domingo, 17 de março de 2013

CRÍTICA - DURO DE MATAR: UM BOM DIA PARA MORRER

"John McClane está de volta, só que desta vez não está sozinho". Enfim com esse slogan clichê, já da para ter uma noção do que esperar desta nova produção da cine-série "Duro de matar". Cenas de ação marcantes, cujo se mesclam com problemas do dia a dia, como por exemplo, a clássica cena de McClane preso no trânsito (foto abaixo), ou conversando no celular em plena perseguição automotiva. Enfim, esta produção cujo marca os 25 anos da série deveria ser mais marcante. A começar pela duração da produção que é de apenas 97 minutos (sendo que o primeiro tinha 127 minutos, o segundo 124 minutos o terceiro 131 minutos e o quarto128 minutos) muito curta também como para filmes do gênero de ação. O roteiro com uma proposta fraca e clássica de filmes de ação, onde algum "terrorista russo" planeja utilizar armas nucleares de destruição em massa e cabe para John e seu filho Jack (que não o considera como Pai) detê-lo.
O filme começa com John (Bruce Willis, se demonstrando cada vez mais velho a cada produção que passa) sendo informado que seu filho "se meteu em encrencas" em Moscou e mesmo "viajando de férias" pretende ir para lá para se encontrar com o mesmo. A química entre os dois atores é excelente e chega até em certos pontos a ser hilária, pois Jack (Jay Courtney da série de televisão "Spartacus") se demonstra muito mais frio e durão que seu Pai. Quem também tem uma pequena participação no filme é a filha de John, que participou do quarto filme, Lucy (Mary Elizabeth Winstead), digamos que foi uma participação com propósito de que tem de haver uma mulher como coadjuvante no lado de McClane. Sua participação por mais que seja filha do protagonista, não fez diferença na produção, pois a mesma sequer vai a Moscou com o Pai (o que deveria, pois acabaria trazendo mais ação a meu ver, pois a mesma ia acabar se envolvendo na ação, assim como Maggie Grace no recente "Busca Implacável 2"). Já o papel do terrorista russo fica a cargo do ator Sebastian Koch ("a vida dos outros"), na qual interpreta muito bem o papel. Agora quem rouba a cena em determinadas partes é a modelo russa Yuliya Snigir (foto abaixo), novata no cinema, mas que demonstra uma beleza radiante nas cenas às quais aparece.
A produção também abrange diversas referências a outros do gênero lançados recentemente como "Missão Impossível: Protocolo Fantasma" e "007-Operação Skyfall", mas diferentes destes, "Duro de Matar 5" foca somente na ação, deixando o roteiro em segundo plano, pois se analisar, o roteiro é um pouco semelhante com o de "Os Mercenários 2" (também estrelado por Willis), onde tem um vilão que esconde armas de destruição em massa para poder "dominar o mundo".
O diretor do filme é John Moore, no qual dirigiu Mark Walhberg em "Max Payne", aqui traz algumas técnicas utilizadas nos mesmo como as cenas de ação em slow motion em diversas vezes no filme, o que é um ponto positivo, pois em minha opinião as tornam mais divertidas. Mas um fator prejudicial a produção foi em certos pontos a câmera na mão, pois em certos momentos da produção cansa e prejudica na visualização da cena em si.
Um fator no qual não posso deixar de escapar é de que o Brasil novamente foi homenageado em uma produção estadunidense, pois na cena do elevador (foto abaixo) está tocando a música clássica de MPB "Garota de Ipanema". Já é a terceira produção que vejo esse ano na qual homenageia nossa pátria (as outras foram "caça aos gangsteres" e “o lado bom da vida").
A premissa na qual McClane será substituído depois de 25 anos por seu filho (assim como ocorreu com Indiana Jones em seu último filme), demonstra-se clichê e nós sabemos que não cola, pois depois de sobreviver nesses 25 anos as mais loucas cenas de ação, garanto que McClane não será derrotado ou aposentado tão cedo. Um filme no qual uma série como essa não merecia, em comemoração a suas bodas de prata. diferente do recente "007 Operação Skyfall", na qual foi uma grandiosa produção homenageando as bodas de ouro de James Bound. Que venha "Duro de Matar 6".

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