Há cerca de um ano, fui conferir
nos cinemas sem muita expectativa "Até Que A Sorte Nos Separe 2".
Apesar de não gostar muito do humorista Leandro Hassum, a produção não só me surpreendeu
como acabou me fazendo admirar um pouco o trabalho do comediante brasileiro. Como
é de costume no cinema, quando a produção faz sucesso tem que rolar mais um filme pra
render pros cofres dos estúdios.
No primeiro Tino (Hassum),
acabou com toda a grana que ganharam na loteria. No segundo ele torrou toda a
grana de uma herança em Las Vegas. Agora com uma época onde o Brasil está em
enorme crise financeira, o diretor e roteirista dos antecessores Roberto Santucci (que agora divide a função com Marcelo Antunez), teve a
"brilhante" ideia de botar a culpa nessa "falência" do
Brasil, no protagonista.
Assim
como no antecessor, a trama justificando com alguma piada o contratempo que a
produção enfrentou nessa janela de dois anos (onde no antecessor foi à troca de
Danielle Winits por Camila Morgado, e que na película é dito que a personagem
fez uma plástica e “virou uma nova mulher”). Aqui é o fato de Hassum ter
emagrecido diversos quilos, depois de uma cirurgia barrica. Mas como seu
personagem e sua família são pobres, Tino se inscreve num quadro do programa do
Luciano Huck, pelo qual precisa emagrecer mais quilos que seu concorrente, para
poder ganhar milhões de reais em cima disso. Só que as coisas não saem como
esperado, e ele volta trabalhar como vendedor ambulante. Então em um descuido
neste seu trabalho, ele é atropelado por Tom (Bruno Gissoni), que é filho de
Rique (Leonardo Franco) que é um dos homens mais ricos do Brasil. Depois de
acordar de um coma de sete meses, Tino acaba descobrindo que sua filha vai
casar com Tom. Ao ir conhecer a família do genro, ele acaba recebendo uma
proposta de emprego de Rique, para trabalhar em uma enorme empresa de ações. Só
que evidentemente, Tino bota tudo a perder novamente quando faz uma burrada que
acaba literalmente fazendo a bolsa do Brasil despencar novamente.
Confesso que só entrei na trama,
depois de quase 10 minutos de projeção, pois a sequencia inicial não consegue
ser engraçada e soa praticamente forçada desde o inicio. Os esquetes onde mostram Tino e sua família
improvisando na pobreza em que vivem, podem ser vistas brevemente em qualquer
postagem no “Facebook” ou recebidas pelo “Whats App”. Mas depois que Tino é
atropelado, que começam a dar espaço para o humor de Hassum e a película começa
a andar. O ator literalmente não da chance pros coadjuvantes como Morgado (que
aqui não tinha muito que fazer), Kiko Mascarenhas, e até Ailton Graça (que repete o papel do
primeiro filme e zoa o seu em uma novela que fez recentemente na Globo) e Paulo
Silvino (o eterno porteiro Severino). Ambos tem momentos hilários e chegam a
roubar a cena. O mesmo pode-se dizer no momento onde Amauri (Mascarenhas) e Tino vão visitar a Presidente Dilma (Mila Ribeiro), onde a sequencia chega a ser bem mais divertida do que muito vídeo que zoa a "Presidenta" na internet.
"Até Que A Sorte Nos Separe 3" é mais uma daquelas comédias nacionais que servem para nós irmos ao cinema em família, deixar a cabeça na bilheteria, rir aos montes com as piadas mostradas em tela, sair da sessão alegre e feliz e no dia seguinte esquecer de tudo que vimos. Em relação aos antecessores, confesso que nesse eu ri muito mais e apesar de se tratar de uma película que foi feita as pressas (pra poder estrear no final do ano, como costume das produções da Globo Filmes), conseguiu divertir muito mais do que sua antecessora, mas não digo o mesmo do primeiro. Pras férias é uma boa pedida.
Nota:7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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