domingo, 14 de abril de 2013

CRÍTICA - OBLIVION


Tom Cruise vem se mostrando um verdadeiro astro de Hollywood, onde conseguiu em tempos de "Crepúsculo" da vida, conquistar o ápice de galã e ser um dos grandes atores dessa geração. Digo isso, pois assisti praticamente a todos os filmes de sua carreira (incluindo o seu primeiro filme, o clássico "Negócio Arriscado") e devo assumir que nos últimos 10 anos, principalmente nas produções "Colateral" (como um assassino de aluguel), "Trovão Tropical" (como um produtor boca suja), "Rock Of Ages - O Filme" (como um rouqueiro sem noção, inclusive ele cantou diversas músicas neste) e na série "Missão Impossível" (vivendo o famoso agente Ethan Hunt), ele interpretou de forma excelente quatro caracteres completamente distintos, sendo que no segundo e terceiro casos mencionados, Cruise consegue roubar a cena em todas as cenas que aparece.
Novamente mudando seu estilo de personagem, em "Oblivion” (que em tradução ao português significa "esquecimento") Cruise interpreta de forma excelente e carismática o astronauta Jack Harper, que juntamente com a sua parceira Vika (Andrea Riseborough) e com as coordenadas da chefa de sua organização Sally (Melissa Leo, vencedora do Oscar por "O Vencedor") realizam uma vistoria do que ainda restou de uma terra pós-apocalipse no ano de 2077, com o objetivo de procurar e proteger algum sinal vital por onde passam. Assim como monitorar as diversas maquinas que transportam água dos mares para o uma colonia lunar chamada Titã que fica perto de Saturno, onde se encontram os poucos sobreviventes humanos. Através um excelente trabalho do diretor de fotografia Claudio Miranda (vencedor do Oscar por "As Aventuras de Pi", e já trabalhou com o diretor Joseph Kosinski em "Tron o Legado"), nos demonstra aqui uma terra completamente devastada por alienígenas e sob ruínas, onde monumentos como o Pentágono e Torre Eifel estão ali, mas parcialmente cobertos de areia.

Execelente trabalho também da equipe de efeitos visuais, que somente pelas sequências de Jack vistoriando o mundo em sua nave, já garantem uma futura e provável indicação ao Oscar de melhores efeitos visuais em 2014. Durante o seu serviço, Jack se refugia uma vez ou outra em uma casa fora do conhecimento de Vika, onde possui localiza-se em um local onde há sinais de natureza viva e vários artigos que acha durante o seu serviço como discos de vinil, livros e artigos de basebol. Sendo que somente desta idéia inicial, podemos sacar a grande referência que o diretor e roteirista Joseph Kosinski realizou com a grande animação "Wall-E", sendo que o robô é substituído por Jack somente. Claro que também há várias outras como Alien - O Oitavo Passageiro, 2011 - Uma Odisséia no Espaço, Solaris e etc.


Já Restando apenas algumas semanas para o término do serviço, Jack se depara com uma explosão e vistoriando a mesma encontra várias cápsulas com pessoas dentro delas, mas todas acabam sendo explodidas, restando apenas a de uma misteriosa mulher chamada Julia (Olga Kurylenco, de "007 Quantum Of Solace"), no qual Jack tem visto em seus sonhos com uma enorme frequência. Honestamente Cruise possui uma enorme química com Kurylenco e o carisma dela ajuda na interpretação de sua personagem, assim como com Riseborough, dando então a largada ao momento clichê do triangulo amoroso entre Jack, Vika e Julia. Mas dentre conflitos de ciúmes provocados por Vika, Jack descobre através de Julia que tudo aquilo que pensa é completamente diferente da grande realidade. Kosinski nos entrega uma história completamente original, onde a ação fica em segundo plano e faz questão de inserir ao decorrer da trama diversas surpresas e reviravoltas, assim como explicações aos fatos demonstrados nos mínimos detalhes. Vale também o destaque para o grande Morgan Freeman, que mesmo com uma participação pequena demonstra se em uma atuação semelhante a de seu "Deus - Todo Poderoso", só que aqui seu substituto é Tom Cruise e não Jim Carrey. Recomendo.

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