Alexander Payne é um diretor conhecido por ser ótimo em abordar o comportamento humano, mediante a grupos destintos em uma situação plausível. Seja dentre amigos e vinhos em "Sidways - Entre Umas e Outras" ou com conflitos dentre uma família em "Os Descendentes", onde ambos lhe renderam prêmios do Oscar inclusive. Porém seu último filme, batizado por aqui de "Pequena Grande Vida", começa de uma forma considerável, porém erra no desenvolvimento dos seus personagens em meio a assuntos tanto que polêmicos com relação a sociedade atual.
A começar de que logo nos primeiros minutos iniciais vemos o cientista Jorgen Asbjørnsen (Rolf Lassgård) descobrindo a fórmula que causa o encolhimento dos seres humanos. Em meio a diversas pautas, ele alega que o fato ajudará a melhorar o meio ambiente, poupando os seres humanos economicamente e na produção de poluentes. Logo já somos apresentados ao pacato Paul Safranek (Matt Damon), que fica deslumbrado ao ver a descoberta. A medida em que os anos passam, esta começa a ganhar força no mundo e muitas pessoas começam a se adentrar na opção. Como suas dividas cada vez mais aumentam e sem outra escolha melhor, Paul e sua esposa Audrey (Kristen Wiig) resolvem fazer o processo.
Fica difícil se assimilar a um enredo onde o tempo todo os personagens que surgem na tela ficam repetindo exatamente a mesma coisa, como se o espectador fosse burro. "A vida aqui é boa, pois te ajuda a economizar muito dinheiro e evita poluir o ambiente" é dito por quase TODOS os personagens em algum momento do longa. Isso acaba empobrecendo demais o filme, e o torna cansativo, pois durante boa parte do longa vemos o personagem do Matt Damon fazendo coisas comuns e nada muito simplório (eu cortaria pelo menos uns 30 minutos de duração sem duvidas). Isso sem contar os efeitos visuais, que mais parecem terem sido tirados do "Chapolin", quando ele toma a pilula de encolhimento.
Por demérito, são inseridos alguns atores de renome como Neil Patrick Harris, Laura Dern e Jason Sudeikis em pequenas participações (que se resumem as mostradas no trailer), que servem apenas pra ser uma "ancora" ao casal protagonista. Apesar de terem trabalhado em "Perdido em Marte", mas não terem divido uma cena juntos, Damon e Wiig conseguem atuar bem dentro do contexto, mas nada que seja muito marcante. Já na metade do filme, somos apresentados aos personagens de Christoph Waltz e Hong Chau, onde ambos se mostram muito a vontade em cena, apesar de que a segunda acaba roubando a cena quando aparece (tanto que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro).
"Pequena Grande Vida" é a primeira ilusão cinematográfica que tive neste ano sem hipótese de duvidas (porque eu não esperava nada de "The Cloverfield Paradox"), e pelo visto vejo que infelizmente as últimas escolhas de Matt Damon mostram que ele claramente não está analisando bem onde está entrando.
Nota: 4,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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