sábado, 16 de fevereiro de 2019

A MULA

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Há quase sete anos o vovô Clint Eastwood não dava as caras nas telonas. Desde "Curvas da Vida", o cineasta optou por ficar atrás das câmeras até então. Realizando longas como o ótimo "Sniper Americano" e o péssimo "15h17: Trem Para Paris", em seu mais novo filme, batizado de "A Mula", ele resolveu voltar a atuar como protagonista, além de dirigir e produzi-lo (algo que ele não fazia desde "Gran Torino" , pois no citado primeiramente ele apenas atuou). 

Clint Eastwood and Manny Montana in The Mule (2018)

Inspirado no artigo do "The New York Times" de Sam Dolnick, Eastwood vive o viciado em trabalho Erin, onde após sua companhia de flores declarar falência, vê sua vida profissional cair em ruínas, assim como sua pessoal. Sem outra saída, ele acaba aceitando o convite de um conhecido, para realizar entregas em troca de uma boa quantia em dinheiro. Com uma enorme ingenuidade, ele não sabe que as mesmas são drogas e que seus verdadeiros chefes, são traficantes mexicanos.  

Bradley Cooper and Michael Peña in The Mule (2018)

Assim como "Curvas da Vida", "A Mula" tem uma pegada mais leve, mesmo se tratando de um tema bastante pesado. Não exito em falar que Eastwood e o roteirista Nick Schenk transformam a narrativa em um longa de suspense policial, com regadas de humor negro e clichês do gênero, onde os espectadores mais inteligentes se questionarão de constantemente de determinadas "facilidades" e "deslizes" no roteiro (não é spoiler, mas serve de exemplo: em determinada cena o antagonista é parado pela policia, e ele consegue se esquivar deste sem dificuldades, sendo que era visível que no porta malas do carro daquele haviam N pacotes suspeitos). Outro deslize se da na trama paralela da policia que investiga o cartel de drogas, que é comandada pelos personagens de Bradley Cooper e Michael Peña. Ambos são abordados de formas rasas e genéricas, onde apenas o primeiro tem um arco com Eastwood que consegue salvar a sua participação no longa. 

Mas em contexto geral, como Clint Eastwood já se mostrou um diretor competente, o longa acaba se saindo bem divertido e os erros acabam se superando a medida em que a trama se desenrola, pois o antagonista é facilmente comprado pelo público. Em sua conclusão, vemos que "A Mula" não é uma volta triunfante de Eastwood em frente as câmeras, mas sim um divertido longa que serve para matarmos a saudade daquele tiozão que marcou o cinema. 

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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