2016

CAÇA-FANTASMAS

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Digamos que este é o lançamento mais polemico que houve na história do cinema. Não porque teve alguma tragédia no decorrer das filmagens ou algo do tipo, mas sim porque ocorreu um extremo descaso com a produção da película logo que foi anunciado a escalação das atrizes Kristen Wiig ("Perdido em Marte"), Melissa McCarthy ('Missão Madrinha de Casamento"), Kate McKinnon ("ted 2") e Leslie Jones ("Descompensada"), ao invés de um elenco masculino ou até mesmo com os antigos "Caça-Fantasmas" (tirando Harold Ramis, que faleceu em 2014). No "YouTube" o péssimo primeiro trailer foi um dos videos que tiveram mais deslikes na história do canal (perdendo pra um clipe do Justin Bieber), com quase 1.000.000 de votos dos usuários. Então rolou a primeira exibição pra imprensa do filme e surpreendentemente o novo "Caça Fantasmas" foi elogiado pelos críticos de cinema do mundo todo. Porém no site IMDB, os haters continuaram passando seu ódio pelo filme para o site, e mesmo nem fazendo parte do seleto grupo que tinham visto o filme (isso mesmo) deveram notas baixas pro longa mesmo assim! Tretas a parte, vi o longa na noite de ontem e devo assumir que ele realmente não só vale o ingresso como também é o longa das férias, mesmo tendo alguns deslizes.


Logo no inicio vemos um museu que sofre com o surgimento de um fantasma, onde logo corta pra universidade onde trabalham a professora de física, Erin Gilbert (Wiig), sua eterna melhor amiga e cientista, Abby Hates (McCarthy), que tem como auxiliar a recém formada em engenharia, Jillian (McKinnon). Só que ao conseguirem comprovar a teoria delas indo até o museu citado e visualizar a presença de um fantasma, as mesmas acabam decidindo por conta própria virarem experts no assunto. Então elas alugam um apartamento, contratam um secretário bobão (Chris Hemsworth, o Thor), e começam a desenvolver seu trabalho. Sendo que o primeiro que surge é um fantasma no metro, onde elas acabam contratando a funcionaria do local (Jones) para se juntar a equipe. 


É basicamente esta premissa inicial que envolta o novo "Caça-Fantasmas". Porém o roteiro de Katie Dippold e Paul Feig (que também assina a direção), peca no quesito de deixar a última presa numa característica estereotipa, onde ela tem que ser justamente a negra que tem uma profissão rebaixada das outras e sempre é a que faz as piadas mais clichês (tapas, gritos e frases forçadas). Porque ela não foi uma cientista ou engenheira também? Porém o roteiro compensa a participação dela no momento em que ela não é pega pelo público num show de rock, ao invés da amiga loira e caucasiana que é pega. Ela solta o seguinte dialogo "Vocês não me pegaram porque eu sou mulher ou negra?". Indiretamente essa piada funciona de forma ambígua em relação ao que ocorre com o longa e até mesmo com a própria atriz. 


Preconceitos a parte, o roteiro ainda consegue exercer uma verdadeira homenagem ao original. Porque ele deixou o mesmo intacto, não mudando nada e contando outra história (sendo que até mesmo a origem de algumas coisas foi modificada) com a essência do filme de 1984. Claro temos algumas breves "scare jumps" (isso mesmo!) e  participações especiais do elenco original (tirando Rick Moranis, que não topou voltar), onde todos eles acabam roubando a cena quando aparecem. Mas quem rouba a cena mesmo é Hemsworth, pois seu personagem é a verdadeira comicidade do longa e sua química com as quatro é excelente. O mesmo pode se dizer da "novata" McKinnon, que não vou me surpreender se ela aparecer em outros longas do gênero nos próximos anos. Porém McCarthy teve seu pior papel no cinema em anos, pois sua Abby ta tão apagada que até a própria atriz esbanja isso em tela. Aqui a verdeira estrela do longa acabou sendo mesmo Kristen Wiig, que só não tem um dos personagens mais divertidos e engraçados da trama, como também é uma excelente atriz (quem viu "Perdido em Marte" sabe do que to falando).

Quanto aos efeitos visuais, eles são todos bem executados e são colocados no momento certo. Então não espere algo aleatório em CGI durante a narrativa. Sendo que o destaque mesmo vai pra batalha final, onde ela foi muito bem executada e realizada visualmente (valendo até mesmo o ingresso 3D). Porém no resultado final vemos que o novo "Caça-Fantasmas" é uma boa comédia, onde não sentimos as duas horas de duração passarem. Porém não esperem nada mais concreto que isso, mas sim fiquem até os finais do créditos, pois tem um gancho pra próxima continuação. 

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 14 de julho de 2016

INDEPENDENCE DAY: O RESSURGIMENTO


Há 20 anos o diretor Roland Emmerich apresentou "Independence Day" como um novo conceito de filmes de ação, onde a destruição total do mundo era o principal tema. O longa pode estar na memória de muitos cinéfilos, como o filme que "explode a Casa Branca" e ajudou a alavancar as carreiras de Bill Pulman, e ainda mais as de Jeff Goldblum ("Jurrasic Park") e Will Smith ("MIB - Homens de Preto"). A película ainda conquistou uma enorme bilheteria pelo mundo e o Oscar de efeitos visuais. Desde então Emmerich tentava de todas as formas realizar uma continuação deste. Foram anos tentando convencer Smith a voltar (pois ele era o único que não queria), o que fez aquele escrever dois roteiros, onde um contia o astro e o outro não. Até que ele disse que voltaria com um cachê de 60 milhões, o que obviamente a Fox não pagaria e logo trataram de matar o personagem (aqui ele aparece brevemente em uma pintura no inicio). Só que em menos de 20 minutos de projeção, denotamos o porque dele não aceitar voltar: o longa consegue ser bem pior que qualquer filme do Michael Bay!


Pra começo de história não temos um protagonista certo, mas sim uma porrada de arcos que envolvem o retorno dos alienígenas 20 anos depois da primeira invasão, onde temos o agora Ex-Presidente Whitmore (Pullman), sua filha Patricia (Maika Monroe) cujo o namorado (Liam Hemsworth) trabalha em uma estação espacial e tem uma rixa com o filho de Steven Hiller (Smith), Dylan (Jessie T. Usher), o cientista do primeiro longa David Levinson (Goldblum), o Pai dele (Judd Hirsch), uma nova cientista que o ajuda no combate aos aliens (Charlotte Gainsbourg), o cientista Brakish Okun (Brent Spiner), que acabou de acordar do coma, um mercenário (Deobia Oparei), e não contentes os cinco roteiristas (isso mesmo!) colocam um grupo de crianças que tão atrás dos pais, onde não acrescentam merda nenhuma no enredo e só tão lá de enfeite, literalmente! Fora que quem Emmerich coloca como vilã inescrupulosa em sua trama? Ninguém menos que a própria Presidenta dos Eua (Sela Ward), onde ele deixa claro que ela foi uma das principais responsáveis pelo ataque dos alienígenas a terra (deixando claro que ele não está nada contente em os Eua possivelmente terem uma mulher no poder). Só que exatamente TODOS esses personagens tem arcos clichês envolvendo eles! 


A sua direção aqui também trabalha mais no fato de fazer referencia há uma porrada de filmes, onde há momentos que parece que estamos "revendo" longas como "Star Wars", "A 5ª Onda", "Armageddon" e até mesmo mais um "Transformers", menos uma continuação de "Independece Day"! Porque do clássico que cresci vendo na extinta "Sessão de Sábado" da Globo, só lembrou a partir do penúltimo ato. Tipo a premissa inicial do longa, onde os humanos começaram a usar a tecnologia alienígena para realizar sua evolução e criar diversas coisas que antes seriam impossíveis, foi um tema bacana. Porém isto se perde e sequer há uma sequencia que deixe tudo isso mais claro e bem abordado (a não ser das coisas clichês do gênero, como carros voadores e arquitetura futurística). A única coisa que realmente se salva aqui, são os efeitos visuais e as sequencias de ação que estão muito bem realizadas. 

"Independence Day: O Ressurgimento" serviu apenas pra algumas breves coisas: o quanto o diretor/roteirista Roland Emmerich é ruim, renascer a carreira do Bill Pulman e de Jeff Goldblum (que ano que vem começa a integrar o universo Marvel, com "Thor Ragnarok"), e mostrar que o Will Smith sabe escolher bem os seus projetos. 

Nota: 3,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 11 de julho de 2016

COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ


Depois de "A Culpa é das Estrelas" comover milhões de pessoas há dois anos, e há quase dez os diversos romances de Nicolas Sparks ("Um Amor Para Recordar" e "O Diário de Uma Paixão") fazerem o mesmo, chega as telas "Como Eu Era Antes de Você". A produção foi baseada no livro de Jojo Moyes, que também assinou o roteiro aqui. O enredo mostra o jovem Will Traynor (Sam Caflim, de "Simplesmente Acontece"), que é um modelo e atleta de sucesso, onde depois de um acidente com uma motocicleta acaba lhe deixando paraplégico. Louisa Clark (Emilia Clarke, de "Game Of Thrones"), é uma jovem otimista que perdeu o emprego como atendente em uma doceria. O destino de ambos se entrelaça quando ela vai preencher uma vaga como auxiliar nos cuidados de Will. Aos poucos ambos ela começa a cativar o jovem, que desde o acidente perdeu o sentido pela alegria da vida. 


Ambos os atores estão ótimos nos papéis, sendo que Caflim fez um papel bastante difícil, onde ele só tinha que fazer expressões faciais e não se movia em momento algum (a não ser nos primeiros minutos, onde foi ótimo a narrativa ter apresentado o ocorrido e não ter deixado para ele ser abordado em conversas dos personagens). Enquanto Clarke foi um dos destaques, pois ela conseguiu humanizar ao extremo sua personagem. Ela tava tão natural, que notamos que ela não estava em forma física de modelo, não usava muitas maquiagens e principalmente consegua transpor ao extremo seus sentimentos para quem a estava vendo. Aqui ela apagou completamente a imagem de Daenerys de "Game Of Thornes", que ela vai carregar pelo resto da sua carreira (afinal quase oito anos fazendo o mesmo papel famoso, não é pra qualquer um). Mas quem roubou a cena em alguns momentos foi o Metthew Lewis (o eterno Neville Longbottom, de "Harry Potter"), que faz o namorado sem noção de Louisa. Porém ao contrário da sua colega de cena, ele não conseguiu sair do tipo de personagem que ele fez na série do jovem bruxo.


Falando em Harry Potter o cenário onde se passa a maior parte da trama, remete e MUITO aos do universo deste. Onde os campos com os enormes castelos ajudam e muito na composição da fotografia do longa. Palmas também para a diretor estreante Thea Sharrock, que teve enorme cuidado em deixar tudo da forma mais humana possível e soube o exato momento em que dava destaque para as atuações, cenários e principalmente a trilha sonora que tem músicas de Imagine Dragons e Ed Sheeran.  

"Como Eu Era Antes de Você" é sem dúvidas mais um exemplar que o genero de romance finalmente está conseguindo obter um novo apice no cinema, além de ser uma ótima pedida para se assistir nessas férias ao lado de quem você ama ou sozinho mesmo... RECOMENDO

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

TEM NA NETFLIX: A ORIGEM


Christopher Nolan já demonstrou que é um dos melhores diretores para abordar temas complexos. Uma prova disto é o longa "Amnésia", onde ele literalmente exerceu uma narrativa do ponto de vista de uma pessoa que acabou de sofrer este problema. O mesmo pode-se dizer de Leonardo DiCaprio, que é um dos melhores atores da atualidade, pois ele consegue não só fazer qualquer papel, mas também é ótimo na transição de gêneros. Um mero exemplo vimos mesmo em 2010, ano em que ele lançou o ótimo suspense "Ilha do Medo" e a ficção com toques de ação "A Origem", onde ele tem a primeira parceria com o diretor mencionado acima. 

O enredo do longa mostra DiCaprio vivendo o "ladrão de sonhos" Cobb, e é um dos maiores peritos em entrar na mente humana através de sonhos, para assim conseguir obter informações mais sigilosas das vitimas, para assim realizar os roubos no mundo real. Porém seus últimos trabalhos vem sido prejudicados devido a morte de sua esposa (Marion Cotillard, de "Meia-Noite em Paris") e seu banimento dos Eua, o que o fez ficar longe dos seus filhos. Sem outra escolha, ele acaba aceitando o trabalho de um empresário Japonês (Ken Watanabe, de "Godzilla") para entrar no inconsciente de um milionário herdeiro do império econômico, chamado Richard Fischer (Cillian Murphy, de "Batman Begins") para fazendo desistir da ideia. Porém ele não ira fazer esse trabalho sozinho, e contará com a ajuda dos maiores entendedores da mente humana, que são seu eterno parceiro  Arthur (Joseph Gordon-Levitt, de "500 Dias Com Ela") e os novatos Ariadne (Ellen Page) e Eames (Tom Hardy).


Assim como "Amnésia", "A Origem" é um longa extremamente complexo. Nolan fez questão de exercer a narrativa como se realmente estivéssemos pensando e agindo como Cobb. O que consequentemente faz o longa ser de difícil entendimento se o espectador não tiver a maior atenção no que está acontecendo em tela. Tanto que há em diversos momentos que diversas coisas repentinas acontecem (exatamente como nos sonhos) e nos tocamos que estamos vendo um sonho, ao invés da realidade do longa. A trilha sonora de Hans Zimmer é outro ponto alto, pois juntamente com a fotografia de Wally Pfister (que lhe rendeu um Oscar aqui) fica extremamente plausível esta ideia que Nolan decidiu exercer no longa. Fora os diversos efeitos visuais que também foram reconhecidos pela Academia do Oscar, assim como esta foi a única vez que Nolan também fora reconhecido por seu empenho nas categorias roteiro original e direção (mas acabou perdendo).  


"A Origem" é sem duvidas um dos longas mais complexos e complicados da história do cinema (juntamente com "Donnie Darko" e "Laranja Mecânica"), porém a competente narrativa de Christopher Nolan e de seu elenco estrelar (que é um dos poucos diretores consegue reunir um grande elenco em uma produção de qualidade) nos faz ter prazer e maior entendimento dos arcos abordados durante seus 158 minutos. RECOMENDO!

Nota: 10,0/ 10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 9 de julho de 2016

FLORENCE: QUEM É ESSA MULHER?


Irei mentir pra vocês se eu não falar que literalmente cresci com os musicais "Letra e Música" com Hugh Grant, e "Mamma Mia!" com Meryl Streep. E também volto a repetir que respeito o trabalho do diretor inglês, Stephen Frears ("Philomena"), pois ele pega histórias que tem de tudo para possuírem uma narrativa monótona em tela, e as deixa completamente divertidas e transpõe a liberdade para seus atores em suas atuações. Era mais do que óbvio que seu novo longa "Florence: Quem é Essa Mulher?", que possui a presença dos dois astros mencionados (sendo que Grant saiu da sua aposentadoria, depois de um telefonema de Frears se ele gostaria de trabalhar em um longa com Streep) seguiria os mesmos princípios de seus trabalhos anteriores. Dito e feito, a película não é só extremamente divertida, como também provavelmente renderá facilmente mais uma indicação ao Oscar para a carreira de Streep (que já tem três Oscars e 18 indicações, uma recordista) e uma pro Hugh Grant no Globo de Ouro. 


O longa narra a história verídica de Florence Foster Jenkins (Streep), que era uma rica herdeira influente na Inglaterra, pelo qual participava constantemente dos musicais onde seu marido, St Clair Bayfield (Grant), realizava os monólogos. Porém ela confessa para ele que um de seus maiores sonhos é cantar em uma ópera. Só que mesmo contratando um jovem pianista (Simon Helberg, o Howard de "The Big Bang Theory") e um professor de canto, sua voz musical era horrível. Ciente disto, Bayfield tenta ao máximo esconder dela este fato através de todos os meios possíveis, e a faz acreditar que sua voz é ótima. Porém ela decide cantar em uma apresentação para um enorme público, onde ela pode correr o risco de saber de toda a farsa. 

Meryl Streep é a grande estrela da produção sem dúvidas, pois ela não só rouba a cena como também consegue cantar de forma horrível onde ela apaga completamente seu papel em "Mamma Mia!". Fora que ela nos faz rir e nos emocionar, pois sua personagem sofria de sérios problemas com Sífilis a que fazia ter um tratamento especial. É ai que entra o personagem de Grant, pelo qual eu não exito em falar que é a melhor atuação da sua carreira. Apesar de aqui ele fazer uma espécie de personificação do que ele era no passado (mulherengo e beberrão, ou seja, era o Charlie Sheen dos anos 90), ele transpõe um enorme respeito e paixão por Florence, onde até mesmo nos momentos com sua amante (Rebecca Ferguson, de "Missão Impossível 5") ele deixou claro esta situação, fora a veia cômica dele em alguns breves momentos com Helberg.


Outro ponto positivo é a trilha sonora de Alexandre Desplat ("Argo"), que com a narrativa executada pelo diretor Stephen Frears, nos deixa uma sensação de agrado durante quase toda a projeção de "Florence: Quem é Essa Mulher?". RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

PORTA DOS FUNDOS: CONTRATO VITALICIO


Era meio óbvio que um dia a galera do "Porta dos Fundos" resolveria partir pras telonas, depois de estourar como o primeiro grupo do Brasil a criar esquetes cômicas semanais para o Youtube, com qualidade e roteiros de profissionais da área, e ter a própria série no canal pago Fox. Só que muitos fãs do grupo reclamaram que na mesma, as piadas eram basicamente iguais as do Youtube e inclusive algumas esquetes foram reapresentadas. Porém é exatamente a situação na qual se encontra "Porta dos Fundos: Contrato Vitalicio". Aqui alguns personagens e piadas já mostradas por eles, são reapresentadas no longa. Porém existem algumas originais, só que eles as repetiam em exaustão elas para poder ter as duas horas de durações. Como por exemplo, aqui vemos a personagem da esquete "Preparadora de Elenco" (vivida por Julia Ribeiro) novamente no longa em um primeiro momento que chega a ser engraçado pra quem não assistia aos videos do canal. Porém para aqueles que já acompanham, fica mais uma encheção de linguiça.


Então sobre o filme, ele começa no exato momento em que os amigos Miguel (Gregório Duvivier) e Rodrigo (Fábio Porchat), são premiados com a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Porém na manhã seguinte de uma noite de bebedeiras na festa do mesmo, o primeiro acaba sumindo, fazendo o segundo voltar sozinho para o Brasil. Nisso o longa já pula pra 10 anos depois do ocorrido, onde ele virou um ator prestigiado e de muito respeito. Porém ao voltar para ser jurado em Cannes, Miguel reaparece alegando que foi sugado por alienígenas que lhe fizeram de escravo. Porém ele tem a brilhante ideia de fazer isso o tema do seu próximo filme, onde Rodrigo deverá ser a estrela, pois na festa de Cannes ele assinou um contrato vitalicio para estar em qualquer filme do seu amigo. Sem outra saída, ele se  tendo que fazer o longa mesmo ele tendendo a ser o pior filme de todos os tempos. 

Isso daria certo, se o roteiro de Fabio Porchat e Gabriel Estevez não fosse tão besta e ruim quanto o abordado no longa. Ta certo que ele já provou que tem talento em longas como "Meu Passado Me Condena" e "Entre Abelhas", porém na adaptação do canal que o revelou ele não fez mais nada do que reciclar tudo aquilo que ele viu que teve mais likes na página e colocar no roteiro. Fora as N participações especiais no penúltimo ato do longa (hora que parece que a criatividade deles havia se esgotado), onde não havia sentido algum ter a Xuxa e o Sérgio Malandro em cena. Quando você achava que não poderia piorar, ele te brinda com uma porrada de "referencias" (pra não falar cópia), de longas como "Se Beber, Não Case!", "Pagando Bem, Que Mal Tem?" e  "Dirigindo no Escuro" (meu Deus, nem o Woody Allen se salvou!). Fora as diversas piadas escatológicas aleatórias, que rolam dentre alguns closes que só serviram pra piorar a imagem do longa. 


"Porta dos Fundos: Contrato Vitalicio" é a enorme bomba das férias e fuja (de preferencia pela porta do longo deles mesmo), pois ela pode te contaminar de tédio e revolta ao final da sessão. Se quiser optar por algum longa nacional, vá a sala ao lado e assista "Mais Forte Que o Mundo". EVITE!

Nota: 3,0 / 10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 6 de julho de 2016

TEM NA NETFLIX: TUDO POR ELA


Nestes últimos dias me deparei com essa produção de suspense, de origem francesa, com a ótima Diane Krueger ("Bastardos Inglórios") e resolvi dar uma olhada. Porém quando estava quase na metade tive uma enorme sensação de "Deja vú", pois parecia que eu já havia visto esta produção antes. Então no seu término entrei no IMDB, e vi sua ficha técnica onde está escrito que os Eua refilmaram o longa com Russel Crowe, Elizabeth Banks, Liam Neeson e Olivia Wilde (esses dois últimos tavam só pra fazer volume) em 2010, com o titulo de "72 Horas" e pior: eu a tinha visto no cinema! Mas honestamente acabei preferindo a versão original, não só por isso, mas sim pelo fato de ela ter sido bem executada. 


O enredo começa com o casal Lisa (Krueger) e Julien (Vicent Lindon), vivendo uma vida perfeita e maravilhosa no emprego, com a família e amigos. Porém do nada a polícia invade o apartamento e leva Lisa presa, acusando-a de um assassinato. Mesmo com todas as provas deixando claro que ela cometeu o crime, e a justiça tendo a condenado a 20 anos em uma prisão de segurança máxima, Julien acredita que tudo não é verdade e decide por conta própria provar isto e tirar sua esposa da cadeia. 

Um dos destaques da narrativa apresentada por Fred Cavayé, foi a desconstrução dos personagens perante a prisão da protagonista. Vemos o quanto Julien era apaixonado por Lisa (cuja química de ambos ajudou bastante), e o tempo em que Lisa está presa tem como base o crescimento do filho do casal Oscar, que no inicio era um bebe e depois vai ficando cada vez mais um menino. Porém a narrativa peca um pouco, quando vemos Julien tentando tirar a mulher da cadeia, pois se formos analisar rola uma verdadeira aula de "Como realizar diversos crimes", já que ele começa a ver vídeo aulas na internet (isso mesmo) meios de falsificar documentos e até mesmo arrombar carros! Deixando o boca a boca com experts no assunto, em segundo plano. 


"Tudo Por Ela" é um ótimo exemplo de como o cinema francês possui produções originais e divertidas, e que como cada vez mais os Eua tão sem criatividade e decidem regravar tudo o que faz sucesso e é bom no mercado oposto ao deles. Pra quem não assistiu a versão estadunidense e está em duvida, recomendo assistir ambas pra conseguir entender melhor o que estou falando RECOMENDO.

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 1 de julho de 2016

TEM NO NETFLIX: OS BONS COMPANHEIROS


A dica da vez é o famoso longa de Martin Scorsese "Os Bons Companheiros", um dos principais filmes da história do cinema, que vem servindo de inspiração para milhares de longas que envolvem mafia, corrupção e etc. A trama mostra história real de Henry Hill (Ray Liotta), que desde jovem sempre sonhou em ser um Mafioso e já começou a trabalhar como ajudante deles desde pequeno. Assim que ele se mostrou fiel ao pequeno grupo do seu bairro, começou a trabalhar como um dos braços direito de James Conway (Robert DeNiro) um dos maiores mafiosos de Nova York, nos anos 70. Aos poucos ele vai notando que a vida de mafioso possui diversas vantagens, ao mesmo tempo que desvantagens.


O enredo criado por Scorsese em parceria com Nicholas Pileggi (cujo livro serviu como base), mostra passo a passo como é o dia a dia de um Mafioso e suas relações com a sociedade e afins. Aqui vemos que o personagem de Liotta (que sua narração também narra a história) é o carro chefe de tudo o que acontece, e que os personagens de DeNiro e Joe Pesci (que lhe rendeu um Oscar por este papel) são apenas os caras que "armam" as tretas na narrativa. Sendo que o último rouba a cena na maioria das vezes, pois ele exerce o tipico vilão/amigo onde ele consegue cativar o público mesmo sendo um grande filha da puta. Fora os diversas sequencias que Liotta tem com Lorraine Bracco (que vive sua esposa), onde ela exerce meio que o termômetro dos acontecimentos dos atos do marido durante os anos, além da enorme química deles em cena. 

Outro acerto e que deixa o longa mais bacana é a divertida trilha sonora, que possui faixas dos "The Rolling Stones" e George Harrison, Quando nos tocamos, lá se vai duas horas e meia gastas no Netflix. "Os Bons Companheiros" é um clássico que eu digo que todo o cinéfilo e amante de cinema deve conferir o mais rápido que puder! RECOMENDO!

Nota: 10,0 / 10,0
Imagens: Reprodução da Internet

TEM NO NETFLIX: AMOR SEM ESCALAS


A dica da vez é o drama de Jason Reitman, "Amor Sem Escalas", onde ele tira proveito do status de galã de George Clooney, pra abordar alguns assuntos sérios sobre empresas multinacionais, relacionamentos amorosos e familiares. O longa foi a zebrinha do Oscar de 2010, pois foi indicado a seis categorias (Filme, Diretor, Atriz - Vera Farmiga, Atriz Coadjuvante Anna Kendrick, Ator - George Clooney e Roteiro Original) e não levou nada. 


A trama gira em torno de Ryan Bingham (Clooney) um funcionário de uma empresa aérea, que viaja pelos Eua demitindo diversas pessoas da mesma. Só que conforme os avanços tecnológicos vão aparecendo, ele esbarra Natálie (Kendrick) uma novata na função e já chega se achando a rainha da cocada preta com o recurso de demissões via chamadas de vídeo. Porém aos poucos ela vai se revelando tão ingenua, que não consegue fazer um terço do que Ryan faz. Ao mesmo tempo este vai se envolvendo com a viajante Alex (Farmiga), que dentre uma viagem e outra tira seu atraso com ela. 


O roteiro de autoria do próprio Reitman faz questão de abordar uma enorme crítica de que cada vez mais as empresas estão cada vez menos se importando com as condições em que deixam seus funcionários, depois que eles são demitidos. Um mero exemplo, é que ele pegou diversas pessoas que já passaram por esta situação e abriu o longa com reações delas diante de uma demissão. Contando também o fato, de que na maioria das vezes os funcionários que são encarregados desta função realmente não ligam nem pra própria família. O que era o caso do personagem de Clooney, onde só pensava em trabalhar e não ligava pra família. Porém ele conheceu a Alex e então começou a pensar duas vezes como sua vida estava pacata.

"Amor Sem Escalas" pode soar como um romance, porém a narrativa e o titulo nacional que colocaram pro longa, o vende como se fosse mais uma comédia romântica genérica e barata, porém isso é a única coisa que o longa não é.

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

AS TARTARUGAS NINJA: FORA DAS SOMBRAS


Já deixarei bem claro que algumas pessoas ficaram bem putas comigo quando eu critiquei o filme das "Tartarugas Ninjas" de 2014, e destaquei que o seu principal problema foi o excesso do estilo "Michael Bay" envolvido em tudo. Porém era evidente que eles transformariam aquilo em uma nova franquia lucrativa nos cinemas, e nas últimas semanas foi lançado o segundo filme da mesma e o batizaram de "Tartarugas Ninja: Fora das Sombras". Só que pra minha felicidade e de alguns fãs (que concordaram com meus argumentos), todos os erros que tiveram no primeiro foram arrumados e temos agora um verdadeiro exemplar do que são as Tartarugas Ninjas. 


A começar que April (Megan Fox, a musa de "Transformers") e Vernon (Will Arnett, da série "Arrestment Development") viraram meros coadjuvantes, onde temos o acréscimo do ator Stephen Amell (o Arrow da série de TV). Agora os protagonistas são as próprias Tartarugas Ninjas, Donatelo, Leonardo, Michelangelo e Raphael (onde o longa faz questão de reapresentar todos logo no inicio). Aqui elas estão lutando com o fato de que o terceiro não se contenta em ficar sempre morando nos esgotos de Nova York, enquanto eles tem que ficar vendo o Câmera-Man tapado Vernon, levar todo o crédito por ter detido o vilão Destruidor no primeiro longa. O que o tempo todo no longa vai ser jogado em pauta, se eles devem se revelar ou não. Fora isso, durante uma das investigações maciças das tartarugas e April, eles acabam descobrindo que o cientista Baxter Stockman (Tyler Perry, de "Garota Exemplar"), está montando uma nova arma que ajudará o vilão Destruidor não só a fugir da cadeia, como também lhe fará a dominar o mundo. Porém eles esbarram com o policial Casey (Amell), que também está na busca implacável pelo Destruidor e obviamente se junta a eles. 


O principal fator para melhoria da produção, foi o simples fato da troca de diretores. Saiu Jonathan Liebesman ("Furia de Titãs 2"), entrou o novato em longas metragens Dave Green. Aqui parece que ele falou pro Michael Bay "Se você quer continuar realizando explosões infinitas e fazendo atores cagarem nas atuações, vai fazer outro "Transformers" que eu sou o diretor desse porra", pois olha se eu vi três cenas com explosões durante os 110 minutos de projeção, foi muito! E todas estavam ali dentro do contexto da narrativa! Megan Fox não ta sendo tratada mais como musa (afinal de contas, já se passaram quase 10 anos do primeiro "Transformers") e aqui ela só ta fazendo o necessário, pois quem me chamou bastante atenção e roubou a cena foi o próprio Amell. Seu personagem era aparentemente pra ser mais um coadjuvante, porém o seu carisma e veia cômica que rolaram, até nos momentos com a veterana Laura Linney ("O Diario de Uma Babá") conseguiram roubar a cena. 

Só que a verdadeira "atriz" que também evoluiu bastante, foi a modelo brasileira Alessandra Ambrósio (que vive uma das "acompanhantes" de Vernon). No seu primeiro longa nos Eua "Pai Em Dose Dupla", ela tinha uma cena de 2 minutos e não falava nada. Aqui porém ela tem duas cenas e quatro falas! Uma evolução completamente emocionante. Lembrando que também vemos mais uma breve sequencia no "Brasil", mais precisamente no estado da Amazônia (ou seja, só vemos nada além de florestas).


Quanto a parte técnica, vejo que Hollywood gostou mesmo da sequencia de destruição de "Transformers: O Lado Oculto da Lua", pois mais uma vez vejo uma sequencia final sendo abordada da mesma forma (perdi a contas de quantos filmes de ação "copiaram" esta sequencia). Quanto a qualidade do 3D não posso opinar, pois eu assisti a versão em 2D, dublada mesmo (que foi muito bem realizada, por sinal). Fora isso "As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras", é uma ótima pedida pros fãs dos personagens e pra quem curte um cinema de ação de qualidade.

Nota:8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

PROCURANDO DORY


Me lembro como se fosse ontem, eu indo assistir meu primeiro filme no cinema com o meu Pai. Foi nessa mesma época do ano, em 2003, e no cinema onde fomos estava passando somente dois filmes: o primeiro "Hulk" de Ang Lee e "Procurando Nemo". Como naquele tempo a censura existia pra ser respeitada, o segundo se tornou o primeiro filme de muitos com ele nas telonas. Fiquei impressionado com o enredo envolvendo os peixe-palhaço Marlin e Nemo, onde quando este acaba sendo capturado por humanos, o outro sai em uma enorme busca de seu filho. Porém no caminho ele acaba esbarrando com a peixe esquecida Dory. Ela literalmente acabou roubando a cena na animação e a própria personagem se tornou mais famosa que a dupla de Pai e Filho. 13 anos depois a Pixar lançou "Procurando Dory", que é a sequencia onde ela vira a protagonista. Ao contrário do fiasco que "Carros 2" foi (onde colocaram o guincho Mate como protagonista, e não acabou dando certo e a animação foi uma das mais fracas da história do estúdio). Por sorte, consegui assistir nas telonas na versão Legendada, onde se tornou minha primeira animação assistida nesta condição (porém foi em 2D). Confesso que foi bacana ouvir a voz da Ellen DeGeneres (que foi uma das melhores apresentadoras da história da cerimonia do Oscar, e cravou o termo e a condição da foto "Selfie" na mesma) dublando a protagonista. 


O enredo começa quando Dory era uma criança, e como ela possui um problema de esquecimento momentâneo, se perde de seus pais de uma forma repentina. Então ela começa a vagar pelo oceano na busca deles, até que ela se esquece do que estava fazendo ao esbarrar com Marlin na busca de seu filho Nemo (ai o gancho com o primeiro). Logo a história já pula pra um ano depois do ocorrido abordado no primeiro filme, onde vemos ela vivendo com Marlin e Nemo. Só que ao sofrer um acidente, durante uma das excursões com as aulas de Nemo, ela repentinamente começa a relembrar de seus pais e suas memórias começam a serem reativadas aos poucos. O que a faz sair em busca de seus pais novamente.


O roteiro da dupla Andrew Stanton (que também assina a direção com Angus MacLane) e Victoria Strouse, consegue exercer uma narrativa bem no estilo da sequencia de maior sucesso da Pixar, "Toy Story 2". A narrativa central, me lembrou em muitos momentos o estilo da aventura vivida pelos brinquedos naquele longa. Aqui temos diversos personagens novos sendo apresentados, onde todos possuem seus momentos de destaque, como o Polvo Bailey, os leões marinhos Fluke e Rudder. Só que o coadjuvante que roubou a cena foi a baleia branca Destiny, que é basicamente uma "Dory Cega". Outra coisa que foi bacana mostrada no enredo, foi apresentar pra garotada que existe um "Hospital para Animais Aquáticos", onde eles são tirados do oceano para serem cuidados, apresentados ao público e colocados de volta no seu habitat natural. Onde vemos uma breve narração em off da própria Sigourney Weaver, que é a anfitriã do local. 

Como eu não vi a versão 3D, não posso falar se ele realmente vale o ingresso mais caro. Mas eu posso sem dúvidas recomendar a versão legendada, pois ela foi tão bem feita que diverte e muito mais os cinéfilos que gostam de ouvir as vozes originais com Ellen DeGeneres, Albert Brooks, Diane Keaton, Eugene Levy, Idris Elba e da própria Sigourney Weaver.

"Procurando Dory", é uma animação que pode se destacar em níveis de qualidade como uma das mais divertidas da Pixar (junto de "Toy Story 2"). Pras férias é uma ótima e divertida pedida, pra se ver nas telas do cinema. RECOMENDO!

Obs: Tem uma cena pós créditos, que poderá ligar com o possível próximo filme.

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.