quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

CALMARIA

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O maior problema que tive ao encerramento de "Calmaria", não foi a minha reação com o que acabará de ver, mas sim uma maneira de comentar o filme para vocês, sem dar spoilers. Pois bem, algumas horas após refletir sobre, vejo que consegui como! Já de antemão lhes alerto que a equipe de marketing está de parabéns, pois nem o trailer, muito menos a sinopse entregam a verdadeira premissa do longa.

Matthew McConaughey and Anne Hathaway in Serenity (2019)

De inicio ele mostra a história do pescador Baker (Matthew McConaughey), que um dia recebe a visita da misteriosa Karen (Anne Hathaway), que lhe oferece 20 milhões de dólares para assassinar o marido dela (Jason Clarke), dando lhe de comer para tubarões. 

O roteiro e direção de Steven Knight ("Locke") começa de inicio apresentando situações plausíveis e normais, dentro do contexto que era proposto, onde nada era divergente ou inovador. Porém alguns pequenos detalhes, seja uma atitude diária do protagonista ou um simples enquadramento feito por Knight, fazem meio que uma "preparação" para o que está por vir. Dentre outras palavras, a narrativa o tempo todo fica nos antecedendo do que irá acontecer nos próximos arcos, e as vezes bugando nossa mente sobre o que estamos realmente vendo. Isso é um recurso válido e inteligente, pois pega de surpresa o espectador e brinda os mais atentos (já que ultimamente algumas pessoas veem o cinema como um barzinho, e não como apreciação de uma obra que consta em tela), enquanto os mais desatentos não vão gostar e simplesmente vão continuar sem entender absolutamente nada. 

Matthew McConaughey, Djimon Hounsou, and Jason Clarke in Serenity (2019)

Para isso, digamos que os atores protagonistas tiveram um papel essencial para esse desenvolvimento, pois enquanto McConaughey interpreta "ele mesmo", Hathaway em um primeiro momento parece um "robô", mas posteriormente começamos a entender o que el estava querendo dizer. O mesmo pode-se dizer do elenco coadjuvante, onde o destaque vai para Jeremy Strong, cujo caractere aparece de maneira aleatória, deixando o espectador tão intrigado, quanto o protagonista de suas atitudes.

"Calmaria" vai entrar pra lista de longas como "Mãe!", onde se você gosta de cinema e ainda tem mente para raciocinar junto ao roteiro proposto pelo diretor, o longa é um prato cheio para você. Caso contrário, evite! 

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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sábado, 23 de fevereiro de 2019

SAI DE BAIXO: O FILME


No final dos anos 90, começo dos 2000, digamos que era a "era do ouro" do humor na Rede Globo, onde o "Rei" era o dominical "Sai de Baixo". Apresentado como uma peça de teatro, e com um único cenário, era um dos mais divertidos programas da emissora, e até hoje suas reprises rendem ótimos índices de audiência. Era uma questão de tempo que os personagens fossem renascidos nos dias atuais na tela grande. 

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A trama tem inicio quando Caco Antibes (Miguel Falabella) sai da prisão e volta ao seu apartamento, no Lago do Arouche. Lá ele fica indignado com a pobreza que sua família passou a viver, pois além de perderem aquele, moram de favor no apartamento de Ribamar (Tom Calvacante). Eis que seu filho, Caquinho (Rafael Canedo) consegue fazer um trabalho que lhes tirará da pindaíba: levar uma mala de jóias para fora do Brasil, no equivalente a 100 milhões de Dólares. 

Dirigido por Cris D'Amato ("É Fada") e roteirizado pelo próprio Falabella, o longa capta a essência que havia na série: nada é levado a sério e os atores estão lá apenas no modo "zoeira ao extremo", não ligando para atuações dignas ou algo que seja "correto". Seja em algumas cenas hilariantes onde eles não escondem a risada, situações extremamente estranhas e sem sentido, a ideia do longa o tempo todo é rir de si mesmo junto com o espectador. 

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Porém o único demérito do roteiro é que tal ato somente funciona no grupo protagonista da série, deixando participações de atores escalados para o filme, completamente sem graça, o que faz atores como Lúcio Mauro Filho (que vive dois personagens) e Cacau Protásio serem apenas um "tapa buraco" dos atores que não puderam participar do longa.  Felizmente eles aparecem bem pouco no longa, e o show fica por conta daqueles que marcaram nossas noites de domingo.

"Sai de Baixo: O Filme" consegue resgatar aquela sensação nostálgica que nós fãs estávamos carentes desde o final da série, e que felizmente conseguiu deixar claro que a família Antibes pode muito bem ir além da sala de um apartamento para fazer o espectador rir.

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet. 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

A MORTE TE DÁ PARABÉNS 2

A Morte Te Dá Parabéns 2 : Poster

"A Morte Te Dá Parabéns" foi sem dúvidas um dos longas mais divertidos e rentáveis de 2017. Era óbvio que o produtor Jason Bloom e a Universal Pictures iriam nos apresentar uma sequencia o mais rápido possível. Divergindo de várias que vem sido apresentadas recentemente, "A Morte Te Dá Parabéns 2", além de possuir uma história que pega apenas a essência do original, possui sua própria identidade. 


A história tem inicio com Ryan (Phi Vu) começando a reviver o dia de sua morte, e resolve alertar seu amigo Carter (Israel Broussard), que agora namora Tree (Jessica Rothe) a vitima do longa anterior. Eis que é descoberto que aqueles estão envolvidos em um protótipo cientifico, que engloba dimensões paralelas, aos quais não irei adentrar muito para não lhe dar spoilers da trama. E sim, você PRECISA ter assistido ao primeiro para entender esse. 

Jessica Rothe and Phi Vu in Happy Death Day 2U (2019)

Indo na contra mão do antecessor, essa sequencia procura focar mais no lado dramático e romântico envolvendo a personagem de Rothe. A começar que os momentos cômicos excessivos que existiam antes, agora dão espaço para os mais sérios e reflexivos, sobre a situação pelo qual aquela passa. E a atriz consegue transpor muito bem, e mais uma vez da um show. Com relação ao resto do elenco, Vu era apenas um personagem irrelevante no primeiro e agora tem uma participação maior, mas da metade em diante ele é deixado a escanteio por completo, e é quando a personagem de Rachel Matthews (a patricinha Danielle) consegue tirar bons momentos, mesmo que bem pequenos. O único que realmente ta ruim aqui é Broussard, que entrega um arco genérico, previsível e bem chato (não é culpa do ator, mas sim do roteiro, que lhe desenvolveu bem porcamente).

Mas o roteiro de Christopher Landon (que também assina a direção) acerta no fator "brincar" com o fato de "ser uma sequencia" (lembrando algo que "Anjos da Lei 2" havia feito em 2014). A todo momento os personagens começam a se preparar para viver as exatas mesmas coisas que antes, porém veem que as situações são completamente diferentes do que antes. Seja algo pequeno, como também grande. Claro existem alguns momentos parecidos com o anterior, como uma nova sequencia envolvendo as constantes mortes de Tree (que aqui é um dos poucos alívios cômicos)

"A Morte Te Dá Parabéns 2" nos mostra que não é necessário copiar o original, apenas para render bons números de bilheteria em cima do nome da franquia. 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

ALITA: ANJO DE COMBATE

Alita: Anjo de Combate : Poster

Robert Rodriguez é um cineasta que acompanho desde pequeno, pois cresci vendo todos os seus filmes. Desde os mais trashs como "Um Drink No Inferno" aos mais infantis como a franquia "Pequenos Espiões". Depois de um hiato de cinco anos, desde "Sin City - A Dama Fatal", ele volta as telonas junto ao renomado James Cameron (que vem há anos tentando tirar este roteiro, de sua autoria, do papel), na adaptação do manga de Yukito Kishiro, "Alita Maquina de Combate".

Christoph Waltz and Rosa Salazar in Alita: Battle Angel (2019)

A história mostra uma ciborgue (Rosa Salazar), que é achada no lixo por Ido (Christoph Waltz), que a reconstrói e lhe batiza de Alita. Ao despertar, ela revela que não se lembra de absolutamente nada do que lhe ocorreu até então. Eis que a medida em que ela começa a viver a nova vida, ela descobre algumas lembranças e que seu verdadeiro inimigo é mais perigoso do que ela imagina. 


Rodriguez sempre teve facilidade em desenvolver visuais loucos e pitorescos, e Cameron soube como colocar uma carga dramática em meio a estas situações. Consequentemente o longa acaba resultando em um dos visuais mais belos e perfeitos criados pelo cinema em tempos (não é notório em momento algum que a maior parte do filme foi filmado em uma tela verde de fundo). O visual da protagonista criado através de captura de movimentos, já é suficiente para garantir uma vaga no Oscar de efeitos visuais de 2020 (não exito em me antecipar nisso), porém o recurso 3D não é tão bem aproveitado quanto deveria, então opte pela tecnologia se você fazer questão de ver algumas cenas com profundidade. 

Mas o problema decai em cima das atuações e do roteiro que desenvolve os personagens. Enquanto Alita e Ido são bem desenvolvidos e o espectador os compra em poucos minutos em cena, o restante não. Os vilões vividos por Jennifer Connelly e Mahershala Ali são bem fracos, genéricos e desinteressantes, assim como o interesse amoroso da protagonista vivido por Keean Johnson é bem raso e mal desenvolvido. 

"Alita: Anjo de Batalha" é visualmente um filme ótimo, porém a insistência em vingar uma futura franquia com seu roteiro mal desenvolvido, acaba fazendo ficar banal demais em sua conclusão. Se veremos "Alita 2" nos próximos anos, é problema pra ser discutido pela Disney, não mais pela Fox (responsável pelo primórdio). 

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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TRAILER:

sábado, 16 de fevereiro de 2019

A MULA

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Há quase sete anos o vovô Clint Eastwood não dava as caras nas telonas. Desde "Curvas da Vida", o cineasta optou por ficar atrás das câmeras até então. Realizando longas como o ótimo "Sniper Americano" e o péssimo "15h17: Trem Para Paris", em seu mais novo filme, batizado de "A Mula", ele resolveu voltar a atuar como protagonista, além de dirigir e produzi-lo (algo que ele não fazia desde "Gran Torino" , pois no citado primeiramente ele apenas atuou). 

Clint Eastwood and Manny Montana in The Mule (2018)

Inspirado no artigo do "The New York Times" de Sam Dolnick, Eastwood vive o viciado em trabalho Erin, onde após sua companhia de flores declarar falência, vê sua vida profissional cair em ruínas, assim como sua pessoal. Sem outra saída, ele acaba aceitando o convite de um conhecido, para realizar entregas em troca de uma boa quantia em dinheiro. Com uma enorme ingenuidade, ele não sabe que as mesmas são drogas e que seus verdadeiros chefes, são traficantes mexicanos.  

Bradley Cooper and Michael Peña in The Mule (2018)

Assim como "Curvas da Vida", "A Mula" tem uma pegada mais leve, mesmo se tratando de um tema bastante pesado. Não exito em falar que Eastwood e o roteirista Nick Schenk transformam a narrativa em um longa de suspense policial, com regadas de humor negro e clichês do gênero, onde os espectadores mais inteligentes se questionarão de constantemente de determinadas "facilidades" e "deslizes" no roteiro (não é spoiler, mas serve de exemplo: em determinada cena o antagonista é parado pela policia, e ele consegue se esquivar deste sem dificuldades, sendo que era visível que no porta malas do carro daquele haviam N pacotes suspeitos). Outro deslize se da na trama paralela da policia que investiga o cartel de drogas, que é comandada pelos personagens de Bradley Cooper e Michael Peña. Ambos são abordados de formas rasas e genéricas, onde apenas o primeiro tem um arco com Eastwood que consegue salvar a sua participação no longa. 

Mas em contexto geral, como Clint Eastwood já se mostrou um diretor competente, o longa acaba se saindo bem divertido e os erros acabam se superando a medida em que a trama se desenrola, pois o antagonista é facilmente comprado pelo público. Em sua conclusão, vemos que "A Mula" não é uma volta triunfante de Eastwood em frente as câmeras, mas sim um divertido longa que serve para matarmos a saudade daquele tiozão que marcou o cinema. 

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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domingo, 10 de fevereiro de 2019

ESCAPE ROOM


Esbarrei de forma aleatória com o diretor Adam Robitel, na última CCXP e fiquei sabendo que ele estava comandando a mais nova aposta da Sony Pictures, o suspense "Escape Room". Confesso que mesmo depois disso, e ver o stand do longa por lá, sequer parei para ver um trailer deste. A única coisa que estava ciente, é que ele teve como inspiração a brincadeira que leva o titulo, pelo qual um grupo de pessoas fica trancado em uma sala, e precisa desvendar os enigmas para sair dela. Já fui em algumas destas salas, bem antes de conferir o longa, e foi o que me fez refletir sobre tamanhas possibilidades que Robitel poderia ter feito. Felizmente ele soube, e muito bem, trabalhar com o material em mãos.


A história do longa gira em torno de seis estranhos, que são escolhidos de forma aleatória para brincarem no Escape Room. Ao chegarem no local, descobrem que a "brincadeira" é algo real.



A começar vemos que o roteiro de Bragi F. Schut e Maria Melnik aproveita das bases genéricas do gênero de suspense/terror, na hora de conceber seus protagonistas. Temos desde o nerd sabe tudo, ao metido, a tímida, o tiozão, o bonitinha e o drogado (sendo apenas um deles que nos fará sentir apreço). Quem já está habituado com o estilo já sabe exatamente como sera o desenvolvimento deles na narrativa, e é então que a dupla opta por explorar o perfil deles dentro dos desafios propostos. É então que a direção de Robitel sabe trabalhar exatamente aquela sensação "claustrofóbica" que algumas salas de "Escape Room" causam em seus participantes. Sendo o destaque para o arco da foto acima, em que se passa em um bar de cabeça pra baixo, onde constantes enquadramentos em objetos e locais chaves, ajudam com que o espectador (que nessa altura já está habituado na premissa) adentre e raciocine com os personagens o que realmente deve ser feito. Mas isso não ocorre apenas nesse momento (apesar deste ter funcionado melhor), mas em grande parte do longa. 

Porém o principal problema nessa narrativa (que estava sendo ótima até então) é o arco final. O roteiro não só encaminhou pro longa dar entrada a uma possível nova franquia, como fez aquela sensação de "preocupação" do espectador simplesmente sumir em um passe de mágica, dando um lugar maior para a questão de injuria pelo fato de tudo aquilo se tornar uma porta para "mais uma franquia com qualidade questionável a cada filme sucessor, chegando por ai". 

"Escape Room" é a primeira grande surpresa que o cinema nos trouxe no gênero de suspense no ano de 2019, onde agora nos restar torcer para a franquia dar certo (se ela realmente existir) e não se tornar outro "Jogos Mortais" do cinema. RECOMENDO! 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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UMA AVENTURA LEGO 2

Uma Aventura LEGO 2 : Poster

Já diz o ditado "a pressa é inimiga da perfeição", e é isso que digo a respeito da demorada sequencia de "Uma Aventura Lego", que vem sido prometida desde quando este saiu em 2014 (e sequer havia uma previsão, até ano passado). Como aquele foi um estrondoso e inesperado sucesso, dando porta para o desenvolvimento dos personagens Lego seja no cinema, quanto na televisão, vemos o quão a Warner teve cuidado em elaborar uma sequencia digna. 

Chris Pratt in The Lego Movie 2: The Second Part (2019)

Ela começa no exato ponto onde o primeiro termina, com os brinquedos tendo que enfrentar uma invasão "alienígena" (que na verdade são os bonecos da irmã caçula do protagonista humano do primeiro), que acaba lhes levando a um devasto cenário apocalíptico. Todos estão regados a raiva e depressão, menos Emmet, que ainda continua esbanjando felicidade. Até o dia em que uma alienígena leva Lucy e seus amigos embora, o que lhe força a ir atrás deles. 


Assim como em "Batman Lego" as referencias a recentes lançamentos do cinema, são a principal diversão no roteiro de Matthew Fogel Phil Lord e Christopher Miller (sendo esses dois últimos responsáveis também pela direção de "Uma Aventura Lego"). Seja de "Jurassic World" até "Mad Max" o foco do enredo é satirizar eles através de uma trama que faça sentido com o universo Lego. Só que quando o longa entra no quesito "musical", devo dizer que é um dos mais fracos, pois além da única musica marcante ser a mesma cantada no primeiro ("Tudo é Possível" na versão dublada e "Everything is Awesome" no original), nenhum aqui conseguiu realmente cativar ou ficar marcante.

"Uma Aventura Lego 2" não consegue ser superior ao original, mas ainda sim consegue divertir os fãs dos bonecos e de animações, por se estabelecer ainda no mesmo padrão de qualidade. 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet. 

sábado, 9 de fevereiro de 2019

VELVET BUZZSAW

Velvet Buzzsaw (2019)

Jake Gyllenhaal e a atriz Rene Russo com o seu marido diretor e roteirista Dan Gilroy, já nos deram o ótimo "Abutre" em 2014 (que rendeu uma indicação ao Oscar de roteiro Original para ele). Depois de um hiato de quatro anos, o trio nos entrega um longa completamente diferente do seu antecessor. "Velvet Buzzaw" em um primeiro momento parece um drama crítico sobre a ganancia na industria da arte, mas da metade pro final vira um verdadeiro longa de horror. 

Rene Russo and Jake Gyllenhaal in Velvet Buzzsaw (2019)

A história tem inicio com o ganancioso crítico de obras Morf (Gyllenhaal), que trabalha para o museu de Rhodora Haze (Russo). Até que um dia essa acaba aderindo artes de um falecido artista desconhecido, onde aparentemente parecem ter um enorme valor. Porém a medida que se começa a desenvolver uma conexão com as obras, elas demonstram ter um poder extremamente assassino.

Em sua primeira hora, Gilroy cria um exato retrato do que há de ganancioso e sem noção no mundo das artes. Isso é bastante valido durante boa parte da narrativa (inclusive ele opta em um arco com a personagem de Toni Collette, que rende boas risadas devido ao humor negro inserido nela), porém ele opta por explorar em doses homeopáticas o relacionamento de Morf e a curadora Josephina (Zawe Ashton), pelo qual não possuem química alguma e tenta "criar" um arco nada haver com o contexto que fora proposto pela narrativa e não lhe acrescenta em nada. Tudo isso acaba transformando o longa em geral em algo bastante arrastado, chato e banal, e faz o espectador desistir do que está assistindo e procurar outra coisa no catalogo. 

Rene Russo and Zawe Ashton in Velvet Buzzsaw (2019)

"Velvet Buzzsaw" é a primeira bomba que temos em 2019, onde mesmo tendo um elenco renomado, não consegue desenvolver uma história de horror digna de atenção, muito menos que consegue dar sustos e ser impactante como outros.

Nota: 4,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet. 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

CREED 2

Dolph Lundgren, Sylvester Stallone, Michael B. Jordan, and Florian Munteanu in Creed II (2018)

O primeiro Creed conseguiu cativar os fãs mais notórios da franquia Rocky Balboa, e que sentiam falta de um filme do lutador desde 2006. O longa conseguiu render uma Indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante para Sylvester Stallone (depois de 40 anos de suas duas primeiras indicações, pelo primeiro Rocky), e mostrar que a franquia ainda tem folego, mesmo abordando a vida do filho de Apollo Creed, Adonis (Michael B. Jordan).  

Sylvester Stallone and Michael B. Jordan in Creed II (2018)

O segundo tem inicio com Adonis (Jordan) continuando com seu sucesso de grande boxeador, até o dia em que lhe é proposto uma luta com Viktor Drago (Florian Munteanu), filho de Ivan Drago (Dolph Lundgren), boxeador que assassinou seu Pai nos ringues há mais de 30 anos. Vendo como uma grande oportunidade para honrar o nome Creed, ele aceita a luta, o que acaba rendendo conflitos pessoais. 

Dolph Lundgren and Florian Munteanu in Creed II (2018)

Agora com direção de Steven Caple Jr., essa continuação não inova, mas sim fica no mesmo parâmetro de seu antecessor. Steven tem em mãos um roteiro que ainda aborda o amadurecimento de seus protagonistas, aos quais no quesito de direção ele tem de trabalhar mais as cargas dramáticas e ele faz isso muito bem. Com relação as sequencias de luta ele também segue o padrão normal, mas nada inovador. Com relação as atuações Jordan e Thomspon continuam exibindo uma boa química, porém a segunda tem um arco melhor explorado nesse, assim como a carga dramática de ambos é melhor explorada. Partindo agora para Stallone, Lundgren e Munteanu, o primeiro continua bem como Balboa e suas frases motivadoras, onde todos nós carregamos pelo resto da vida. Já o segundo e terceiro estão lá apenas como os "adversários do Adonis", mas que possuem seu lado humano (vide uma sequencia em um jantar, onde o Munteanu questiona o comportamento dos convidados em relação a ele e seu pai).

"Creed 2" não é inovador, nem marcante, mas sim uma ótima continuação, que ainda segue no mesmo patamar da franquia Rocky Balboa. RECOMENDO!! 

Nota: 10,0,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet. 

domingo, 3 de fevereiro de 2019

UMA NOVA CHANCE

Uma Nova Chance : Poster

Confesso que já estava com saudades de ir ao cinema e conferir algum longa bem "Sessão da Tarde", pois é um gênero que ultimamente não se mostra tão rentável como longas de ação com heróis ou de horror, e aos poucos tem o destino de irem direto para os serviços streaming. "Uma Nova Chance" é exatamente o tipico longa em que sabemos exatamente tudo que vai acontecer, damos bastante risadas e saímos da sessão com uma sensação ótima e vamos esquecendo dele a caminho de nossas residencias, dentre outras palavras, é um divertimento genérico.  

Jennifer Lopez and Annaleigh Ashford in Second Act (2018)

Aqui temos a história da funcionária Maya (Jennifer Lopez), que rebaixada de cargo em seu trabalho por não possuir um diploma universitário. Então de forma aleatória, seu afilhado (Dalton Harrod) acaba criando um currículo fake para ela na internet, o que a faz ser contratada por uma renomada firma farmacêutica. 


Peter Segal já comandou ótimas comédias como "Agente 86" e "Como Se Fosse a Primeira Vez", e depois de um hiato de quase cinco anos, desde "Ajuste de Contas", volta a cadeira de diretor um tanto que fora de forma. A começar que ele utiliza o recurso mais pobre pra indicar o sentimento dos personagens, através de músicas aos quais indicam o sentimentos deles (se está triste, usa música triste, se está feliz, usa música de felicidade). Fora isso, tudo está dentre os padrões, pois os problemas decaem em cima do roteiro da dupla Elaine Goldsmith-Thomas e Justin Zackham. Eles basicamente "reciclaram" piadas de outros longas de sucesso, colocaram alguns coadjuvantes cujo arcos não fazem o menor sentido estarem ali. Por ventura, dentro do contexto a maioria das piadas são sucessivas, também graças ao timming cômico de Lopez (que já havia conseguido isso em "Plano B"). Ela não está no papel de sua carreira, mas da pra dar boas risadas. 

"Uma Nova Chance" é um longa de "Sessão da Tarde" que cumpre o que promete e é apenas isso. Não espere algo revolucionário ou que faça você refletir. É apenas ir ao cinema, dar risadas e ir embora, nada mais além. 

Nota: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

A FAVORITA

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Yorgos Lanthimos é sem dúvidas um dos novos grandes nome do chamado "cinema cabeça", onde seus filmes são basicamente feitos para um público seleto e dificilmente conquistarão o gosto de quem gosta do "cinema povão". Foi assim com "O Lagosta" e "O Segredo do Servo Sagrado", onde ambos chegam inclusive a incomodar o público, devido a determinado constrangimento que ele impõe a seus personagens. E o mesmo não poderia ser com "A Favorita", que recebeu 10 indicações ao Oscar de 2019, nas categorias Filme, Direção, Edição (essas três para Lanthimos), Atriz para Olivia Colman, Atriz Coadjuvante para Emma Stone e Ranchel Weiz, Fotografia, Figurino, Design de Produção e Roteiro Original. 

Rachel Weisz in The Favourite (2018)

A trama tem inicio no século 18, onde a Rainha Anne (Colman), possui uma relação intima secreta com a Lady Sarah (Weiz). Mas a relação de ambas começa a ser ameaçada com a chegada de Abigail (Stone), uma criada que aos poucos começa a roubar a atenção de Sarah. Logo ambas começam a travar uma batalha pelo mando de Lady favorita da Rainha.

Emma Stone and Olivia Colman in The Favourite (2018)

Lanthimos opta por um caminho já conhecido de seus longas, que são situações completamente estranhas para definir a personalidade e ligação dentre seus personagens. Aqui temos uma excelente atuação de Colman, onde ela é definida por sua soberania, ego e constantes crises de gota, pelo qual é a chave para ligação das personagens de Stone e Weiz, indiretamente. Enquanto a primeira é sempre agredida de forma aleatória e tratada como uma escrava, ela utiliza desses fatores para transformar sua personagem em três fases que vão do sucesso a decadência, e isso é bem retratado por Stone, e o mesmo pode-se dizer de Weiz, que possui o caminho reverso na trajetória e a atriz exerce com notoriedade. Sem mais delongas, as três mereceram as indicações, mas infelizmente não vão levar. 

Com relação as outras categorias, devo dizer que ele é um forte nome para levar na categorias de Figurino e Design de Produção, pois é notório o enorme cuidado que a equipe teve com a reprodução dos fatores da época. E normalmente a Academia do Oscar premia filmes de época nesta categoria. 

"A Favorita" não é um forte nome nas categorias principais, e provavelmente não agradará a todos, mas consegue ser um bom filme sobre a desconstrução humana pelo poder. 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.