terça-feira, 30 de dezembro de 2014

QUERO MATAR MEU CHEFE 2


Depois de no meio de tantas sequencias exaustivas e repetitivas, "Quero Matar Meu Chefe 2" segue a mesma linha de "Anjos da Lei 2", ao invés de "Se Beber Não Case! Parte 2". Já que a história ainda resgata algumas piadas do primeiro (afinal, os caracteres são os mesmos), só que a premissa chega ser completamente diferente do original. Depois de tentarem matar os seus chefes no primeiro, "Os Três Patetas do século 21", Nick (Jason Baterman, de "Uma Ladra Sem Limites"), Kurt (Jason Sudeikis, de 'Uma Família do Bagulho") e Dale (Charlie Day, de "Circulo de Fogo") tentam abrir a própria companhia, através da criação de um chuveiro que despeja shampoo sozinho. Depois de uma desastrosa apresentação em um programa de televisão matinal, o trio recebe a ligação do poderoso empresário Bert (Christoph Waltz, de "Django Livre"), que promete bancar os custos da companhia. Só que no dia da entrega da mercadoria, ele acaba tapeando o trio, fazendo-os entrarem em um enorme desespero. Até que eles tem a ideia de sequestrar o mimado filho de Bert, Rex (Chris Pine, de "Star Trek: Além da Escuridão"). Novamente recorrendo a Mother-Fuck Jones (Jamie Foxx, de "O Espetacular Homem-Aranha 2"), que mais serve para tapeá-los ao invés de ajudar, eles começam a erguer o plano.


O roteiro feito por John Morris e Sean Anders (que também assina a direção, e pasmem: a dupla foi roteirista do recente "Debi e Lóide 2"!), consegue ser tão engraçado como o primeiro filme. Só que levou a produção a ter bem mais sequencias de humor pastelão que o primeiro, onde a qualidade do humor fica bem dividida, pois os espectadores mais "cabeça" sempre detestam, enquanto os descontraídos sempre.


Se antes tínhamos apenas o trio principal como a grande chacota da produção, agora temos os personagens de Pine e a volta da dentista ninfomaníaca vivida por Jennifer Aniston, que tem bons momentos na produção e rendem bastante risos (a sequencia do grupo de ajuda para pervertidos sexuais, é uma das melhores da produção). Já quem ganhou mais tempo em tela foi Mother-Fucker Jones, que chega a roubar a cena em grande parte dos momentos em que aparece, assim como Kevin Spacey, que tem uma breve sequencia que é realmente muito engraçada. Enfim, como passatempo e entretenimento descompromissado, "Quero Matar Meu Chefe 2" cumpre o que promete. Recomendo!

Nota: 8,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet.

A ENTREVISTA


Depois de diversas polêmicas envolvendo os estúdios da Sony Pictures e o governo da Coreia do Norte e do Presidente Barack Obama, finalmente "soltaram" a publico "A Entrevista". A trama tem como principal premissa o assassinato do presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-Un. Os remetentes para o trabalho são o famoso apresentador Skylar (James Franco, de "É O Fim") e seu produtor Aaron (Seth Rogen, de "Vizinhos"). Só que desde a primeira cena, já notamos o quanto os dois personagens são tapados para a função ,pois eles possuem a personalidade de dois adolescentes, pois vivem uma vida de brincadeiras e festas, atrás dos holofotes. Quanto ao programa deles, o principal foco é mostrar os maiores segredos das celebridades, que revela um Eminem saindo do armário até por um Rob Lowe calvo. Até que Aaron reencontra um colega de faculdade que lhe mostra que as entrevistas com personalidades políticas e importantes são ótimas para o amadurecimento de suas carreiras. É então que Skylar tem a ideia de entrevistar Kim Jong-Un (que é fã do seu programa e de "The Big Bang Theory"). Então ao se preparar para viajar para o local, a dupla é surpreendida por dois agentes da CIA, que lhes ordenam que devem assassinar Kim ao realizarem a entrevista.


Honestamente, a trama procura realizar diversas piadas obscenas e de humor pastelão extremo para esconder a critica política que o enredo carrega. Afinal, é mais "importante" para o enredo vermos Rogen colocar um pacote da CIA no anus, ao invés da forma de como ele foi produzido e enviado ao local. "A Entrevista" é trata-se exatamente disso, pois é uma comédia que esconde fatos por meio do humor obsceno. Piadas sobre genitálias e sexo são as que mais acontecem durante a película. Os efeitos visuais são de segunda linha (é notável que o palácio de Kim é feito por CGI), assim como as explosões e outros afins soam muito artificiais.


No final das contas eu não achei uma produção digna de tamanha repercussão, pela qual vem sido apresentada. Afinal de contas, uma película que tem como piada principal dois caras tapados achando que são os melhores, já é motivo suficiente para sacar tamanha chacota e não deve ser levada em hipótese alguma da forma que vem sido tratada (como uma advertência para uma 3ª Guerra Mundial).

Nota: 6,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

AS DUAS FACES DE JANEIRO


Um dos fatores que sempre ajudaram o turismo mundial, é sem dúvidas o cinema. Las Vegas, Nova York, Paris e até mesmo o Rio de Janeiro, se tornaram um dos pontos mais populares do mundo com uma ajuda deste ramo. Seguindo essa "desculpa" "As Duas Faces de Janeiro", procura mostrar mais os pontos turísticos da Grécia, para compensar as péssimas atuações do trio principal Viggo Mortensen, Kirsten Dunst e Oscar Isaac. Os dois primeiros vivem casal Chester e Colette MacFarland, que para fugir da prisão por seus golpes na bolsa de valores, ele vai com a esposa para a Grécia viver umas "férias improvisadas". Não dominando o idioma eles se encostam no jovem Rydal (Isaac), que não só serve como interprete dos dois, mas também como guia turístico. Ao voltar para seu quarto no hotel, Chester acaba recebendo a visita de um de agente que está com um mandado de prisão. Mas após uma luta, acidentalmente ele o mata. Só que Rydal nota que Colette esqueceu o presente que ganhara dele no passeio que se conheceram, então resolve voltar ao hotel para devolve-lo. Só que ao chegar lá, ele acidentalmente tem um breve envolvimento na morte do agente (já que ele ajuda Chester a ocultar o cadáver), fazendo o trio viajar pela Grécia tentando escapar da prisão.


A produção tem apenas 90 minutos de projeção, e graças a restrita duração ela não consegue decolar. Em momento algum chegamos a torcer para algum personagem, muito menos ter algum interesse pelas confusões que são criadas em tela (algumas são completamente desnecessárias). Outro ponto, foi o fato da namorada de Rydal praticamente sumir da narrativa, pois ela aparece em alguns momentos no começo e a produção acaba e não sabemos mais nada sobre o que aconteceu com ela. Sua atuação na produção é a única que tenta de fato criar algum mistério, mas nem isso é convincente. Seus colegas de cena Dunst e Mortesen, já demonstram desde a sequencia inicial que não tem química nenhuma.

O diretor estreante Hossein Amini, foi responsável pelos roteiros dos ótimos "Drive" e "Branca de Neve e o Caçador". Aqui ele adapta o livro da escritora Patricia Highsmith (responsável pelos livros da série do farsante Tom Ripley, de "O Talentoso Ripley") tenta esconder esses descuidos do seu roteiro e direção, desviando a atenção do público mais desatento para paisagem da Grécia antiga. Além do fato de quase toda narrativa acabar soando como uma péssima produção francesa, graças a fotografia extremamente depressiva e a trilha sonora de que nada acrescenta. Sem dúvidas, "As Duas Faces de Janeiro" já consegue entrar fácil para a lista dos piores filmes do ano! Fuja.

Nota: 2,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 13 de dezembro de 2014

HOMENS, MULHERES E FILHOS


Já não é novidade que a população mundial é vitima de uma nova droga chamada "tecnologia". Hoje é normal esbarrar com uma pessoa em qualquer rua mexendo no seu Smartphone ou Tablet. A comunicação verbal e pessoal vem ficando cada vez mais restrita, pois é possível você definir o perfil de uma pessoa simplesmente acessando a sua conta em algum site de relacionamentos. Seguindo essa premissa, o diretor e roteirista Jason Reitman (de "Juno" e "Amor Sem Escalas") realizou a adaptação do livro de Chad Kultgen, "Homens, Mulheres e Filhos". Quebrando um pouco o seu estilo, ele trata a história de várias pessoas que se interligam de alguma forma através ou por causa dos meios de comunicação sitados. 


No principio vemos o Pai de família Don (Adam Sandler, de "Juntos e Misturados") enfrentando problemas no casamento com Helen (Rosemarie DeWitt), o que o faz optar por acessar frequentemente sites pornográficos no computador de seu filho (já que ele destruirá o próprio por causa disso). Este herdou a mania do Pai deste os 10 anos, e atualmente com 15, não consegue ter prazer com outra coisa a não ser com videos eróticos. O que dificulta o seu pseudo-relacionamento com a líder de a bela torcida Hannah (Olivia Crocicchia). Enquanto isso, ela tenta conquistar o sonho de ser famosa através de várias fotos sensuais tiradas pela sua própria mãe (Judy Greer, de "Carrie - A Estranha"), que são postadas em um web site que é focado somente nelas. Esta possui o habito de frequentar as reuniões dos pais super-protetores dos filhos no mundo virtual, que são lideradas por Patricia (Jennifer Gardner, de "Elektra"), cuja filha Brandy (Kaitlyn Devernão consegue em nenhum momento ter uma vida virtual/social tranquila. Muito menos quando ela se apaixona pelo acanhado Tim (Ansel Elgort, de "A Culpa é das Estrelas"), cujo os melhores amigos são os virtuais, já que os reais os abandonaram por causa de um conflito no time de futebol de sua escola. E por último temos a jovem Allison (Elena Kampouris), que enfrenta sérios problemas de anorexia e tenta ao mesmo tempo conquista o seu colega de classe, carrasco Brandon (Will Peltz).


No principio observamos que Reitman aborda seus personagens como enormes viciados em tecnologia. Em qualquer momento da produção, notamos que pelo menos algum personagem está utilizando algum meio de comunicação. Seja para comentar opiniões de caracteres em off ou até mesmo para conhecer pessoas em sites de relacionamentos. Denotamos também que o casal vivido por Elgort e e Dever (foto acima) é o único do filme que se conhece fora destas, mesmo sendo jovens e vitimas deste universo. Nos créditos iniciais ele demonstra o inicio da viagem da sonda espacial Voyager, que ao ser lançada em 1977, transportava um "disco de ouro" inquebrável que levava sons e características de nosso planeta, para que outros seres da galaxia soubessem da nossa existência. Na metade da produção somos alertados que o mesmo já está a milhares de anos da terra, fazendo esta ficar cada vez mais pequena e restrita (simbolizando assim o comportamento de nossa sociedade atual).

Por mais que "Homens, Mulheres e Filhos" tenha apresentado uma proposta extremamente critica a real situação do ser humano sempre carregando o dilema de que "toda ação, tem uma reação", ela não foi muito mais além do que o trailer demonstrou que iria. Mas não deixa de ser uma boa pedida para quem gosta de uma produção diferenciada e um tanto que original. RECOMENDO.

NOTA: 8,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 6 de dezembro de 2014

DEBI E LÓIDE 2


Já não é de hoje que muitos sucessos dos anos 90 estão ganhando sequencias, para tentar renascer algo que foi bastante lucrativo no passado. Nos últimos anos foram "relançados" (já que eles funcionam mais como uma releitura de sua película original) sucessos como "American Pie", "Pânico", e agora depois de 20 anos, "Debi e Lóide". O original foi um sucesso inesperado em 1994 e alavancou a carreira de Jim Carrey (que também lançou neste ano "Ace Ventura" e "O Maskara"), pois ele demonstrou seu enorme talento humorístico com suas diversas caras e bocas. Quanto a Jeff Daniels, ele não trabalhou mais em outras produções do estilo e focou mais em dramas independentes, sendo que recentemente ele ganhou um Emmy pela série "The Newsroom" onde atua como protagonista. Assim como os títulos mencionados no inicio do texto, "Debi e Lóide 2" tenta apostar em uma verdadeira releitura do primeiro, pelo qual ele esquece completamente preludio lançado em 2003 (que tinha um elenco completamente diferente).


A historia honestamente não é importante, já que ela é narrada como se fosse varias "esquetes" estreladas pela dupla. A piada inicial já trata de brincar com a demora na sequência, pois vemos Debi (Daniels) visitando Lóide (Carrey) em uma clínica, onde ele permaneceu por 20 anos. Então ao revelar que tudo foi uma brincadeira, Debi revela ao amigo que esta enfrentando um problema de rim e precisa de um doador o mais rápido possível. A dupla resolve então visitar os "pais" deste, que fica abismado ao descobrir que foi adotado. Mas ao receber uma leva de cartas antigas, nota que uma trata-se da existência de sua filha com uma antiga ficante (Kathleen Turner). Cientes da situação, eles resolvem ir atrás da mesma, para Debi conseguir o rim e Lóide conquistar o coração de sua nova paixão.


O que mais me chamou atenção nesta continuação foi o enorme entrosamento de Carrey e Daniels, pois a química da dupla é tão boa que realmente parecem que eles sempre foram melhores amigos. Como é de costume, as caretas do primeiro estão presentes (com um destaque pra cena do cachorro quente), onde quem não gosta do gênero e do estilo vai odiar deste o princípio. Apesar disso, o roteiro que passou pelas mãos de seis roteiristas (incluindo Sean Anders do recente "Quero Matar Meu Chefe 2", outra ótima comédia e sequência), procura "homenagear" o primeiro filme revisando algumas piadas e personagens (dando direito a algumas músicas de seu primórdio) que funcionam graças ao desempenho dos atores. Lembrando que há cerca de dez anos a atriz Laurie Holden (que faz a vilã) fez par amoroso com Carrey em "Cine Magestic", e agora exerce um papel completamente distorcido, que nos faz sentir raiva da mesma em certos momentos.

"Debi e Lóide 2" não ira agradar a todos, pois foi feito para agradar mais aos fãs do original e de Jim Carrey (que estrelou a segunda sequência agora). Se você não gosta de nenhum dos dois evite, caso o contrario assista e divirta-se.

Obs: Depois dos créditos finais, há uma breve cena com um personagem do primeiro filme.

NOTA: 7,5/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 9 de novembro de 2014

INTERESTELAR


Já deixarei clara uma coisa: eu sempre admirei os trabalhos de Christopher Nolan, desde quando assisti "Batman Begins". Até então vi todos os seus filmes realizou as funções de produtor e diretor. Seu estilo se tornou famoso, pois ele aborda todos os seus personagens com diversas paranoias, envolvidos em tramas que acabam sempre mexendo com o psicológico dos mesmos e principalmente com o do espectador. Só que muitos não sabem, que ele foi um dos primeiros diretores a trabalharem com a tecnologia Imax (que são salas que abrangem uma tela com proporção media de 14x21, juntamente com uma imensa qualidade de som). Ciente disto escolhi assistir "Interestelar" nesta sala (sendo que esta foi minha primeira vez na mesma). Devo assumir que foi uma ótima e divertida viagem, literalmente.

 
A historia partiu de uma premissa criada por Steven Spielberg, que acabou desistindo e passou para o irmão de Christopher, Jonathan, que decidiu dividir a produção com ele e mesclar um pouco de ambos os estilos (que já possuem sua marca no cinema). A trama possuí diversas homenagens há alguns clássicos do estilo de "viagens no espaço" como "2001 - Uma Odisseia No Espaço", de Stanley Kubrick, o recente "Gravidade" e ainda sobrou espaço para homenagear "A Origem" (outro filme de Nolan). A história mostra o Engenheiro Cooper (Matthew McConaughay, que ganhou o Oscar este ano por "Clube de Compras Dallas"), que largou a profissão depois do falecimento da esposa (um ponto positivo, é que a história só menciona este fato apenas em um dialogo de Cooper) e virou fazendeiro, para poder passar mais tempo com os filhos (Timothée Chalamet e Mackenzie Foy). Apesar da situação climática do planeta terra estar cada vez pior, já que ocorrem diversas tempestades de areia e quase toda plantação agrícola esta morrendo aos poucos. Até que ao acaso, Cooper acaba encontrando uma base secreta da Nasa, onde acaba sendo convencido pelo Professor Brand (Michael Caine, de "Batman Begins"), a fazer uma viagem pela galáxia com uma equipe de profissionais compostas pela filha do mesmo (Anne Hathaway, de "Os Miseráveis"), Doyle (Wes Bentley, de "Jogos Vorazes") e Romilly (David Gyasi, de "A Viagem" , onde eles ingressarão por um "buraco de minhoca", para pode encontrarem outro planeta habitável para os seres humanos (já que a Terra está no inicio de uma futura extinção). Enquanto isso, sua filha vai crescendo (já que a cada hora que eles passam no espaço, equivalem a sete anos na terra) ela vai se aprimorando nas pesquisas da viagem de seu Pai, juntamente com o mesmo professor que o mandou para a missão.


Foy (na foto acima, e que estreou no cinema como a filha de Edward e Bella no "projeto de filme", "A Saga Crepúsculo: Amanhecer Parte 2") conseguiu ter um enorme entrosamento com McConaughay, e conseguiu ser um dos maiores destaques do filme, deixando até mesmo Jessica Chastain (que vive ela quando adulta) passada pra trás (já que em alguns momentos, ela lembrou bastante sua carácter em "A Hora Mais Escura"). Já minha "querida" Anne Hathaway, tem um papel da típica "mulher durona", onde somente na sequência em que ela transpõe uma abordagem sobre o amor, já deixa clara essa classificação. Mas de todos os protagonistas mencionados, quem tem um ótimo momento é Matt Damon ("O Ultimato Bourne"), cujo seu personagem surge repentinamente como um dos principais "quebra-cabeças" na trama.


Estes momentos ficaram bem mais nítidos e detalhados em Imax, e já deixarei claro que nesta produção é extremamente recomendável assisti-la neste formato, ou em algum similar (salas XD ou alguma que seja grande). Já que Nolan procurou deixar o público completamente entrosado e dentro do filme, nos momentos que mostram as naves no espaço (sendo que a ausência de trilha sonora deixa a situação mais verídica).  RECOMENDO!

NOTA: 9,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 1 de novembro de 2014

ANNABELLE


Ano passado tive o prazer de voltar a assistir produções de terror nas telonas, com o ótimo"A Invocação do Mal". Devido ao estrondoso sucesso já foi confirmada uma sequência para 2016, e enquanto isso foi lançado no último mês "Annabelle", que trata-se de um prelúdio deste (onde o diretor James Wan, só assinou a produção, pois estava ocupado com "Velozes e Furiosos 7"). Confesso que não iria assistir a película nas telonas, pois optei esperar sair em DVD para comentar aqui. Mas devido ao excesso de comentários de amigos e propagandas sobre o enorme sucesso que o mesmo vem feito no Brasil, acabei indo conferir. Como era de se esperar, "Annabelle" conseguiu o feito de ser um dos piores filmes do ano! Posso dizer com toda a segurança, de que a película não consegue nem servir como uma "comedia pastelão".


A historia inicia-se da forma que o trailer mostra, com o casal Mia (Annabelle Wallis) e John (Ward Horton), que compra de presente para a esposa gravida uma boneca, que era moda na época (dificilmente da pra crer que um brinquedo com a aparência dele poderia ser tão requisitado, pois o mesmo já possui uma aparência sinistra). Mas na mesma noite um grupo satânico invade a casa ao lado, assassinando o casal daquela e logo depois invadem a casa dos casal. Enquanto estes são violentados, eles pegam a boneca e repassam para ela um espirito demoníaco, que mais tarde começa a atormentar a vida do casal

A direção de John R. Leonetti (que já trabalhou na equipe técnica de "Brinquedo Assassino 3"), não consegue erguer nenhum momento verdadeiramente assustador ou surpreendente, pois quem hoje em dia conseguiria ter medo de um demônio feito com uma computação tão mal feita (que parecia mais com um dos vilões do "Power Rangers"). Quanto ao casal de protagonistas chegam a um nível de canastrice tão grande, que não serviriam nem para atuar em comercial de margarina. A escolha da estreante Annabelle Wallis, serviu mais por causa do seu nome (que é o mesmo da "boneca") ao invés de seu talento (parece que os produtores esqueceram que em "Invocação do Mal" houveram ótimas e marcantes atuações). Como em toda produção de terror, temos aqui um Padre ("era melhor ter "chamado" o Pelé"!) e uma "mãe de santo". Nem isso funciona, sendo que o primeiro chega a ter uma sequencia constrangedora.


No meio de tanto besteirol, a trama ainda tenta realizar claras homenagens ao clássico "O Bebe de Rosemary"e ao próprio "Invocação do Mal", havendo também menções a verídica historia da boneca (no inicio e no desfecho, dando entrada a uma possível continuação). Infelizmente, ao término de "Annabelle" a produção insiste em colocar uma frase de Lorrene Warren, como tentativa de "quebrar o gelo" da enorme bomba que acabamos de presenciar. EVITE O MÁXIMO QUE PUDER!

NOTA: 1,0/10,0

Imagens: Reprodução da internet.

O JUIZ


Robert Downey Jr. ja se imortalizou nos cinemas com o famoso "Homem de Ferro". Apesar de ter estrelado alguns bons filmes nos anos 80 e 90, ele conseguiu apenas duas indicações ao Oscar, sendo a primeira quando ele interpretou o ator Charlie Chaplin em "Chaplin", a segunda com o ator playboy Kirk Lazarus em "Trovão Tropical". Tentando sua terceira indicação, ele decidiu estrelar o drama judicial, "O Juiz". Ele tinha de tudo para promover um papel mais serio e marcante, mas infelizmente seu lado de "gênio, playboy, bilionário e filantropo" falou mais alto e aqui ele possui uma atuação que em grande parte remete a uma mistura de seus Tony Stark e Sherlock Holmes.


Aqui ele vive o sucedido advogado Hank Palmer, que durante um julgamento recebe uma mensagem avisando sobre o precoce falecimento de sua mãe. É então que ele tem que voltar para a sua cidade natal e reencontra sua família e seu Pai (Robert Duvall, de "O Poderoso Chefão"), com quem tem uma relação nem um pouco amigável. Voltando do funeral, ele é alertado de que este foi retido e acusado de assassinato. É ai que Hank se vê forçado a ser o advogado de seu Pai, e livra-lo das acusações de outro ótimo advogado (Billy Bob Thornton, de "Escola de Idiotas").


Não há do que reclamar do elenco desta produção, que alem dos mencionados possui nomes como Vera Farmiga ("A Invocação do Mal", foto abaixo), Vincent D'Onofrio ("Rota de Fuga", a esquerda), Jeremy Strong ("Fim dos Tempos", a direita) e do comediante Dax Shapard ("Relação Explosiva"). Sendo que este ultimo chega a render divertidas sequências como o "auxiliar" de Hank nos tribunais. Mas quem tem também ótimos momentos é Farmiga, que vive a ex-namorada deste na época de formatura do colegial, que chega a apresentar uma ótima química com Robert. Apesar deste ter uma atuação que honestamente não é digna de Oscar, diferente de seu colega de cena, que já antecipo se o nome de Robert Duvall não figurar entre os cinco indicados, será uma das maiores injustiças da academia. Sua interpretação é realizada de uma forma tão natural, onde a desconstrução de seu personagem acaba sendo o verdadeiro destaque da película.


Mas não é só com ótimas atuações, que garantem que o filme seja perfeito. O roteiro da dupla Bill Dubuque ("Gran Torino") e Nick Schenk, nos apresenta diversos arcos entre os problemas dos protagonistas. Só que muitos deles acabam se perdendo durante a produção, assim como os personagens que estão neles. O diretor David Dobkin (que também ajudou na construção do argumento do roteiro, com Schenk), que já dirigiu as ótimas comedias "Eu Queria Ter a Sua Vida" e "Penetras Bons de Bico", demonstra agora que também pode se dar bem comandando dramas sérios. Ele soube enaltecer os momentos em que Duvall e Downey Jr. estão discutindo ou trocando olhares de raiva, assim como os momentos certos para os alívios cômicos. "O Juiz" acaba sendo no final das contas, mais uma produção que serve para o publico que o assiste se identificar com os problemas e personagens mostrados. Mas sem deixar de perder a simpatia pelos personagens em algum momento. Recomendo!

Nota: 7,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 26 de outubro de 2014

O APOCALIPSE


Já não é novidade que Nicolas Cage conseguiu se enquadrar na clássica frase "ame ou odeie", pois ele se demonstrou ser um ator que anualmente lança diversos filmes de qualidade duvidosa. Eu sempre admirei seus trabalhos, confesso, só que em "O Apocalipse" ele se arriscou em um estilo que já é um tanto "polemico" no cinema: o religioso. Apesar da premissa lembrar um pouco "Presságio" (outro filme de Cage), quem já conhece esse estilo sabe que a mensagem religiosa sempre é mais importante que a produção. O filme trata-se de uma refilmagem de uma trilogia lançada em 2000, sendo o principio batizado de "Deixados Para Trás" (que foi refilmado aqui), sendo que também há uma série com 12 livros. 


A historia aborda justamente uma parte da bíblia, onde se diz que no dia do "juízo final" as boas pessoas irão desaparecer da terra e irem direto para o céu, deixando os pecadores "para trás". Cage interpreta aqui o piloto Rayford Steele, que trai sua esposa (Lea Thompson, de "De Volta Para O Futuro") fanática religiosa, com a comissária Hattie (Nicky Whelan, de "Passe Livre"). Ele tem dois filhos, o pequeno Raymie (Major Dodson), e a adolescente Chloe (Cassi Thomson), que já é o oposto da mãe, pois não possui fé em Deus e critica todas as pessoas que pensam o contrário. Até que no dia de seu aniversário, algumas horas depois de sua filha visita-lo no aeroporto, tem-se inicio ao "juízo final" mencionado anteriormente (só que ao sumirem, todas elas deixam as roupas, somente). Só que detalhe: Rayford está comandando sozinho um avião com dezenas de pessoas (onde cada uma delas, representa algum tipo de pecado) e Chloe está em terra desesperada procurando "respostas".


A direção do duble de filmes como "Thor", Vic Armstrong (pra se ver o nível da produção...) consegue captar alguns bons momentos, seja nos trancos que acontecem em alguns momentos, ou com os alívios cômicos vindo do passageiro anão (Martin Klebba, de "Espelho, Espelho, Meu"). Já na parte dramática (que era para ser a principal), ele não conseguiu alcançar um timing para que torcemos para os personagens em tela. Cage nos apresenta uma atuação tão apagada aqui, que no final da produção damos conta de que ele não conseguiu alguma feição que fosse comovente. Assim como Cassi, que mais parece uma adolescente "mimada" do que uma atriz dramática. Outro erro foi a execução da trilha sonora, pois ela apresenta diversas músicas "alegres" que não tem nada haver com as sequencias apresentadas (afinal, quem gostaria de ouvir uma música alegórica se deparando com uma imagem do fim dos tempos em sua frente?). Juntamente com uma fotografia, que soa mais como um "telefilme" do que uma produção para os cinemas.

"O Apocalipse" acaba sendo mais um daqueles filmes que são meramente esquecidos ao acabarmos de assisti-lo, e para o curriculum de Nicolas Cage soará como mais um de seus descuidos.

NOTA: 3,0/ 10,0

Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

UM PORTO SEGURO


Para os leitores e amantes de produções de romance, ao ouvir o nome de Nicolas Sparks já começa a soar diversos nomes de produções como "Diário de Uma Paixão", "Querido John", "Noites de Tormenta" e etc. "Um Porto Seguro" não é sua nova adaptação para os cinemas (já que foi lançada em 2013), mas também não é uma das mais marcantes. A história mostra uma jovem Katie (Julianne Hough, de "Rock Of Ages") fugindo de um policial (David Lyons) e embarcando em um ônibus para Atlanta. Até ai ninguém entendeu nada (mas não esquente, pois aos poucos vai dando pra sacar tudo), nisso já corta para ela começando a construir sua vida la, pois ela já arruma uma casa e começa a arruma-la. Nisso, ela conhece o viúvo Alex (Josh Duhamel, de "Transformers"), que tem dois filhos e é dono de um pequeno mercado da cidade. Obviamente eles acabam se apaixonando, só que ao mesmo tempo ela tenta esconder o fato dela ser uma fugitiva policial. Só que o verdeiro motivo dela ter esse status, é abordado com um certo suspense até o penúltimo ato da produção, que na minha modesta opinião chegou até ser bem explorado.


Assim como toda história de Sparks, o enredo sempre beira ao clichê, só que os desfechos sempre são cada vez mais surpreendentes. Eu não li o livro, mas devo dizer que o diretor Lasse Hallström ("Sempre Ao Seu Lado") poderia ter realizado um trabalho melhor para emocionar mais o público em seu ato final (como aconteceu em "Noites de Tormenta" e "Diário de uma Paixão"). O fato da química entre Duhamel e Hough não funcionar muito, é um dos pontos prejudiciais ao filme (eu a trocaria fácil pela Olivia Wilde). Apesar do entrosamento dela com a vizinha, vivida por Cobie Smulders (a Robin de "How I Met Your Mother") ser um dos pontos altos do enredo. 

"Um Porto Seguro" termina como mais um filme que acabará morfando na "Sessão da Tarde", pois a ideia chega a ser legal, mas a narrativa clichê acaba estragando uma história que podia ter rendido um verdadeiro grande filme. 

NOTA: 5,0/10,0

Imagens: Reprodução da internet

sábado, 11 de outubro de 2014

TRASH - A ESPERANÇA VEM DO LIXO


Stephen Daldry já demonstrou que sabe retratar muito bem o drama de crianças na sociedade, em filmes com "Billy Elliot" e "Tão Forte e Tão Perto" e agora também em "Trash - A Esperança Vem do Lixo". A película foi realizada em parceria do cinema nacional com o inglês, que tende a ser a primeira de muitas no estilo (a primeira foi "Rio, Eu Te Amo", lançado no último mês). O roteiro teve autoria do famoso Richard Curtis (que já escreveu famosas comédias românticas como "Simplesmente Amor" e foi um dos criadores do Mr. Bean),com base no livro de Andy Mulligan, "Trash" conta a história dosmeninos Rato (Gabrielle Weinstein), Raphael (Rickson Tevez) e Gardo (Eduardo Luis). Eles trabalham em um lixão no Rio de Janeiro e vivem sobre péssimas condições. Mas até o dia em que o segundo acha uma carteira que pertencia a um homem (Wagner Moura), onde há somente dinheiro (que ele divide com Gardo), uns documentos e uma foto com uma numeração. Poucos minutos depois surge no local o policial Frederico (Mello), que pergunta a eles se localizaram a mesma. Ao procurar saber o porque de tudo isso, eles notam que a mesma poderá leva-los a um enorme tesouro.


O trio de atores estreantes conseguiu ser o maior destaque da produções, valendo destacar que eles ainda soltam o verbo e também falam um pouco de inglês (e possuem uma ótima química também). A professora deste deles é vivida pela sempre ótima Rooney Mara, que aqui tem um papel bem pequeno, assim como Martin Sheen (que vive um Padre que cuida do trio), aqui acabam soltando o verbo no português. A dificuldade na pronuncia deles em algumas palavras, foi algo que Daldry preservou nas sequencias e ficou bacana, pois ajudou os atores a terem uma naturalidade e entrosamento melhor. Outro que arrasou e me surpreendeu foi Selton Mello (que faz o primeiro vilão de sua carreira), pois seu personagem possui uma enorme frieza e não tem pudores ao torturar qualquer pessoa que interrompa seus planos (e também solta o inglês em um tenso dialogo com Mara). Ainda há uma ponta de Nelson Xavier (que ficou conhecido por interpretar Chico Xavier nos cinemas), que volta a interpretar um caractere um tanto que familiar ao famoso médium. Quanto a Moura, ele aparece bem pouco aqui, mas seu personagem é o "principal" da trama (ao assistir você vai entender melhor, pois não quero estragar surpresas), só que ele tem apenas uma frase em inglês (para a alegria dos meus amigos que "elogiaram" o seu trabalho em "Elysium"). 



Falando neste, Daldry demonstrou que adorou os sucessos nacionais "Tropa de Elite" e "Cidade de Deus", pois algumas referencias a estes estão claras na produção (principalmente em seu desfecho), assim como a história clássica dos "Capitães de Areia" (sendo que "Trash" conseguiu ser bem melhor que a adaptação deste). Apesar destes momentos, a produções conseguiu possuir diversos momentos de suspense e tensão, aos quais sempre evita trabalhar com alivio cômico (algo que hoje em dia, vem prejudicando muitas outras produções). Mas é uma pena uma ótima película como essa passar em branco, pois a grande maioria pensa que este trata-se de mais um filme sobre favelas, ao invés de um divertido filme de ação/aventura com produção inglesa/brasileira. RECOMENDO! (ainda mais nesta época de eleições...)


NOTA: 9,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

LUCY


Já não é novidade que Luc Besson é um dos grandes nomes do cinema de ação, apesar dele ser um diretor, produtor e roteirista francês. Todos os grandes filmes do gênero como "Carga Explosiva" e "Busca Implacável" são de sua autoria. Depois de nos apresentar uma homenagem aos filmes de mafiosos ano passado em "A Família", Besson volta a cadeira de diretor em "Lucy". A história trata a respeito da jovem do titulo (Scarlett Johansson, de "Os Vingadores"), que vive em Taiwan e a pedido do namorado Richard (Pilou Asbæk), ela acaba indo levar uma maleta ao mafioso Mr. Jang (Min-sik Choi, de "Oldboy"). Só que o mesmo acaba tratando ela como mula, ao colocar em seu estomago um saco de 500g de uma pilula chamada de CPH4, para leva-la até outro país. Só que Lucy não sabia que a mesma tem a habilidade de liberar a capacidade cerebral do ser humano aos poucos, que ao chegar aos 100% a mesma pode se tornar fatal. Só que ao ser agredida por um homem, ela acaba tendo o saco rasgado e seu estomago absorve a droga, fazendo assim ela se tornar uma "mulher perfeita", literalmente.


Só nessa premissa inicial, já da para sacar que a história é bastante familiar com "Sem Limites" (que tem Bradley Cooper e Robert DeNiro no elenco). Confesso que nos trailers que foram divulgados a impressão foi exatamente essa, só que no decorrer da narrativa o meu palpite foi se enganando aos poucos. "Lucy" procura abordar mais adentro as habilidades que o ser humano possui em relação a um animal no quisto de capacidade cerebral, onde temos como "palestrante" do assunto justamente o grande Morgan Freeman. Ele aproveita seu status com o público real para mostrar a teoria absurda criada para o filme, onde ele aborda (como se estivesse em sua série no Discovery Channel chamada "Os Grandes Mistérios do Universo") os limites da capacidade cerebral. 


A narrativa escolhida por Besson procura focar exatamente no comportamento de Lucy, pois em todo momento acompanhamos de uma forma extrapolada seus pensamentos e atitudes (como se estivéssemos literalmente dentro de sua mente). Johansson já deixou claro nos filmes da Marvel, que nasceu com um timing perfeito para as produções de ação. Sua incarnação de Lucy consegue lembrar em muitos momentos sua Viúva Negra, no que ajuda a resultar em uma divertida produção de ação. Não vou entrar em muitos detalhes para estragar algumas surpresas, mas já vou avisando que quem assistiu aos últimos filmes desta e de Freeman, notarão uma clara referencia aos mesmos (sendo que uma delas, poderá ser encarada até como uma espécie de "spin-off"). RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O PROTETOR


Já não é novidade que Denzel Washington é um dos maiores nomes do cinema. Quase todos os seus filmes são realmente bons, mesmo alguns não sendo sucesso de bilheteria. Mas ele conseguiu ser um dos poucos atores negros a se destacarem e ser tornar um dos mais respeitados na industria (junto a o sempre ótimo Morgan Freeman). Em "O Protetor", ele adapta para as telonas um seriado homônimo dos anos 80, só que acaba fugindo um pouco destes parâmetros e realiza sua produção mais fraca. Ele vive aqui o detetive Robert McCall, que forjou a sua morte para viver uma nova vida sem os problemas de seu passado. Trabalhando em uma loja de materiais de construção e tendo uma rotina quase constatante (acorda cedo, vai trabalhar, e a noite sempre vai até a mesma cafeteria e fica lendo algum livro), ele acaba fazendo amizade com um jovem prostituta (Chloë Grace Moretz, de "Se Eu Ficar"). Até que um dia ela acaba sendo vitima de uma violenta agressão que a deixa em coma, fazendo McCall sair em busca de vingança e ao mesmo tempo, reavaliar seu conceito de justiceiro e questões de seu passado. 


Os momentos aos quais o protagonista se prepara para "fazer justiça com as próprias mãos", o diretor Antoine Fuqua ("Invasão a Casa Branca") parece que está narrando uma mescla de "Sherlock Holmes" com "Busca Implacável", fazendo a mesma cair em uma mesmice recente que chega a se tornar hilaria em alguns momentos. Outro fator que me incomodou bastante, foi o fato de o elenco ter nomes de peso como Bill Pullman ("Independence Day"), Melissa Leo (que já trabalhou com o diretor em "Invasão a Casa Branca") e principalmente Moretz (que vem arrasando em cada produção em que ela participa). Quanto o vilão vivido por Marton Csokas ("Sin City: A Dama Fatal") apresenta mais um carácter tipico do gênero, não trazendo nada de novo para a história (a não ser que ele é tão imbatível quanto o personagem de Washington). O mesmo vale para o seu parceiro vivido por David Harbour ("O Besouro Verde"), que também vem se prendendo na imagem de vilão em outras produções, e aqui está já acaba ficando no automático.

Enfim aqui tivemos um ótimo elenco, com uma formula já utilizada exaustivamente pelo cinema. No final das contas acabamos vendo que "O Protetor" acaba caindo no clichê tipico de Hollywood. Acho que pelo visto até Denzel Washington não está nos seus melhores dias.

Obs: Como no cinema da minha cidade não havia cópias legendadas, tive de ver a versão dublada. Ela não está muito boa e já alerto que evitem de pegar a mesma.

Nota: 4,5/10,0

Imagens: Reprodução da Internet


sábado, 4 de outubro de 2014

GAROTA EXEMPLAR


Baseado no livro da escritora Gillian Flynn, e com direção de um dos diretores mais respeitados no gênero de suspense, David Fincher ("Clube da Luta"), "Garota Exemplar" não é só uma boa adaptação da obra que se tornou best seller nos Eua, como é também uma ótima crítica aos conflitos que acontecem com os casais no mundo todo. Aqui temos a história do casal Nick Dunne (Ben Affleck, de "Argo") e Amy Dunne (Rosamund Pike, de "Jack Reacher") que estão casados há cinco anos, que enfrentam uma enorme crise sem noção das pessoas que os cercam. Ao chegar em casa no dia de aniversário de casamento deles, Nick se depara com uma enorme cena de depravação na mesma e que Amy desapareceu. É então que ao contatar a policia e conforme as investigações avançam, eles, a imprensa e povo (já que o caso ganhou repercussão nacional) acabam se convencendo que ele é o verdadeiro responsável por tudo e que a matou. Mas para provar sua inocência, ele conta com a ajuda de sua irmã gêmea Margo (Carrie Coon), e aos poucos eles vão notando que tudo que ambos sabiam não era tão pior do que eles imaginavam. 


Fincher aproveita o clima de suspense repleto de reviravoltas, para apresentar algumas referencias a suas produções anteriores como "Clube da Luta" (a fotografia sombria e as surpresas na narrativa),"Seven - Os Sete Crimes Capitais" ("Caça ao Tesouro da Espetacular Amy") e "Os Homens Que Não Amavam As Mulheres" (a abordagem e a força do ato sexual). Ele também soube aproveitar o recurso que a obra de Flynn apresentou (onde são intercaladas as narrativas de Nick (onde ele contava a repercussão do caso) e Amy (que falava sobre o que ocorria no casamento deles)), e a utilizou como uma forma de aumentar o suspense e mostrar a desconstrução da personalidade de Amy (não vou falar muito sobre isto, para não estragar as surpresas). Rosamund que sempre viveu a "donzela em perigo" e já foi salva por caras como Bruce Willis, Tom Cruise e até mesmo o Mr. Bean (em "O Retorno de Johnny English"), aqui consegue realizar uma performance tão grandiosa que já a deixará como uma das indicadas ao Oscar do próximo ano. Sua Amy nos faz amarmos até a metade do filme, mas odiá-la dai até mesmo quando a produção acaba. Já seu marido vivido por Affleck está no papel que nasceu pra ele, pois não necessita de muitos gestos (algo que ele tem de praxe) ou algo do gênero para demonstrar o medo, insegurança e principalmente as mentiras realizadas por Nick durante a projeção. Como coadjuvantes, o destaque vai para Neil Patrick Harris (o Barney de "How I Met Your Mother"), que apesar de estar com um personagem um tanto similar ao sitado no parenteses, ele ainda consegue possuir um peso ótimo para o decorrer da trama. Outro que está completamente a vontade é Tyler Perry (que está acostumado a fazer filmes vestido de mulher), como o advogado de Nick.


"Garota Exemplar" acaba se tornando mais uma produção que dividira muitas opiniões entre o público e a crítica especializada. Seja por seu final (que acabou causando revolta explicita em quase todos no cinema onde eu estava), ou pela sua abordagem fria e ácida de um "casamento perfeito". Além do fato da história exercer uma enorme crítica a imprensa jornalistica, pois mesmo não tendo noção real dos casos, suas opiniões acabam interferindo nas verdeiras investigações. Aos amantes da sétima arte este filme é obrigatório, já para o público que vai ao cinema ou assiste filmes para espairecer é uma boa pedida, só que não é o melhor filme em cartaz para se ver nesses casos. Quanto a repercussão a respeito deste figurar entre os indicados isto já é evidente (assim como ocorreu com "Capitão Phillips" ano passado, apesar de aqui se igualar mais com ótimo "Os Suspeitos" (que acabou levando uma indicação técnica, apenas)), mas creio que as futuras indicações (filme, diretor, atriz Rosemound Pike, Roteiro Adaptado) ele talvez leve apenas a última e de diretor, pois eu ainda acho cedo para defini-lo como "o melhor filme do ano".


Nota:9,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 27 de setembro de 2014

UM MILHÃO DE MANEIRAS DE PEGAR NA PISTOLA


Em um momento do filme, o protagonista vivido por Seth MacFlane ("Ted") diz "uma vez, uma das minhas ovelhas foi parar em um puteiro. No final do dia, ela rendeu 15 dólares". Somente com essa frase podemos presumir o estilo pastelão que a comédia leva, mas ela até que funciona como um ótimo passatempo. Aqui, este volta ao posto de roteirista, produtor, diretor e ator (já que em "Ted" ele cedeu seus movimentos ao urso falante). A história pega carona no "extinto" estilo satírico apresentado pelos irmãos Zucker em "Corra Que a Policia Vem Ai!" e "Apertem Os Cintos, Que O Piloto Sumiu", pelo qual o protagonista referencia o carácter feito pelo falecido Leslie Nielsen: o estilo do "bobo experto". 


Albert Stark é um fazendeiro completamente "desligado" em relação as situações a sua volta, pois ele não consegue controlar seu rebanho de ovelhas, muito menos tomar coragem para enfrentar alguém no "desafio do tiro". É por causa disto e um pouco mais, que sua namorada Louise (Amanda Seyfried, de "Mamma Mia!") o larga fazendo-o entrar em depressão. Apesar de ele ter apoio de seu casal de amigos Edward (Giovanni Ribisi, que também esteve em "Ted") e a prostituta Ruth (Sarah Silverman, de "Escola do Rock"), ele só começa a mudar seu modo de pensar e agir ao conhecer a misteriosa Anna (Charlize Theron, de "Promotheus") que não o revela que é casada com o fora da lei, Clinch Leatherwood (Liam Neeson, de "Busca Implacável"). É então que um desencontro com Louise e seu novo namorado, Foy (Neil Patrick Harris, do seriado "How I Met Your Mother"), Anna nota que terá de ensinar Albert como "pegar numa pistola" e enfrentar "suas ovelhas" para conseguir reconquistar sua ex.


Apesar do enredo completamente clichê, MacFlane foca no estilo satírico das condições precárias que os cidadães de um velho oeste viviam. Mas algumas chegam a serem interessantes como o fato de ninguém sorrir nas fotografias, os péssimos tratamentos médicos, a população tratar a morte como algo normal e não ligarem para o corpo do prefeito da cidade que morreu há uns três dias e foi levado por lobos. O roteiro ainda trata referencias há outros filmes do gênero (os quais me recuso a mencionar para não estragar as surpresas, pois contam com as participações dos atores originais), e até o próprio "Ted" (apesar de não contar com o urso, mas com algumas piadas que remetem a este). Já os fãs de Barney Stinson irão amar a referencia ao seriado (que não tem nada haver com a sua personalidade de mulherengo) em uma fala de Patrick Harris. Mas há algumas coisas que poderiam ser extremamente cortadas da trama, como o excesso de piadas a lá Tarantino (com explosões e corpos voando, causando as vezes sequencias sem nexo algum) e piadas sobre sexo (apesar de o jeito desbocado de Silverman, que vive uma prostituta chega a ser engraçado em alguns momentos).

Para quem conhece o estilo de humor de MacFlane, que é criador do famoso desenho "Uma Família da Pesada", irá gostar do humor e embarcar na história. Caso contrário evite ao máximo esse filme, pois dificilmente você vai gostar do mesmo.

Nota: 6,5/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

terça-feira, 16 de setembro de 2014

CHEF


Depois de comandar os dois primeiros filmes da trilogia "Homem de Ferro", e Daniel Craig e Harrison Ford em "Cowboys e Aliens", Jon Favreau resolveu focar em um projeto mais pessoal, o independente "Chef". Ele também não só comanda a produção, mas a roteiriza, produz e estrela no papel do chefe de cozinha Carl Casper, que enfrenta os problemas do recém divorcio com  Inez (Sofía Vergara, de "Amante a Domicilio") e o fato de não estar sempre presenta na vida do seu filho Percy (Emjay Anthony). Mas dentre os conflitos de sua vida pessoal, ele não deixa de esconder seu amor pela culinária. Até o dia em que ele recebe uma péssima crítica do rigoroso crítico culinário Ramsey Michel (Oliver Platt), que acaba resultando em um conflito público via Twitter entre os dois. Consequentemente, Carl acaba tendo um surto no restaurante onde trabalha e acaba sendo demitido. É então que ele nota que é hora dele procurar saber o que realmente importa em sua vida e adquire um trailer de tacos, onde ele viaja diversas regiões vendendo o mesmo.


Durante sua narrativa, Favreau procura esconder o fraco roteiro nos pratos que estão sendo realizados e nas poses sensuais de uma apagada Scarlett Johansson, que vive a recepcionista do restaurante em que Carl trabalhou. Além desta, ele desperdiça ótimos atores que possuem personagens que conseguem serem mais interessantes que o próprio protagonista. Um mero exemplo é a dupla vivida por Bobby Cannavale e John Leguizamo, que interpretam parceiros de cozinha de Carl. Outros que também arrasaram em poucos momentos em cena são Dustin Hoffman e Platt, que possuem caracteres necessários para a narrativa, mas com sequencias que poderiam ser trabalhadas melhor. Já Robert Downey Jr., mais uma vez atuando como no automático, com seu estilo "Tony Stark" (por sorte, ele possui apenas uma cena de dois minutos), assim como Vergara que mais uma vez usa e abusa do seu estilo latina para fazer sua personagem, que não chega a fazer uma performance que nos faça torcer para que ela volte com seu marido.


Apesar desses "furos" no roteiro, Favreau ainda consegue realizar uma ótima crítica a sociedade tecnológica atual. Ele mostra que coisas tão super fulas, podem virar sensação na internet em questão de segundos, mas que podem serem esquecidas em questão de minutos. Assim como o fato do poder dos críticos, que com suas palavras podem destruir diversas reputações. "Chef" poderia ter sido um bom filme, se ele tivesse focado mais nesses argumentos ao invés de procurar ter um elenco cheio de estrelas (que normalmente é um mal sinal).

Nota: 4,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet