terça-feira, 15 de maio de 2018

DESEJO DE MATAR - 2018

Desejo de Matar : Poster

Depois de se meter em algumas produções de qualidade duvidosa e dar as caras nos cinemas brasileiros pela última vez em "Sin City: A Dama Fatal" e em "Fragmentado" (ambos com pequenas aparições), finalmente podemos falar que o remake de "Desejo de Matar" é o verdadeiro retorno de Bruce Willis aos cinemas com longas que o consagraram: os de tiro e porrada! Em comparação ao clássico, não receio em dizer que a essência permanece, pois estamos falando de um filme clássico de pancadaria estrelado por Charles Bronson, e não de um dramalhão cult ganhador de Oscars. 

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Na história Willis vive o cirurgião Paul Kersey, que depois de ter sua esposa assassinada e sua filha seriamente agredida, decide procurar os culpados por conta própria, devido a lentidão dos investigadores em cima do caso. É basicamente mais uma trama de "filme de tiozão", onde a violência e pancadaria divertem alguns e são um terror para os deleites dos pós modernos (inclusive em alguns países o longa sofreu sérios boicotes, por se tratar de uma trama que defende o porte de armas). Sim, o tempo todo o longa lança questões sobre se agir com violência em cima de violência é o certo (algo que qualquer vídeo do Bolsonaro vem sido abordado, sem exceções praticamente), só que nada disso é aprofundado e todas as questões são apenas jogadas no ar, por repórteres e radialistas durante alguns takes, contrapondo com alguns atos do protagonista em alguns arcos (em sequencias como quando ele vai comprar uma arma, como alguém que vai comprar uma roupa). 

Digamos que atuações são o de menos aqui, pois todas são regadas a Willis com cara séria e soltando frases de efeito enquanto mata uma porrada de marginais, a dupla de policiais (onde um deles é interpretado pelo eterno Hank, de "Breaking Bead") que sempre chega atrasada e o irmão da daquele (Vincent D'Onofrio) que serve como um "conselheiro" pra ele repensar as suas atitudes. 

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A direção de Eli Roth ("O Albergue") não faz nada mais aquém do que o habitual no gênero, por isso não existe como adentrar muito em uma analise profunda nesse longa. O que posso destacar apenas, é quem conhece o estilo de Roth, já sabe que o mesmo não poupa nem um pouco quando o assunto é tortura e violência (tanto que a censura o classificou como 18 anos). Só que as mesmas aparecem aqui em doses homeopáticas, pois é dado mais espaço para o lado humano e desenvolver de Willis, de um médico careta a um matador a lá "Justiceiro". 

"Desejo de Matar" é um filme de tiozão, que serve pros fãs do gênero de ação e pancadaria dos anos 80/90, e nada mais aquém. Se você procura algo cabeça ou interessante, por favor, se dirija a sala ao lado e veja "A Noite do Jogo". Ah, e se é melhor que o original? Vou deixar essa questão em aberto, pois é bem óbvia a resposta. 

Nota: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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