"Pelo menos você poderia ter transado com um amigo meu", essa frase é dita pelo namorado da protagonista, Alice (Dakota Johnson, a Anastácia de "50 Tons de Cinza"), logo após de ela dispensa-lo, pois ela simplesmente quer apenas ser uma mulher solteira, independente, e que paga de periguete em N baladas. Ai já está o principal erro inicial cometido no enredo do livro de Liz Tuccillo (sim, inspiraram a trama em um livro!), pois qualquer um com bom senso não vai sequer torcer pra protagonista apresentada na trama dirigida por Christian Ditter ("Simplesmente Acontece"). "Como Ser Solteira", aborda não só a vida desta maluca, com a amiga baladeira (Rabel Wilson, de "A Escolha Perfeita"), como também vemos os arcos de sua irmã, Meg (Leslie Man, de "Férias Frustradas"), que quer engravidar a todo custo e a workholic Lucy (Alison Brie, de "Pânico 4"), que a todo custo procura um namorado decente, com a ajuda do bartender Tom (Anders Holm).
Confesso que de todos estes três arcos, o mais divertido mesmo foi o último citado, pois além de Brie realmente ser uma excelente comediante/atriz, sua personagem da motivos pra torcemos por ela e saber mais de suas evoluções na trama. Assim como o arco de um dos peguetes de Alice, vivido por Damon Wayans Jr. (um dos filhos de "Eu, a Patroa e as Crianças"), onde este consegue trazer com louvor a única e verdadeira carga dramática da trama. Enquanto o arco principal, temos duas verdadeiras "periguetes", pelos quais o roteiro em momento algum nos convence de que há motivos para torcemos pelo bem delas, mesmo com as ótimas atuações de Johnson e Wilson (além da puta química entre elas).
Agora como o diretor Christian Ditter fez para unir todos esses arcos em um conjunto só? Pois bem, ele utilizou uma narrativa e dinamica entre os personagens, como se eu estivesse vendo uma série a lá "How I Met Your Mother", porém sem o narrador onisciente para os seus filhos, mas sim no quesito da junção dos personagens constantemente no bar do mulherengo Tom, onde eles acabam se esbarrando e interligando os arcos pelos quais acabam passando em cena, Tudo isso ao som de músicas que fazem sucesso nas rádios e baladas atualmente (sim, ele soube acertar no quesito retratar a vida dos baladeiros de plantão).
"Como Ser Solteira" poderia ter sido um ótimo exemplar de como retratar uma mulher independente em pleno século 21, mas falhou por optar como protagonista uma personagem tão vulgar e que a narrativa permite que ela se vitimize de uma forma que ao invés de ajudar, só acaba piorando a situação dela e da película.
Nota: 5,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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