Emily Blunt já provou que é uma grande atriz em todos os aspectos. Além de ser uma das mais lindas do cinema, consegue arrasar em produções de comédia ("Cinco Anos de Noivado"), ação ("No Limite do Amanhã"), ficção ("Looper - Assassinos do Futuro") e até em musicais horríveis ("Caminhos da Floresta"). "Sicario: Terra de Ninguém" fica mais para o gênero de ação, onde ela já provou que manja e muito. Blunt vive a policial do FBI, Kate, que é escalada para trabalhar na fronteira Eua/México, juntamente com os agentes Matt (Josh Brolin, de "Evereste") e o misterioso Alejandro (Benicio Del Toro, de "Guardiões da Galáxia"). Só que a medida que as investigações a um quartel de drogas avançam, Kate percebe que sua ingenuidade e honestidade será posta a prova cada vez mais. Simplesmente porque, as atitudes tomadas pela dupla, além de não serem as melhores, ela denota que nem tudo ocorre como deveria ocorrer realmente.
Suspense. Essa é a palavra que define "Sicario" depois dos primeiros 30 minutos. Os personagens de Brolin e Del Toro, são os verdadeiros antagonistas da película e acabam sendo os principais motivos da repentina "troca de estilo" imposta. Enquanto com o primeiro chegamos a saber suas reais intenções e o que está fazendo ali, o segundo é literalmente um "homem misterioso" e acabamos entendendo alguns de seus propósitos apenas no penúltimo ato. O ator nos apresenta uma das melhores atuações na carreira, em um papel que realmente chega nos assustar em diversos momentos (e assustou mais a Blunt aqui, do que com seu "Lobisomem" em 2010) e sua química com Brolin é outro puta ponto positivo, pelo qual eu não vi uma química tão intensa entre antagonistas este ano, quanto neste filme.
Mas não deixamos em momento algum de ficarmos torcendo para Kate conseguir viver no meio de tudo aquilo. Villeneuve não poupa a violência apresentada aqui, e é o que mais vemos em seu decorrer. Infelizmente temos o tipico clichê deste estilo de produção aqui, em uma sequencia onde todos os protagonistas estão em uma ponte e vemos claramente que vai rolar um tiroteio ali. Por sorte, isto ocorre somente neste momento basicamente.
São fatores assim que o diretor mostra que tudo não é "lindo, maravilhoso", em uma história que claramente é inspirada em fatos que constantemente são verídicos naquela região, e que em alguns momentos me fez lembrar bastante do trabalho de José Padilha, em "Tropa de Elite 2". Só que diferente do protagonista vivido por Wagner Moura, Blunt consegue ser casca grossa em breves momentos e conquista o público pela sua ingenuidade em cena. Seu entrosamento com Daniel Kaluuya ("O Retorno de Johnny English"), que vive seu parceiro, nos faz sentir que ela não está sozinha no meio daquilo tudo.
"Sicario - Terra de Ninguém", acabou me surpreendendo porque ele conseguiu se tornar uma trama que tendencia a ser extremamente banal e repetitiva em um suspense de primeira. RECOMENDO!
Nota: 8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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