Joel Edgerton pode soar um nome meio estranho em um primeiro momento. Mas quem assistiu as recentes produções de "O Grande Gatsby" e "Exodos - Deuses e Reis", logo notará quem é ele, porque este viveu o vilão em ambas produções. Em sua estréia na direção de longas (antes ele dirigiu somente dois curtas), com "O Presente", ele também assinou a função de roteirista, produtor e também estrela no papel do misterioso Gordo, que após 20 anos reaparece de forma repentina na vida do colega de classe Simon (Jason Bateman, de "Eu Queria Ter a Sua Vida"), que acaba de se mudar para uma nova casa com sua esposa Robyn (Rebecca Hall, de "Homem de Ferro 3"). Depois deste encontro, Gordo passa a frequentemente deixar um presente por dia na porta da casa do casal, o que logo faz ambos desconfiarem de que as intenções deste, podem ser nem um pouco agradáveis.
Vindo apenas de um histórico enorme de comédias e de dois filmes de ação ("O Reino" e "A Última Cartada"), Bateman consegue ser o grande nome do elenco e surpreende em diversos aspectos. Seu personagem a primeira vista pode parecer o grande mocinho da trama, mas a partir de certo ponto, ele muda completamente a forma que estava levando a película e acaba se tornando suspeito de algo, pelo qual não ficamos sabendo até o termino do filme. O mesmo podemos dizer de Edgerton e da própria Hall. Só que está acaba virando a verdadeira "investigadora" da trama, mas claro, também acabamos suspeitando dela ter feito algo também. Este é o ponto alto do roteiro exercido por Edgerton, pois somos apresentados a diversos personagens, pelos quais não conseguimos distinguir quem é o verdadeiro mocinho. Mas a única coisa que ele pecou, foi pelo fato de este fator começar a fazer sentido e caminhar na produção somente a partir dos 20 minutos de projeção. O que também favorece o suspense, é o fato de ter os típicos clichês do gênero, como o "surgimento de algo repentino", predomínio do silencio em diversos momentos ou até mesmo a fotografia depressiva.
Devo dizer, que "O Presente" se tornou uma das surpresas do ano e mesmo com alguns deslizes pode se definir como um ótimo suspense. E mostra que não se precisa de efeitos visuais, maquiagens e afins, para se construir uma boa trama. RECOMENDO!
Nota: 8,0/1,0
Imagens: Reprodução da Internet
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