domingo, 21 de abril de 2013

CRÍTICA - TODO MUNDO EM PÂNICO 5

                        

As comédias satíricas normalmente são meio duvidosas em um contexto geral, pois elas normalmente brincam com várias produções de sucesso, mas normalmente resultam em comédias do tipo "pastelão". Esse tipo de filme era sucesso na década de 80, tendo o falecido Leslie Nielsen como o grande astro no gênero, em produções como "Apertem os Cintos, Que o Piloto Sumiu" e "Corra Que a Polícia Vem Ai". Mas em 2000 os Irmãos Wayans criaram a série "Todo Mundo Em Pânico", que obteve um enorme sucesso mundial, tornando-se assim uma grande série satírica do cinema, sendo que seu foco era as produções de terror e suspense. Mas os Wayans acabaram se desligando da série no 3º longa, dando lugar ao diretor David Zucker, conhecido pelas grandes sátiras da década de 80 mencionadas acima. Em minha opinião a série melhorou nas mãos de Zucker, pois deixou um pouco de lado à cansativa baixaria gratuita que eram os dois primeiros e focando mais nas situações e nas atuações para ser assim mais semelhante o possível à produção satirizada.

Mas sete anos depois do "último capitulo da trilogia" foi lançado "Todo Mundo em Pânico 5", e devo admitir que a qualidade decaiu e muito. A começar pela protagonista onde ocorreu uma troca entre Anna Faris por Ashley Tisdale (a Sharpay de “High School Musical”) confesso que não gosto do trabalho de ambas, mas acabou afastando boa parte do público mesmo assim. Depois foi o diretor David Zucker no qual aqui trabalha como um dos roteiristas e produtor e passou a direção para Malcom D. Lee ("O Bom Filho a Casa Torna"). Com base nestes tópicos, já podemos ter uma noção do que esperar desta película.


O Filme tem como ponto de partida os atores Charlie Sheen e Lindsay Lohan na casa deste, se preparando para gravarem um vídeo erótico caseiro. Mas devido a alguns eventos sobrenaturais que ocorrem Lohan acaba possuída e mata Sheen, deixando órfãos os seus três filhos que acabaram ficando desaparecidos após o ocorrido. Mas elas acabam sendo encontradas por dois amigos maconheiros dentro de uma "casa na floresta". Logo elas são levadas para um orfanato e acabam sendo adotados pelo irmão de Sheen, Dan (Simon Rex, o único ator dos outros filmes da série) e Jody (Ashley Tisdale) e vão morar em uma casa repleta de câmeras de vigilância. As crianças então passam a demonstrar comportamentos estranhos e passam a chamar pela "Mamma" diversas vezes e consequentemente acabam prevendo alguns acidentes que estão para ocorrerem com as pessoas no ciclo delas. É dentre esses arcos que vemos várias referencias as produções "Mamma", "Cisne Negro", "A Origem", "Planeta dos Macacos: A Origem", "A Maldição do Demônio", "A Entidade", "Atividade Paranormal", inclusive "50 Tons de Cinza" no qual não chegou a ser filmado, mas aqui conta com  Jerry O'Connell ("Canguru Jack") no papel do galã misterioso Christian Grey.


A fórmula se demonstra muito batida e cansativa em certo ponto da produção e algumas situações que beirão ao constrangimento para fazer graça. Com toda a sinceridade a maior graça de "Todo Mundo em Pânico 5", é o arco pastelão que a produção possuí, pois é um tipo de gênero já extinto e sempre há algum momento no qual acabamos caindo na gargalhada. Mas confesso agora que se o filme fosse focado somente nos personagens de Charlie e Lohan, ele funcionaria e muito.
Agora confesso que cresci vendo todos os filmes da série e sempre os admirei, mas este foi o mais fraco de todos quando não deveria ser, pois foi realizado com o propósito de apresentá-lo a nova geração como os recentes "Pânico 4" e "American Pie: o Reencontro".Mas resultou um enorme e fraco do que poderia ser um reboot. 

Um comentário:

Sara disse...

Já vi o filme e não gostei, comparado aos 4 anteriores é muito fraco...

Postar um comentário