Há tempos não conferia uma comédia tão original e que conseguisse trabalhar tantos aspectos técnicos, como este "A Noite do Jogo". Tudo isso é mérito da dupla de diretores John Francis Daley e Jonathan Goldstein (do divertido reboot de "Férias Frustradas") que procuraram realizar no enredo uma mescla de produções suspense embasadas em uma comédia, durante quase toda sua projeção, o que consequentemente deixou o público cada vez mais adentro da trama.
Ela aborda um grupo de amigos, onde o casal Max e Annie (Jason Bateman e Ranchel McAdams) sempre são os mais competitivos e vencedores das constantes noite de jogatinas do grupo. Até que em uma das mesmas, o irmão do primeiro (Kyle Chandler) vem passar umas semanas na cidade deles, e resolve criar uma nova noite de jogos. Nela ninguém consegue definir o que é real ou mentira. Porém as coisas acabam saindo um pouco do controle.
Daley e Goldstein estabelecem ai um parâmetro para nos sentirmos cada vez mais adentro do jogo mostrado, através da cinematografia onde quando se trata de takes se passando em ambientes externos (pra mostrar onde os personagens estão indo), a câmera faz o cenário parecer um verdadeiro jogo de tabuleiro (através de um recurso chamado Tilt-Shift) e quando se aproxima acaba sendo novamente o live-action. Aquém de outro momento que eu particularmente achei genial (não darei spoilers, mas quem já assistiu, sabe qual é) foi quando toda a ação é tocada em função de um objeto e a mesma acaba sendo um álibi para "esconder" todos os takes, fazendo a sequencia parecer ter sido filmada interruptamente por quase dois minutos com várias coisas acontecendo de forma simultânea. Sim pessoal, até o momento eu estou falando de uma comédia, e não de um longa de suspense (pessoal votante da academia do Oscar, lembrem desse filme quando citarem os indicados a melhor edição em 2019).
Agora nada disso funcionaria se o roteiro de Mark Perez ("Herbie: Meu Fusca Turbinado") fosse raso em suas abordagens, que por ventura não é o caso. A trama é dividida em três casais durante boa parte, sendo que em momento algum nenhuma delas cansam o espectador ou são meras encheções de linguiça pra darem os 100 minutos de projeção. O destaque sem duvidas acaba indo pra McAdams (que já, já ganha seu primeiro Oscar), que consegue não só mostrar que ta se divertindo e nos fazendo rir, como também junto a Bateman mostram que possuem um excelente timing cômico sem beirar para o escatológico. Quanto aos outros casais, vividos por Sharon Horgan, Billy Magnussen, Lamorne Morris e Kylie Bunbury, eles possuem piadas que se fossem feitas por outro tipo de cineasta, iriam ficar repetindo constantemente e insistir na milionésima vez que ela é repetida, que ainda há graça. Muito pelo contrário, eles tem suas piadas, que são feitas dentro do contexto e quando o tópico é fechado, eles já partem pra outra e assim sucessivamente. O mesmo pode-se dizer dos personagens de Jesse Plemons e Chandler, que o esteriotipo de ambos nos faz duvidar de suas intenções sempre que aparecem em cena (sendo que o primeiro acaba roubando e muito a cena).
"A Noite do Jogo" foi uma enorme surpresa lançada neste ano, e acabou se tornando uma das mais divertidas comédias lançadas pelo cinema em anos (não me recordo agora algum filme tão engraçado, quanto este). Se você costuma fazer noites de jogatina com os amigos, em noites de finais de semana, este sem duvidas, é seu filme! RECOMENDO!
"A Noite do Jogo" foi uma enorme surpresa lançada neste ano, e acabou se tornando uma das mais divertidas comédias lançadas pelo cinema em anos (não me recordo agora algum filme tão engraçado, quanto este). Se você costuma fazer noites de jogatina com os amigos, em noites de finais de semana, este sem duvidas, é seu filme! RECOMENDO!
Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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