sexta-feira, 5 de abril de 2013

CRÍTICA - OS OUTROS CARAS


Esse é mais um exemplo de produção que ocorreu graças à cerimônia do Oscar (assim como a parceria recente entre Anne Hathaway e Hugh Jackman, em "Os Miseráveis"), onde Will Ferrell fez uma piada ao personagem, do indicado daquela cerimônia Mark Wahlberg, onde ambos demonstraram boa química no momento, resultando em várias risadas momentâneas. Cerca de seis meses depois foi anunciado um filme com ambos, onde satiriza as produções policiais (gênero o qual Wahlberg é especializado). Farrell, anteriormente já havia satirizado os filmes de corridas com "Ricky Bobby", esportivos com "Escorregando para a Glória", nos apresenta agora "Os Outros Caras".


Ferrell e Wahlberg interpretam aqui os policiais Allen Gamble e Terry Hoitz, onde não saem da mesa de seus escritórios na delegacia de policia, e sonham em um dia se tornarem os idolos da cidade, com Danson e Righsmith (Dwayne Johnson e Samuel L. Jackson). Mas devido a uma fatalidade com estes (onde podemos classificar como humor negro ou momento sem noção), chegou a hora de Allen e Terry brilharem, mas acabam se envolvendo acidentalmente em um enorme esquema de corrupção política liderado por David Ershon (Steve Coogan).


O diretor da produção é Adam McKay, parceiro de Farrell em grande maioria de suas produções, aqui faz um trabalho excelente, onde sabe lidar muito bem as sequências de ação e comédia da produção. A química entre Johnson e Jackson no começo do filme é ótima, como os dois policiais canastrões, assim como a entre Will e Wahlberg, onde enquanto um é um completo bobão, o outro se demonstra muito mais durão em cena, onde na maioria das vezes resulta em discussões e sequências hilárias, como a discussão filosófica abordando se um leão derrotaria um atum em pleno oceano, ou no momento em que somos apresentados a esposa de Allen (Eva Mendes), onde Terry não acredita que uma mulher tão perfeita e linda, pode estar com alguém como seu parceiro. Além disso, Will Ferrel pode demonstra mais uma vez que quando quer, tem talento e de sobra para o gênero da comédia. Quem também está nessa produção é Michael Keaton, onde interpreta o Capitão de Policia Gene Mauch, com uma atuação satisfatória. Steve Coogan consegue nos entregar um vilão extremamente pilantra, onde em certo ponto, faz nossos heróis de otários, sendo que os mesmos não se ligam, mas sem deixar de ser divertido, claro.
Depois de tantas frases marcantes no cinema, neste o personagem de Wahlberg solta em alguns momentos, uma das frases mais engraçadas das comédias da nova geração: "eu sou um pavão, e vocês tem que me deixar voar!", expressando-se em tom sério e nervoso, o que trás mais graça ainda a situação. Não posso deixar de destacar as referências a "Pulp Fiction"e "Starsky e Hutch", onde ficam claras as intenções da produção, uma sátira sutil, onde não se vendem como os "Inatividades Paranormais" da vida. Recomendo!

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