terça-feira, 29 de maio de 2018

HAN SOLO: UMA HISTÓRIA STAR WARS

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Menos de seis meses depois da estreia do último filme da franquia "Star Wars", a Disney resolveu lançar este spin-off, cujo foco é a história de origem do contrabandista Han Solo. Vivido nos longas principais por Harrison Ford, por se tratar de uma versão mais jovem, foi escalado em seu lugar o ator Alden Ehrenreich. Aqui ele possui uma atuação que remete mais uma cópia exata do que vemos de Ford nos clássicos, ao invés de algo original e que desse uma marca do que é o "verdadeiro jovem Han Solo". Seu arco se passa 12 anos antes de "Uma Nova Esperança", e o enredo procura mostrar exatamente como aconteceram alguns arcos envoltos a Solo como quando ele conseguiu a Millennium Falcon, conheceu seu melhor amigo Chewbacca (Joonas Suotamo, que roubou a cena basicamente), aprendeu as malicias de sua vida com seu mentor Beckett (Woody Harrelson) e sua primeira paixão por Qi'ra (Emilia Clarke).

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Não vou entrar em mérito das diversas polemicas envolvendo o longa durante suas filmagens, pois vou acabar desviando por completo o foco da analise. Claro é notório a diferença da troca de diretores (a dupla Phil Lord e Christopher Miller (dos dois "Anjos da Lei"), foi substituída as pressas pelo Oscarizado Ron Howard (da trilogia "O Código Da Vinci")), pois a tonalidade da narrativa muda completamente dentre alguns arcos (alguns estão "alegres e movimentados demais", já outros um tanto que sigilosos em suas tonalidades (quem já assistiu pelo menos algum filme dos diretores mencionados e for atencioso, vai perceber o que estou falando). Com relação as cenas de ação, devo confessar que elas estão mesmo muito bem realizadas, tanto que conseguem prender o espectador (comigo pelo menos, funcionou). Porém quando se trata da abordagem levada pelo roteiro dos irmãos Lawrence e Jonathan Kasdan (que foram responsáveis também pelo texto do Episódio V e VII), vemos o quão preguiçosos eles são ao mostrar seus arcos. A começar que quando não criamos empatia com alguém já sabemos seu desfecho, ou com personagem X que só faltou botar uma seta escrito "POR FAVOR, DESCONFIE DE MIM!" (algo que rola muito na franquia "Jogos Mortais"), e alguns diálogos extremamente genéricos que nos levam a situações mais genéricas ainda. Divergindo e muito de "Rogue One", aqui eles tentam colocar algumas referencias a outros episódios, porém nenhuma chegou aos pés das envolvendo Darth Vader naquele. 

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"Han Solo: Uma História Star Wars" sofreu em sua passagem pelos cinemas por diversos fatores, dentre eles a aposta massiva em cima da marca "Star Wars", onde mesmo estreando quase junto ao longa "Vingadores: Guerra Infinita" (que foi o mais esperado da década), só auxiliou pro longa assumir seu fracasso iminente. Infelizmente isso não foi o único fator, pois apesar de gostar do longa (sim, não estou falando de outro "Quarteto Fantástico"), devo confessar que infelizmente não me senti assistindo a um "filme de Star Wars", mas sim um bom longa de ficção e ação nos cinemas.

Obs: Assisti ao longa na versão dublada e em 2D, e devo afirmar que a mesma foi muito bem realizada e aparentemente o recurso tridimensional sequer fez falta. 

Nota: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 26 de maio de 2018

TERMINAL


Existem alguns longas que basicamente servem apenas para ofuscar o currículo de atores e atrizes renomados, o que é o caso desse "Terminal". Imagina um longa que pega dois atores em ascensão (Margot Robbie e Simon Pegg), outro que andou sumido por quase dez anos (Mike Myers, o eterno Austin Powers), e os coloca em uma trama tão confusa, que tudo soa tão besta e batido onde o único pensamento durante a trama é: será que o salário deles era realmente bom, pois eita filminho ruim.

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O enredo começa com a misteriosa assassina Annie (Robie) que possui várias facetas diferentes que vão de uma garçonete a uma dançarina de cabaré. Ela tem o caminho cruzado com um suicida (Pegg), uma dupla de assassinos (Dexter Fletcher e Max Irons), e um zelador (Myers).

O roteiro e direção de Vaughn Stein (que foi diretor assistente de vários longas de sucesso, como "Guerra Mundial Z") não consegue fazer o minimo do que uma trama dessas deveria fazer: empatia com qualquer um dos caracteres. Não ligamos absolutamente nada para o que eles fazem. E quando ele retrata esses vários arcos paralelos, parece claramente que ele não sabia ao certo o que estava fazendo, pois o tempo todo o filme soa como uma verdadeira perdição e fica difícil pro espectador compreender tais sentidos em alguns momentos e personagens estarem inseridos ali ou tendo tais atitudes. A única coisa que ele tinha noção era a violencia gráfica, que havia motivos para estar ali. Mas pra "parecer" que tudo fazia sentido, ele lança uns dois ploat-twists (onde o primeiro é bastante óbvio), que farão os desatentos acabarem comprando a ideia do filme. 

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"Terminal" é uma verdadeira mancha no currículo da recém indicada ao Oscar Margot Robbie e de Simon Pegg, e que provavelmente nem pra preencher lacunas em sessões televisivas vai servir. FUJA!

Nota: 1,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 25 de maio de 2018

ANON

Clive Owen and Amanda Seyfried in Anon (2018)

"Anon" possuía uma premissa genial, onde o diretor/roteirista Andrew Niccol ("O Preço do Amanhã") costuma estabelecer mais uma vez um retratado de um futuro não muito distante, com uma crítica acida aos detalhes que as evoluções tecnológicas deixam escapar. O que por um breve momento pode se dizer que ele fez neste seu último longa, porém a partir da metade do mesmo ele se perde um pouco em estabelecer o ritmo inicial pelo qual o longa havia levado.

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A trama mostra o investigador Sal (Clive Owen) que possui uma tecnologia em sua mente que consegue enxergar como se fosse um verdadeiro computador, em que ao visualizar uma pessoa ele possui a capacidade de ver todo seu perfil e obter fatos mencionados pela mesma. Até que um dia uma série de assassinatos começam a ocorrer, onde o sistema acaba deixando inviável a aplicação mencionada. É então que ele começa a suspeitar de uma mulher misteriosa (Amanda Seyfried), pelo qual ele começa a ter estranhas visões.

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Um fator que achei bastante foi a questão da fotografia de Amir Mokri ("O Senhor das Armas"), pelo qual ele procura estabelecer um paradigma de que quando a narrativa acompanha a visão de Sal, vemos exatamente o que ele vê, porém quando corta para outro personagem o aspecto decai para a terceira pessoa. Esse fator acabou trazendo uma imersão maior para a narrativa de Niccol, o que nos faz comprar sua ideia em poucos minutos. Porém quando ele resolve juntar os personagens de Owen e Seyfried (que mesmo tendo ótimas atuações, não possuem química alguma), a trama começa a perder muito folego e aquela crítica que abordava as questões de privacidade, sequer são mencionadas ou lembradas mais. Tudo começa a ficar um simples longa de ação, com toques breves de romance, dentre outras palavras, ele deixou virar outro filme.

"Anon" é uma pedida interessante pros fãs dos trabalhos antecessores de Niccol, assim como pra quem curte algum longa de ficção na Netflix.

Nota:7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

COVIL DE LADRÕES

Covil de Ladrões : Poster

De vez em quando eu gosto de ir ao cinema pra assistir a algum filme onde não li absolutamente nada e sequer vi o seu trailer, apenas o poster que consta com os atores envolvidos. Foi o caso do recente "Covil de Ladrões", que é o primeiro filme dirigido pelo roteirista Christian Gudegast ("Invasão a Londres"), que aqui também cuida do roteiro. Não sabia nem da existência desta película, até ir ao cinema onde frequento e confesso que me surpreendeu em vários aspectos, mesmo se tratando de um longa de ação a lá "Domingo Maior". 

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O filme acompanha o grupo de assaltantes de bancos liderados por Ray (Pablo Schreiber), onde um dos membros (O'Shea Jackson Jr.) acaba sendo apanhado pelo policial Nick (Gerard Butler). Após revelar que ele é apenas o motorista e nada mais nas operações do bando, Nick o faz como uma espécie de informante sobre as futuras ações dos bandidos, em troca da sua liberdade. 

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A narrativa escolhida por Gudegast lembra e muito o ótimo "Fogo Contra Fogo", com Al Pacino e Robert DeNiro. Por mais que se trate de um filme com uma temática quase sempre explorada pelo cinema, "Covil de Ladrões" explora a personalidade dos seus personagens, pelo qual favorece o lado da lei com o personagem de Butler (que ta bem no papel a lá  Martin Rigs, de "Maquina Mortífera"), ao invés de abordar os criminosos como verdadeiros antagonistas (sim, aqui não criamos empatia pelos ladrões). Só que o principal pecado do mesmo, foi acrescentar a essas narrativas algumas sequencias completamente desnecessárias, aos quais levam a duração do longa beirar a 2h20 (quando facilmente poderia ter tido 1h45). Por sorte, a habilidade de Gudegast em dirigir sequencias de ação já valem a atenção pro longa, pois existem duas sequencias em especial aos quais o espectador é fadado pela atenção extrema e sequer consegue imaginar tamanha consequência daqueles atos. 

"Covil de Ladrões" foi uma grata surpresa que remeteu e muito aos filmes de assalto dos anos 80/90, aos quais cada vez menos são feitos com a devida qualidade que devem ser e acabam rendendo meros longas B que se perdem cada vez mais em catálogos Streaming ou em exaustivas reprises televisivas. 

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet 

sábado, 19 de maio de 2018

DEADPOOL 2

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Há dois anos "Deadpool" chegou aos cinemas com uma proposta irreverente, seguindo exatamente os mesmos moldes das Hqs do Anti-Herói da Marvel. Obviamente o longa foi um sucesso, e posteriormente iniciou uma nova fase nos longas da Marvel, com os que até então eram de propriedades da Fox (mas agora todos estão basicamente sendo da Disney, devido a recente adquirição da casa do Mickey). Com a missão de pelo menos alcançar o mesmo nível do primeiro, "Deadpool 2" chegou aos cinemas assim como o recente "Guerra Infinita": regado de mistérios, polêmicas e com uma curiosidade aguçada dos fãs.

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A história mostra o mercenário Deadpool (Ryan Reynolds) aproveitando as suas habilidades, para liquidar com os mais diversos bandidos e mafiosos pelo mundo. Porém depois de um acidente, ele se vê obrigado a juntar uma equipe de "mutantes menores", para salvar um jovem mutante, que é perseguido por um militante do futuro (Josh Brolin). 

A começo devo assumir que muitas das piadas vão realmente funcionar se você está adentro de quase tudo sobre a cultura pop, no intervalo de tempo dos últimos três anos (foi nítido que muitas pessoas não pegaram as referencias na minha sessão). Mas isso não significa que o longa seja ruim ou sem graça, muito pelo contrário, ele realmente se destaca pelo pudor em não evitar de mostrar o máximo de zoeiras com tudo que é possível e impossível (em alguns momentos algumas participações especiais acabam sendo hilárias). Tudo isso acaba sendo auxiliado claramente pelo carisma de Ryan Reynolds, que mais uma vez mostra que nasceu para viver o tagarela. Assim como os personagens secundários (digamos que todos acabam sendo bem trabalhados, devido a quantidade de caracteres e o tempo de duração do longa, de duas horas), que incluem o taxista Dopinder (Karan Soni), o melhor amigo sem noção (T.J. Miller) e as novas inclusões dos mutantes Domino (Zazie Beetz) e Cable (Josh Brolin, que também interpretou o Thanos em "Guerra Infinita").

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Quanto a direção de David Leith ("Atômica") ele aproveita as habilidades de sua carreira passada como dublê e diretor em outras produções, e consegue transpor a violência não como algo meramente gráfico ou gratuito, mas sim como uma transposição de um verdadeiro humor negro (sim, algumas mortes beiram ao engraçado, mas foi suficiente para o longa obter uma classificação de 18 anos, por dois dias (bom, estamos no Brasil...)). Com relação as sequencias de ação, todas foram realmente bem feitas, mas alguns efeitos visuais são meramente percebidos pelo público (devido ao baixo orçamento que está franquia possui), mas não é algo que prejudique a experiencia. 

"Deadpool 2" chegou cumprindo o que prometia, e sem duvidas termina com um gostinho de retornarmos ao cinema para revê-lo, até que lancem o terceiro filme (que provavelmente sairá em 2020).  RECOMENDO!

Obs: As duas cenas pós créditos são uma verdadeira lição de casa, e as melhores da história do cinema!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

terça-feira, 15 de maio de 2018

DESEJO DE MATAR - 2018

Desejo de Matar : Poster

Depois de se meter em algumas produções de qualidade duvidosa e dar as caras nos cinemas brasileiros pela última vez em "Sin City: A Dama Fatal" e em "Fragmentado" (ambos com pequenas aparições), finalmente podemos falar que o remake de "Desejo de Matar" é o verdadeiro retorno de Bruce Willis aos cinemas com longas que o consagraram: os de tiro e porrada! Em comparação ao clássico, não receio em dizer que a essência permanece, pois estamos falando de um filme clássico de pancadaria estrelado por Charles Bronson, e não de um dramalhão cult ganhador de Oscars. 

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Na história Willis vive o cirurgião Paul Kersey, que depois de ter sua esposa assassinada e sua filha seriamente agredida, decide procurar os culpados por conta própria, devido a lentidão dos investigadores em cima do caso. É basicamente mais uma trama de "filme de tiozão", onde a violência e pancadaria divertem alguns e são um terror para os deleites dos pós modernos (inclusive em alguns países o longa sofreu sérios boicotes, por se tratar de uma trama que defende o porte de armas). Sim, o tempo todo o longa lança questões sobre se agir com violência em cima de violência é o certo (algo que qualquer vídeo do Bolsonaro vem sido abordado, sem exceções praticamente), só que nada disso é aprofundado e todas as questões são apenas jogadas no ar, por repórteres e radialistas durante alguns takes, contrapondo com alguns atos do protagonista em alguns arcos (em sequencias como quando ele vai comprar uma arma, como alguém que vai comprar uma roupa). 

Digamos que atuações são o de menos aqui, pois todas são regadas a Willis com cara séria e soltando frases de efeito enquanto mata uma porrada de marginais, a dupla de policiais (onde um deles é interpretado pelo eterno Hank, de "Breaking Bead") que sempre chega atrasada e o irmão da daquele (Vincent D'Onofrio) que serve como um "conselheiro" pra ele repensar as suas atitudes. 

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A direção de Eli Roth ("O Albergue") não faz nada mais aquém do que o habitual no gênero, por isso não existe como adentrar muito em uma analise profunda nesse longa. O que posso destacar apenas, é quem conhece o estilo de Roth, já sabe que o mesmo não poupa nem um pouco quando o assunto é tortura e violência (tanto que a censura o classificou como 18 anos). Só que as mesmas aparecem aqui em doses homeopáticas, pois é dado mais espaço para o lado humano e desenvolver de Willis, de um médico careta a um matador a lá "Justiceiro". 

"Desejo de Matar" é um filme de tiozão, que serve pros fãs do gênero de ação e pancadaria dos anos 80/90, e nada mais aquém. Se você procura algo cabeça ou interessante, por favor, se dirija a sala ao lado e veja "A Noite do Jogo". Ah, e se é melhor que o original? Vou deixar essa questão em aberto, pois é bem óbvia a resposta. 

Nota: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 12 de maio de 2018

A NOITE DO JOGO

A Noite do Jogo : Poster

Há tempos não conferia uma comédia tão original e que conseguisse trabalhar tantos aspectos técnicos, como este "A Noite do Jogo". Tudo isso é mérito da dupla de diretores John Francis Daley e Jonathan Goldstein (do divertido reboot de "Férias Frustradas") que procuraram realizar no enredo uma mescla de produções suspense embasadas em uma comédia, durante quase toda sua projeção, o que consequentemente deixou o público cada vez mais adentro da trama.  

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Ela aborda um grupo de amigos, onde o casal Max e Annie (Jason Bateman e Ranchel McAdams) sempre são os mais competitivos e vencedores das constantes noite de jogatinas do grupo. Até que em uma das mesmas, o irmão do primeiro (Kyle Chandler) vem passar umas semanas na cidade deles, e resolve criar uma nova noite de jogos. Nela ninguém consegue definir o que é real ou mentira. Porém as coisas acabam saindo um pouco do controle.

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Daley e Goldstein estabelecem ai um parâmetro para nos sentirmos cada vez mais adentro do jogo mostrado, através da cinematografia onde quando se trata de takes se passando em ambientes externos (pra mostrar onde os personagens estão indo), a câmera faz o cenário parecer um verdadeiro jogo de tabuleiro (através de um recurso chamado Tilt-Shift) e quando se aproxima acaba sendo novamente o live-action. Aquém de outro momento que eu particularmente achei genial (não darei spoilers, mas quem já assistiu, sabe qual é) foi quando toda a ação é tocada em função de um objeto e a mesma acaba sendo um álibi para "esconder" todos os takes, fazendo a sequencia parecer ter sido filmada interruptamente por quase dois minutos com várias coisas acontecendo de forma simultânea. Sim pessoal, até o momento eu estou falando de uma comédia, e não de um longa de suspense (pessoal votante da academia do Oscar, lembrem desse filme quando citarem os indicados a melhor edição em 2019).

Agora nada disso funcionaria se o roteiro de Mark Perez ("Herbie: Meu Fusca Turbinado") fosse raso em suas abordagens, que por ventura não é o caso. A trama é dividida em três casais durante boa parte, sendo que em momento algum nenhuma delas cansam o espectador ou são meras encheções de linguiça pra darem os 100 minutos de projeção. O destaque sem duvidas acaba indo pra McAdams (que já, já ganha seu primeiro Oscar), que consegue não só mostrar que ta se divertindo e nos fazendo rir, como também junto a Bateman mostram que possuem um excelente timing cômico sem beirar para o escatológico. Quanto aos outros casais, vividos por Sharon Horgan, Billy Magnussen, Lamorne Morris e Kylie Bunbury, eles possuem piadas que se fossem feitas por outro tipo de cineasta, iriam ficar repetindo constantemente e insistir na milionésima vez que ela é repetida, que ainda há graça. Muito pelo contrário, eles tem suas piadas, que são feitas dentro do contexto e quando o tópico é fechado, eles já partem pra outra e assim sucessivamente. O mesmo pode-se dizer dos personagens de Jesse Plemons e Chandler, que o esteriotipo de ambos nos faz duvidar de suas intenções sempre que aparecem em cena (sendo que o primeiro acaba roubando e muito a cena).

"A Noite do Jogo" foi uma enorme surpresa lançada neste ano, e acabou se tornando uma das mais divertidas comédias lançadas pelo cinema em anos (não me recordo agora algum filme tão engraçado, quanto este). Se você costuma fazer noites de jogatina com os amigos, em noites de finais de semana, este sem duvidas, é seu filme! RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 5 de maio de 2018

GRINGO - VIVO OU MORTO

Gringo - Vivo ou Morto : Poster

Eis um daqueles filmes que funcionam como um sanduíche "Big Mac", pois você vai com bastante fome, sem ligar muito pra detalhes envolto ao preparo (mesmo conhecendo os ingredientes), e nada vai mais aquém de se degustar por algumas horas, aos quais você embarca e devora os temperos que apresentam, e vai se esquecendo aos poucos do que acabou de ver quando você sai da sala de exibição. Só que isso não faz de "Gringo - Vivo ou Morto" um filme ruim, muito pelo contrario, apesar de conter alguns erros na sua estrutura narrativa, não deixa de divertir qualquer espectador que busca uma diversão passageira.

A trama apresenta o executivo de uma firma farmacêutica, Richard Risk (Joel Edgerton, de "Bright") e sua maliciosa assistente (Charlize Theron), que decidem acrescentar em seu estoque medicamentos a base de maconha. Para isso eles decidem viajar ao México, junto do funcionário mais certinho, Harold (David Oyelowo). No local ele descobre todo o plano por trás dos dois, além de sua futura demissão e decide fazer um sequestro simulado, para conseguir faturar uma grana em cima dos pilantras. Por desventura, ele não imaginava que um cartel de drogas realmente deseja a cabeça dele, por conta de não concordarem em dividir a transação com a sua companhia farmacêutica.

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O principal problema nessa narrativa é a forma pela qual ele retrata suas subtramas, aos quais em um contexto geral elas poderiam ser drasticamente cortadas que não fariam falta ao enredo principal. O arco envolvendo Amanda Seyfried e Harry Treadaway (com direito a uma ponta da filha do cantor Michael Jackson, Paris Jackson), não faz sentido algum a narrativa e os papeis de ambos poderiam muito bem terem sido aproveitados por atores menores e bem menos acompanhados, até entrelaçar com a trama de Harold. Mas isso não é sinal de que os atores trabalharam mal, muito pelo contrario, eles estão bem nos seus papeis, porém o destaque decai em cima da própria Charlize Theron, que consegue entrelaçar um lado comisco com um sério, que nos diverte mesmo sabendo que ela está errada. Já o protagonista vivido por Oyelowo ta realmente se divertindo da situação, pois sua atuação beira ao escrachado tipico da narrativa apresentada pelo diretor Noel Edgerton (irmão do próprio Joel, que está no filme).

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"Gringo - Vivo ou Morto" é um longa que provavelmente emplacará uma atenção maior quando decair em serviços streaming, ao invés de sua recente passagem pelas telonas.

Nota: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet