Já não é novidade que a população mundial é vitima de uma nova droga chamada "tecnologia". Hoje é normal esbarrar com uma pessoa em qualquer rua mexendo no seu Smartphone ou Tablet. A comunicação verbal e pessoal vem ficando cada vez mais restrita, pois é possível você definir o perfil de uma pessoa simplesmente acessando a sua conta em algum site de relacionamentos. Seguindo essa premissa, o diretor e roteirista Jason Reitman (de "Juno" e "Amor Sem Escalas") realizou a adaptação do livro de Chad Kultgen, "Homens, Mulheres e Filhos". Quebrando um pouco o seu estilo, ele trata a história de várias pessoas que se interligam de alguma forma através ou por causa dos meios de comunicação sitados.
No principio vemos o Pai de família Don (Adam Sandler, de "Juntos e Misturados") enfrentando problemas no casamento com Helen (Rosemarie DeWitt), o que o faz optar por acessar frequentemente sites pornográficos no computador de seu filho (já que ele destruirá o próprio por causa disso). Este herdou a mania do Pai deste os 10 anos, e atualmente com 15, não consegue ter prazer com outra coisa a não ser com videos eróticos. O que dificulta o seu pseudo-relacionamento com a líder de a bela torcida Hannah (Olivia Crocicchia). Enquanto isso, ela tenta conquistar o sonho de ser famosa através de várias fotos sensuais tiradas pela sua própria mãe (Judy Greer, de "Carrie - A Estranha"), que são postadas em um web site que é focado somente nelas. Esta possui o habito de frequentar as reuniões dos pais super-protetores dos filhos no mundo virtual, que são lideradas por Patricia (Jennifer Gardner, de "Elektra"), cuja filha Brandy (Kaitlyn Dever) não consegue em nenhum momento ter uma vida virtual/social tranquila. Muito menos quando ela se apaixona pelo acanhado Tim (Ansel Elgort, de "A Culpa é das Estrelas"), cujo os melhores amigos são os virtuais, já que os reais os abandonaram por causa de um conflito no time de futebol de sua escola. E por último temos a jovem Allison (Elena Kampouris), que enfrenta sérios problemas de anorexia e tenta ao mesmo tempo conquista o seu colega de classe, carrasco Brandon (Will Peltz).
No principio observamos que Reitman aborda seus personagens como enormes viciados em tecnologia. Em qualquer momento da produção, notamos que pelo menos algum personagem está utilizando algum meio de comunicação. Seja para comentar opiniões de caracteres em off ou até mesmo para conhecer pessoas em sites de relacionamentos. Denotamos também que o casal vivido por Elgort e e Dever (foto acima) é o único do filme que se conhece fora destas, mesmo sendo jovens e vitimas deste universo. Nos créditos iniciais ele demonstra o inicio da viagem da sonda espacial Voyager, que ao ser lançada em 1977, transportava um "disco de ouro" inquebrável que levava sons e características de nosso planeta, para que outros seres da galaxia soubessem da nossa existência. Na metade da produção somos alertados que o mesmo já está a milhares de anos da terra, fazendo esta ficar cada vez mais pequena e restrita (simbolizando assim o comportamento de nossa sociedade atual).
Por mais que "Homens, Mulheres e Filhos" tenha apresentado uma proposta extremamente critica a real situação do ser humano sempre carregando o dilema de que "toda ação, tem uma reação", ela não foi muito mais além do que o trailer demonstrou que iria. Mas não deixa de ser uma boa pedida para quem gosta de uma produção diferenciada e um tanto que original. RECOMENDO.
NOTA: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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