terça-feira, 23 de dezembro de 2014

AS DUAS FACES DE JANEIRO


Um dos fatores que sempre ajudaram o turismo mundial, é sem dúvidas o cinema. Las Vegas, Nova York, Paris e até mesmo o Rio de Janeiro, se tornaram um dos pontos mais populares do mundo com uma ajuda deste ramo. Seguindo essa "desculpa" "As Duas Faces de Janeiro", procura mostrar mais os pontos turísticos da Grécia, para compensar as péssimas atuações do trio principal Viggo Mortensen, Kirsten Dunst e Oscar Isaac. Os dois primeiros vivem casal Chester e Colette MacFarland, que para fugir da prisão por seus golpes na bolsa de valores, ele vai com a esposa para a Grécia viver umas "férias improvisadas". Não dominando o idioma eles se encostam no jovem Rydal (Isaac), que não só serve como interprete dos dois, mas também como guia turístico. Ao voltar para seu quarto no hotel, Chester acaba recebendo a visita de um de agente que está com um mandado de prisão. Mas após uma luta, acidentalmente ele o mata. Só que Rydal nota que Colette esqueceu o presente que ganhara dele no passeio que se conheceram, então resolve voltar ao hotel para devolve-lo. Só que ao chegar lá, ele acidentalmente tem um breve envolvimento na morte do agente (já que ele ajuda Chester a ocultar o cadáver), fazendo o trio viajar pela Grécia tentando escapar da prisão.


A produção tem apenas 90 minutos de projeção, e graças a restrita duração ela não consegue decolar. Em momento algum chegamos a torcer para algum personagem, muito menos ter algum interesse pelas confusões que são criadas em tela (algumas são completamente desnecessárias). Outro ponto, foi o fato da namorada de Rydal praticamente sumir da narrativa, pois ela aparece em alguns momentos no começo e a produção acaba e não sabemos mais nada sobre o que aconteceu com ela. Sua atuação na produção é a única que tenta de fato criar algum mistério, mas nem isso é convincente. Seus colegas de cena Dunst e Mortesen, já demonstram desde a sequencia inicial que não tem química nenhuma.

O diretor estreante Hossein Amini, foi responsável pelos roteiros dos ótimos "Drive" e "Branca de Neve e o Caçador". Aqui ele adapta o livro da escritora Patricia Highsmith (responsável pelos livros da série do farsante Tom Ripley, de "O Talentoso Ripley") tenta esconder esses descuidos do seu roteiro e direção, desviando a atenção do público mais desatento para paisagem da Grécia antiga. Além do fato de quase toda narrativa acabar soando como uma péssima produção francesa, graças a fotografia extremamente depressiva e a trilha sonora de que nada acrescenta. Sem dúvidas, "As Duas Faces de Janeiro" já consegue entrar fácil para a lista dos piores filmes do ano! Fuja.

Nota: 2,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

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