quinta-feira, 21 de março de 2013

CRÍTICA - MEIA-NOITE EM PARIS


Não é segredo que Woody Allen é um dos meus diretores favoritos, assim como seu penúltimo trabalho como diretor "Meia-Noite em Paris". Explorando os pontos turísticos de Paris em suas primeiras cenas, somos apresentados ao casal que está de férias o escritor Gil (Owen Wilson de "Marley e Eu") e Inez (Ranchel McAdams de "Sherlock Holmes"), junto com os pais dela John e Helen (Kurt Fuller e Mimi Kennedy). Apesar de Gil não esconder sua admiração por Paris, no qual sua esposa não da à mínima para ele e seus pensamentos filosóficos, e só se importa somente com os comentários do seu amigo de longa data (que acabam se encontrando por lá ao acaso), Paul (Michael Sheen da série "Crepúsculo"). Durante uma caminhada na noite da cidade da luz, Gil se depara com uma carruagem que o transporta a Paris do tempo de 1920, conhecida como "a época de ouro", onde conhece várias personalidades do renascimento (pelos quais tem enorme admiração). Além claro, de buscar inspirações para o seu novo roteiro, pelo qual não quer apresentar para ninguém antes de ser lançado.


Somos deparados com vários escritores, pintores e músicos marcantes como Pablo Picasso, Salvador Dali (Adrien Brody, de "O Pianista"), F. Scott Fitzgerald (Tom Hiddleston, de "Os Vingadores") e sua esposa Zelda Hiddleston (Alison Pill), Enerst Hemingway (Corey Stoll), Gertudre Stein (Kathy Bates, de "Um estranho no ninho"), e um dos amores de Picasso Adriana (Marion Cotillard de "Contágio") Woody demonstra nesta produção o personagem de Owen Wilson como seu alter-ego da vez, onde Gil demonstra as mesmas manias e gostos do diretor (marca registrada de seus filmes), resultando na melhor atuação de toda a sua carreira, pois se demonstra um tipo estereótipo, engraçado e neurótico, além claro, de este ser também um roteirista e escritor de cinema, onde durante a viagem escreve mais um de seus famosos roteiros. Ótima a química entre Owen e Marion Cotillard, onde ambos demonstram uma enorme paixão inesperada e digamos que impossível, assim como também com McAdams, que repetem a parceria da comédia "Penetras bons de bico", pelo qual demonstra um certo desprezo pelo marido intelectual.

Com uma fotografia impecável, na qual transparece um tom bronzeado, destacando assim, os pontos turísticos de Paris, e nós acabamos aprendendo também um pouco de história da arte com a personagem da Primeira-Dama da França, Carla Bruni, onde faz o papel de uma guia turística. O roteiro da produção demonstra completamente original, mas Allen transparece algumas referencias claras a seu outro longa de sucesso, "a rosa púrpura do Cairo", lhe custou o Oscar nesta categoria.


Um dos pontos fortes de seus filmes, além de tudo, é que ele demonstra os problemas e manias do ser humano na sociedade contemporânea, e neste não poderia deixar passar claro. Uma pena que o cartaz da produção demonstra-se um típico filme de romance, quando na verdade trata-se de uma das mais divertidas fantasias da atualidade. Recomendo, principalmente para os fãs de literatura e Woody Allen.

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