Depois de comandar os dois primeiros filmes da trilogia "Homem de Ferro", e Daniel Craig e Harrison Ford em "Cowboys e Aliens", Jon Favreau resolveu focar em um projeto mais pessoal, o independente "Chef". Ele também não só comanda a produção, mas a roteiriza, produz e estrela no papel do chefe de cozinha Carl Casper, que enfrenta os problemas do recém divorcio com Inez (Sofía Vergara, de "Amante a Domicilio") e o fato de não estar sempre presenta na vida do seu filho Percy (Emjay Anthony). Mas dentre os conflitos de sua vida pessoal, ele não deixa de esconder seu amor pela culinária. Até o dia em que ele recebe uma péssima crítica do rigoroso crítico culinário Ramsey Michel (Oliver Platt), que acaba resultando em um conflito público via Twitter entre os dois. Consequentemente, Carl acaba tendo um surto no restaurante onde trabalha e acaba sendo demitido. É então que ele nota que é hora dele procurar saber o que realmente importa em sua vida e adquire um trailer de tacos, onde ele viaja diversas regiões vendendo o mesmo.
Durante sua narrativa, Favreau procura esconder o fraco roteiro nos pratos que estão sendo realizados e nas poses sensuais de uma apagada Scarlett Johansson, que vive a recepcionista do restaurante em que Carl trabalhou. Além desta, ele desperdiça ótimos atores que possuem personagens que conseguem serem mais interessantes que o próprio protagonista. Um mero exemplo é a dupla vivida por Bobby Cannavale e John Leguizamo, que interpretam parceiros de cozinha de Carl. Outros que também arrasaram em poucos momentos em cena são Dustin Hoffman e Platt, que possuem caracteres necessários para a narrativa, mas com sequencias que poderiam ser trabalhadas melhor. Já Robert Downey Jr., mais uma vez atuando como no automático, com seu estilo "Tony Stark" (por sorte, ele possui apenas uma cena de dois minutos), assim como Vergara que mais uma vez usa e abusa do seu estilo latina para fazer sua personagem, que não chega a fazer uma performance que nos faça torcer para que ela volte com seu marido.
Apesar desses "furos" no roteiro, Favreau ainda consegue realizar uma ótima crítica a sociedade tecnológica atual. Ele mostra que coisas tão super fulas, podem virar sensação na internet em questão de segundos, mas que podem serem esquecidas em questão de minutos. Assim como o fato do poder dos críticos, que com suas palavras podem destruir diversas reputações. "Chef" poderia ter sido um bom filme, se ele tivesse focado mais nesses argumentos ao invés de procurar ter um elenco cheio de estrelas (que normalmente é um mal sinal).
Imagens: Reprodução da Internet
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