Mais uma vez, tive o privilégio de assistir a outro grande clássico na série de relançamentos da rede Cinemark. Desta vez foi "Blade Runner - O Caçador de Androides". A produção lançada em 1982, foi um dos auges da carreira de Harrison Ford e alavancou o diretor, até então desconhecido, Ridley Scott ("Perdido em Marte"). A película é considerada por muitos como um dos principais títulos do cinema, pois simplesmente foi a pioneira em apresentar diversos fatores, aos quais hoje é extremamente abordado pela industria: o nosso planeta no futuro (bem mesmo antes de "De Volta Para o Futuro"). Aqui todos os robôs (ou androides, como mencionados) do filme possuem aparência familiar aos humanos, além de força e resistência extremamente maiores. Já o clima é dominado pela poluição, que foi resultado da ganancia do homem em suas milhares produções de gases que soltam diversos poluentes no ar. Na questão tecnológica, vemos carros (que obviamente alguns deles voam) com celulares acompanhados de vídeo chamadas, aparelhos aos quais podemos analisar detalhadamente as fotos nos mesmos dando zoom e por ai vai. E por incrível que pareça, a trama se passa em novembro de 2019! Originalmente ela foi escrita por Phillip K. Dick (que é o escritor de outros sucessos da ficção como "Minority Repor" e "Agentes do Destino"), no ano de 1966 e foi um dos fatores que mais impressionaram na história (como ele conseguiu ser extremamente "previsível" no futuro).
O enredo aborda o planeta terra em uma extrema fase de declínio, onde ele está cada vez mais poluído. Vendo a situação, a Tyrell Corporation resolve criar uma série de replicantes que são "androides" extremamente familiares com os seres humanos mas com um porém: conseguem fazer mais trabalhos braçais e possuem uma extrema força. Só que após um motim, eles são banidos da terra e outros são escalados para trabalhos impossíveis. Só que um grupo de replicantes acaba fugindo disto, e é onde entra o aposentado caçador de androides Rick Deckard (Ford), que é chamado de volta a ativa para se juntar a uma equipe de policiais para caçar estes, cujo o principal propósito é achar o criador deles, Dr. Eldon Tyrell (Joe Turkel,de "O Iluminado"), que é o único onde poderá aumentar o tempo de vida deles.
A primeira versão da película passou por diversas polemicas, dentre elas o excesso de violência na primeira delas. Acabaram sendo lançadas no total de sete, sendo que a definitiva que é a versão de Ridley Scott , e que é escolhida como a definitiva e a exibida pela Cinemark. O diferencial de "Blade Runner" para as outras produções do gênero, está pelo excesso de fatores para pensarmos nas reações dos personagens mostrados em tela. No caso, vemos que a cada arco os androides vão ficando cada vez mais humanos e vice versa. Quanto ao quesito de atuação, vemos que Ford mais uma vez da um show e este sem duvidas foi um de seus maiores papeis na carreira. Sua química com Sean Young, que vive a androide Rachel, é outro ponto forte da película. Já a dupla de vilões replicantes, vividos por Rutger Hauer e Daryl Hannah (cuja personagem claramente serviu como inspiração para a personagem dos quadrinhos da DC, Arlequina (que estará no filme "Esquadrão Suicida" em agosto próximo)) chegam a roubar a cena em alguns momentos e realmente fazem jus ao pepel.
"Blade Runner: O Caçador de Androides" é uma produção cult, que somente os fãs de Harrison Ford e de cinema vão realmente curtir e sacar as referencias. Caso contrario, será apenas mais um clássico entediante e sem sentido do cinema. Agora é só aguardar 2019, para ver se haverão mesmo esses androides, e até 2017, quando será lançada a sequencia que contará com o retorno de Ford e com o astro Ryan Gosling, agora dirigidos pelo ótimos Denis Villeneuve ("Os Suspeitos").
Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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