sábado, 24 de fevereiro de 2018

CORRENDO ATRÁS DE UM PAI

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"Se Beber, Não Case!" se tornou o carro chefe de várias comédias que vieram atona desde 2009. Mesmo algumas tendo uma qualidade um tanto que duvidosa, não é de se negar que várias distribuidoras gostam de tirar uma casquinha do sucesso deste, para atrair público para seus filmes mais "pequenos". Foi o que aconteceu com este "Correndo Atrás de Um Pai", onde mesmo tendo apenas o ator Ed Helms e o diretor de fotografia Lawrence Sher (que aqui assina a direção geral do longa), o marketing caiu em cima do fator. Porém a qualidade do produto final é realmente bastante inferior.

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Somos apresentados aos irmãos gêmeos Peter (Helms) e Kyle (Owen Wilson), onde enquanto o primeiro não consegue ter uma vida sucessiva depois do divórcio e um filho que não liga pra ele, o segundo leva uma vida de sucesso sendo o garoto propaganda de um refrigerante. Mas tudo muda quando eles vão até o casamento da Mãe, e descobrem que o Pai deles não era quem eles pensavam. Eis que obviamente a dupla resolve viajar pelos Eua na busca deste, e como eles nasceram na época de Woodstock, já da pra imaginar o tipo de narrativa que o longa vai mirar.

É ai que o roteiro de Justin Malen ("A Última Ressaca do Ano") se perde um pouco, pois ele procurou apelar para piadas escatológicas e prontas, ao invés de bolar algumas novas e mais bem boladas (estamos falando de um "road movie", várias coisas inimagináveis podem rolar). Por demérito ele procura depositar grande parte do humor em apenas alguns breves momentos do filme, como em cima dos personagens de Ving Rhames e Katt Wiliams, deixando os outros com os momentos mais banais do filme. Já a dupla central tem alguns momentos realmente divertidos (um em especial no penúltimo ato, arranca bons risos), já outros bem fraquinhos, mas em contexto geral a dupla demonstra não ter uma boa química em cena.

"Correndo Atrás de Um Pai" é um dos mais fracos filmes lançados neste inicio de ano, onde em seu término vemos que o mesmo foi feito mesmo como uma mera diversão escapista, que esquecemos no caminho para casa.

Nota: 3,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

PEQUENA GRANDE VIDA

Pequena Grande Vida : Poster

Alexander Payne é um diretor conhecido por ser ótimo em abordar o comportamento humano, mediante a grupos destintos em uma situação plausível. Seja dentre amigos e vinhos em "Sidways - Entre Umas e Outras" ou com conflitos dentre uma família em "Os Descendentes", onde ambos lhe renderam prêmios do Oscar inclusive. Porém seu último filme, batizado por aqui de "Pequena Grande Vida", começa de uma forma considerável, porém erra no desenvolvimento dos seus personagens em meio a assuntos tanto que polêmicos com relação a sociedade atual.

A começar de que logo nos primeiros minutos iniciais vemos o cientista Jorgen Asbjørnsen (Rolf Lassgård) descobrindo a fórmula que causa o encolhimento dos seres humanos. Em meio a diversas pautas, ele alega que o fato ajudará a melhorar o meio ambiente, poupando os seres humanos economicamente e na produção de poluentes. Logo já somos apresentados ao pacato Paul Safranek (Matt Damon), que fica deslumbrado ao ver a descoberta. A medida em que os anos passam, esta começa a ganhar força no mundo e muitas pessoas começam a se adentrar na opção. Como suas dividas cada vez mais aumentam e sem outra escolha melhor, Paul e sua esposa Audrey (Kristen Wiig) resolvem fazer o processo. 

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Fica difícil se assimilar a um enredo onde o tempo todo os personagens que surgem na tela ficam repetindo exatamente a mesma coisa, como se o espectador fosse burro. "A vida aqui é boa, pois te ajuda a economizar muito dinheiro e evita poluir o ambiente" é dito por quase TODOS os personagens em algum momento do longa. Isso acaba empobrecendo demais o filme, e o torna cansativo, pois durante boa parte do longa vemos o personagem do Matt Damon fazendo coisas comuns e nada muito simplório (eu cortaria pelo menos uns 30 minutos de duração sem duvidas). Isso sem contar os efeitos visuais, que mais parecem terem sido tirados do "Chapolin", quando ele toma a pilula de encolhimento.

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Por demérito, são inseridos alguns atores de renome como Neil Patrick Harris, Laura Dern e Jason Sudeikis em pequenas participações (que se resumem as mostradas no trailer), que servem apenas pra ser uma "ancora" ao casal protagonista. Apesar de terem trabalhado em "Perdido em Marte", mas não terem divido uma cena juntos, Damon e Wiig conseguem atuar bem dentro do contexto, mas nada que seja muito marcante. Já na metade do filme, somos apresentados aos personagens de Christoph Waltz e Hong Chau, onde ambos se mostram muito a vontade em cena, apesar de que a segunda acaba roubando a cena quando aparece (tanto que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro).

"Pequena Grande Vida" é a primeira ilusão cinematográfica que tive neste ano sem hipótese de duvidas (porque eu não esperava nada de "The Cloverfield Paradox"), e pelo visto vejo que infelizmente as últimas escolhas de Matt Damon mostram que ele claramente não está analisando bem onde está entrando.

Nota: 4,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 18 de fevereiro de 2018

QUANDO NOS CONHECEMOS

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De vez em quando a Netflix surge com alguns bons filmes em seu catalogo, o que é o caso deste "Quando Nos Conhecemos", que mesmo tendo uma premissa conhecida, acerta no seu desenvolvimento. A trama mostra o jovem Noah (Adam Levine), que sempre foi apaixonado pela melhor amiga Avery (Alexandra Daddario), e tem uma intensa noite de bebedeiras na noite do noivado desta. No bar, ele adentra em uma cabine de fotos onde eles tiraram algumas fotos no dia em que se conheceram, e ao ativa-la, nota que volta para a exata noite onde ele a conheceu, onde obviamente tentará concertar tudo para conseguir o coração da amada.

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Em um primeiro momento achei que se tratava de uma versão estadunidense de "O Homem do Futuro", só que o andamento que o roteiro de John Whittington ("Lego Batman: O Filme") aponta para um estilo que mais remete o longa "Click". Só que lá pela metade do filme, quando algumas coisas do gênero romance já tinham acontecido (brigas, musicas românticas e etc), a narrativa toma outros rumos. A química dentre Levine e Daddario é ótima, e de fato, é suficiente para o público torcer para os dois ficarem juntos. Já os coadjuvantes fazem o que lhes é proposto dentro do contexto, nada muito divergente.

"Quando nos Conhecemos" é uma gostosa comédia romântica da Netflix, que é uma ótima pedida para se conferir em uma noite chuvosa, ou até mesmo depois de um dia estressante.

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

PANTERA NEGRA

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Quem me acompanha há certo tempo, sabe que basicamente já cansei da fórmula Marvel em seus filmes. Sequências de ação seguidas de várias piadinhas aleatórias, é algo que no começo funcionava, porém acabou sendo bastante chato em longas como "Thor Ragnarok". Isso me fez ficar menos ansioso para o primeiro longa do "Pantera Negra", que já havia sido apresentado em "Capitão América: Guerra Civil". Sem hipóteses de duvidas, afirmo que o resultado final daquele, ficou MUITO mais superior do que deste citado. 

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Este não se trata de uma história de origem, pois o enredo já tem inicio logo depois dos eventos de "Guerra Civil", com T'Challa (Chadwick Boseman) assumindo o reinado de Wakanda e o traje do Pantera Negra. Só que logo após o fato, ele acaba descobrindo que o traficante Ulysses (Andy Serkis), está a todo custo roubando a tecnologia disponível em seu país (que é a mais evoluída do mundo), juntamente do misterioso Erik Killmonger (Michael B. Jordan).  

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De cara gostaria de destacar que o grande ponto positivo do diretor Ryan Gogler ("Creed: Nascido Para Lutar"), é saber trabalhar todos os personagens que são apresentados no longa, desde o mais pequeno ao protagonista, fazendo todos terem pelo menos uns dois minutos de destaque. Isso faz com que tenhamos o melhor vilão de todo o universo Marvel nos cinemas, até o momento (veremos se Thanos consegue bate-lo, em "Guerra Infinita"). B. Jordan não só consegue fazer com que sua motivação seja convincente, como também faça com que o espectador se adentre em sua pele, mesmo se tratando de um vilão. Já o "vilão coadjuvante", interpretado pro Serkis também consegue roubar algumas cenas pelas quais aparece, e vemos que o ator tava bem a vontade no papel (que é um dos raros onde não o esconde com CGI). Agora partindo pro protagonista, não exito em dizer que Boseman não só conseguiu se destacar como um forte futuro nome em Hollywood, como também nos apresentou um herói que é muito melhor que o próprio Capitão América. 

Com relação ao visual, a fotografia fica muito mais enaltecida pela tecnologia 3D, pois tudo acaba ficando mais belo com a enorme sensação de profundidade proposta (com algumas breves cenas de objetos sendo atirados em nossa direção). As sequencias de ação são muito bem feitas, assim como as de lutas. Em contexto a narrativa em geral, ela a todo tempo nos prende sempre através de alguma revelação ou pancaria dentre os personagens.

"Pantera Negra" é o longa mais humano da Marvel, onde realmente é o grande sinal de que o estúdio não irá decair tão cedo. RECOMENDO! Ah, e ainda acontecem duas cenas pós créditos, onde realmente a segunda é bem mais interessante. 

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A FORMA DA ÁGUA

A Forma da Água : Poster

Guilhemo Del Toro já se provou há tempos que é um dos melhores diretores da história do cinema. Longas como "O Labirinto do Fauno" tão ai pra comprovar, que o cineasta sabe trabalhar e muito bem com monstros e encaixa-los em ótimas histórias de fantasia. Com seu mais recente longa, "A Forma da Água", vemos que as 13 indicações ao Oscar não foram em vão e que provavelmente ele levará seu primeiro premio como diretor.

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A história se passa em meados dos anos 60, onde a muda Elisa (Sally Hawkins) trabalha como faxineira em laboratório governo dos Eua. Lá ela ocasionalmente acaba se apaixonando pela criatura que foi capturada pelos militares e que vive em um cativeiro. Não vou entrar mais em mérito sobre o roteiro, pois as surpresas e emoções ficam a cargo de quando você ir assistir. 

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O que posso antecipar, sem entrar no mérito de spoilers é que Del Toro consegue criar humanidade em todos os personagens sem exceções, onde vemos que todos esses tem seus problemas e hábitos que realmente são humanos (compram carros, passam roupas, cuidam dos seus filhos e etc), e isso de certa forma ajuda na construção das suas verdadeiras motivações (principalmente se tratando de uma fantasia). A personagem de Hawkins é um claro exemplo disso já nos primeiros minutos, pois acompanhamos sua rotina diária até ocorrer a ação da trama. Sua atuação foi merecida ao Oscar, que de certa forma é um caractere difícil de se fazer (porque ela se comunica apenas com linguagem de sinais). Os outros coadjuvantes indicados, Richard Jenkins ("O Ataque") e Octavia Spencer ("A Cabana"), digamos que apenas o segundo foi merecedor do fato, já que a segunda mesmo estando bem no papel, não fez uma atuação digna de tamanho reconhecimento. Quem acaba chamando bastante atenção é Michael Shannon ("Animais Noturnos") que novamente faz um papel de vilão enigmático, mas que dessa vez foi o "mais humano" que ele interpretou na carreira. 

Entrando no mérito dos quesitos gerais, o filme é belo e bem realizado (facilmente levará todos os Oscars nas categorias técnicas) e tanto os efeitos visuais, quanto o visual criado por Del Toro, realmente são convincentes. Fora as constantes homenagens as músicas e filmes que faziam sucesso em meados da década de 30 e 40 (inclusive em um breve momento temos uma homenagem a brasileira Carmen Miranda, com sua música Babalu).

"A Forma da Água" sem duvidas será o longa que finalmente consagrará o diretor Guilhermo Del Toro com seu primeiro Oscar na carreira, e que em seu termino mostra que tamanho reconhecimento pela academia com as 13 indicações foi extremamente justo. RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

TRÊS ANÚNCIOS PARA UM CRIME

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Quando foi anunciado o grande vencedor na categoria de "Melhor Filme Drama" no último Globo de Ouro, "Três Anúncios Para Um Crime" logo chamou a atenção de todos, não pelo simples fato de sequer ter sido divulgado como seus outros concorrentes, mas pelo motivo que recebeu sua consagração: ser um filme sobre estupro, em uma época onde Hollywood tem lutado contra isso massivamente. Não estou entrando no mérito de que isto está sendo errado pela parte deles, muito pelo contrário, estão muito certos disso. Só que ao desfecho dele só devo dizer que muito provavelmente ele acabe levando o Oscar de Melhor Filme por causa disso, mesmo não sendo o melhor dentre o possíveis indicados. 

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A história tem inicio com a mãe divorciada, Mildred (Frances McDormand, de "Queime Depois de Ler"), que depois de esperar durante sete meses uma resposta sobre o estupro, seguido de assassinato de sua filha, decide pagar para colocar frases de protestos em três outdoors, em Missouri. O fato chamou atenção de toda a cidade, e acaba gerando um enorme conflito dentre ela e o Xerife da cidade (Woody Harrelson).

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O roteiro e direção de Martin McDonagh ("Na Mira do Chefe") começa apresentando uma notória critica das autoridades com relação aos casos de estupro (que acabam passando praticamente em branco, como nos últimos anos em Hollywood), e dentro desse contexto segue apresentando sucintamente seus personagens, onde logo de cara deixa expressado o sentimento de serenidade e revolta da personagem de McDormand (que tem grandes chances de levar seu segundo Oscar de Atriz). Tudo é trabalhado de forma cuidadosa, até "certo ponto". Porque digo isso? Pelo simples fato de que em seus últimos 40 minutos o longa muda completamente seu foco central, e o destaque não só decai para o personagem de Sam Rockwell (que acabou roubando o longa, e que provavelmente levará Oscar por conta disso), como também o sentido da trama acaba sendo movido por causa de "outro álibi", ou seja, o que foi construído nos primeiros 60 minutos é deixado pra escanteio. 

Se fosse lançado há cerca de uns 4 anos, "Três Anúncios Para um Crime" sequer seria lembrado na época de premiações, muito menos se cogitaria levar tantos Oscars como ta pretendendo. Não querendo entrar em mérito que seja um filme ruim, muito pelo contrário, é uma trama muito boa, mas não digna de tamanho reconhecimento (assim como foi com "Moonlight" ano passado).

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 11 de fevereiro de 2018

CINQUENTA TONS DE LIBERDADE

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Essa é sem dúvidas a pior franquia já existente na história do cinema. Mesmo tendo apenas três filmes (até os produtores começarem a pensar em criar sequencias sem nexo para ganhar mais dinheiro), a série "Cinquenta Tons" é inspirada nos livros de sucesso da escritora E.L. James, e mostra as aventuras sexuais sadomasoquistas da tímida jornalista Anastasia Steele (Dakota Johnson) com o milionário problemático Christian Grey (Jamie Dornan). Basicamente é sobre isso que os exemplares abordam e nada mais aquém. No último filme da trilogia, batizado de "Cinquenta Tons de Liberdade", não poderia ter sido diferente, e claramente temos uma verdadeira "encheção de linguiça" quando se trata em desenvolver uma trama.

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O longa já começa com o casamento do casal Grey, e em meio ao inicio da construção da vida de casado desses, ambos continuam sendo ameaçados pelo ex-chefe de Anastasia, Jack (Eric Johnson). Basicamente é isso que acontece durante quase 100 minutos (tirando as cenas de sexo, que aqui são bem mais reduzidas). A enrolação é tanta que a todo momento ficava me perguntando "e ai, quando esse filme vai começar?". Durante quase 50 minutos vemos o casal central tendo uma vida de casado comum e claramente fictícia (ninguém em sã consciência se comportaria como eles, mesmo com tantas discussões rolando).

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Em compensação o diretor James Foley consegue inovar e fazer duas cenas de perseguição a lá "Velozes e Furiosos", que realmente conseguem prender a atenção do espectador, assim como os arcos em que mostram o vilão Jack. Porém o longa perde muito desses quesitos quando corta pro romance do casal central, que continua com os mesmos problemas dos antecessores (não entrando no mérito dos atores, pois eles já tiveram boas atuações em outros longas). Tem uma sequencia em especial no ato final, cuja "naturalidade" é tão grande, que é IMPOSSÍVEL não segurar o riso (pros curiosos vou menciona-la em um "spoiler" no final do post). Aos mais desatentos nesses quesitos, foram colocadas diversas músicas animadas como "Love Me Like You Do" (da Ellie Goulding) e "For You" (de Liam Payne com Rita Ora, que inclusive vive a irmã de Grey), pra fazer o público achar que viu algo "muito bom" (estratégia que vem sido muito usada pelo cinema nos últimos anos), quando na verdade não.

"Cinquenta Tons de Liberdade" consegue pelo menos ser o menos pior dos três, mas não é suficiente para escapar do fiasco que foi essa trilogia. É aquele tipico caso: enquanto houver público e dinheiro envolvido, longas assim continuarão a serem feitos. Em compensação, outros são basicamente deixados em escanteio e sem um final certo. 

Nota: 3,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet



SPOILER CITADO: Depois de apanhar constantemente de Jack, Anastásia fica estendida no chão quase morrendo, mas do nada ela tira uma arma da cintura e da um tiro nele, de uma forma como se nada tivesse acontecido com ela. Posteriormente ela cai no chão e fica desacordada. Pelo menos foi mais "real" que o final da "Saga Crepúsculo"... 

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

THE CLOVERFIELD PARADOX

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A vida tem muitos imprevistos, sejam positivos ou negativos. E um desses sem duvidas foi o lançamento surpresa deste "The Cloverfield Paradox", onde do nada a Netflix lança um trailer durante a  final do "Super bowl"com um aviso de que o mesmo seria disponibilizado na plataforma, depois do mesmo. Os dois primeiros ("Cloverfield" e "Rua Cloverfield, 10") já foram lançados cercados de mistérios e quase ninguém sabia de seus desenvolvimentos antes de serem lançados. Os mais desatentos falarão que nenhum destes tem ligação a não ser pelo titulo, porém o genialismo do produtor J.J. Abrams vai mais além, pois ele os interliga através de detalhes dentre algumas cenas (seja por um objeto, um breve dialogo e por ai vai), e o fator continua nesta terceira parte.

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O enredo tem inicio com um grupo de astronautas que vão até a estação espacial Cloverfield, com o propósito de mandar mais energia para a terra, pois a mesma está se esgotando. Porém devido a um erro, eles acabam indo parar em uma dimensão paralela e o restante você já deve imaginar.

A direção de Julius Onah (que dirigia apenas curtas metragens) procura ter como base longas de sucesso de ficção como "Alien" e "Interestelar", pois a todo momento o suspense é intercalado com alguma tomada exterior mostrando a nave no espaço, seguido de teorias sobre o espaço e momentos de suspense. Ao mesmo tempo, ele explora o arco envolvendo a situação  simultânea do planeta terra (que sofre as consequências dos atos dos astronautas), através do marido da astronauta Ava (Gugu Mbatha-Raw), Michael (Roger Davies). Digamos que o mesmo não acaba funcionando, pois em momento algum há a tensão que ocorre na trama central e acaba sendo mais pra interligar o enredo com os outros dois primeiros. 

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Tudo isso acaba fazendo os cinéfilos mais atentos já deduzirem o andamento da narrativa a partir da metade da película (só pra constar alguns arcos típicos do gênero, estão presentes aqui). Partindo pras atuações Mbatha-Raw ta bem como a protagonista, mesmo com o marketing tentando jogar a função para Daniel Brul ("Capitão América: Guerra Civil") que também está dentro do contexto. Agora o fator que me chamou atenção é de simplesmente terem escalado o estadunidense John Ortiz ("Velozes e Furiosos 4") pra interpretar o astronauta brasileiro, enquanto temos muitos outros possíveis atores pro papel (algo que Hollywood jamais vai aprender).

"The Cloverfield Paradox" teve um dos marketings e lançamentos mais bizarros na história, mas infelizmente o longa não fez o jus suficiente para o que toda a propaganda envolta dele fez. Se ele realmente acaba respondendo todas as pontas soltas? Infelizmente não! Então que venha mais outro filme da série "Cloverfield" (só falta lançarem do nada também). 

Nota: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 3 de fevereiro de 2018

TODO O DINHEIRO DO MUNDO

Todo o Dinheiro do Mundo : Poster

"Todo Dinheiro do Mundo" era pra ser mais um filme comum sobre sequestro. Até que em meio as polêmicas de abuso que começaram a sair em Hollywood em meados de novembro, o nome de Kevin Spacey foi envolvido (e até então era o coadjuvante da película citada). Logo após ser demitido da Netflix e ter seu projetos canceladas pela mesma, o diretor Ridley Scott ("Perdido em Marte") tomou uma atitude inédita na história do cinema: mesmo com aquele estando pronto para ser lançado no mês seguinte, resolveu remover o ator do longa (mesmo possuindo uma enorme maquiagem, que o deixava irreconhecível) e substitui-lo por Christopher Plummer ("O Plano Perfeito", que já era sua escolha original). Durante 10 dias, toda a equipe retornou ao set de "Todo Dinheiro do Mundo" e acabaram fazendo "outro filme". Por incrível que pareça, mesmo ainda tendo a recente confusão salarial dentre Michelle Williams e Mark Wahlberg (onde mesmo ela falando que faria de graça, recebeu 800 dólares pelos 10 dias, enquanto o segundo solicitou 1,5 milhões), foi uma das maiores loucuras do cinema em que o produto final deu certo!

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Inspirado no livro de John Pearson, a trama conta a história do bilionário do petróleo J. Paul Getty (Plummer), que era o homem mais rico do mundo no inicio da década de 70, onde um de seus netos (Charlie Plummer) acaba sequestrado em Roma. Os ladrões pediram um regaste de 17 milhões de dólares, onde surpreendentemente Getty acabou se negando a pagar o valor. Desesperada, sua nora Gail (Michelle Williams, de "O Rei do Show") tenta a todo custo buscar o dinheiro para resgatar o filho, porém ela conta com a ajuda do negociante do sogro, Flatcher Case (Mark Wahlberg, de "Pai em Dose Dupla"). 

A questão que todos queriam saber, é que se em algum momento a remontagem inesperada fez decair a qualidade do longa? Muito pelo contrário, a mesma é ótima e sequer da pra perceber a confusão que ocorreu nos últimos dois meses (com exceção da cena da Arabia Saudita, onde o CGI é notório). Christopher Plummer não só está a vontade no papel, como consegue basicamente roubar a cena em grande parte do filme, com o jeito mesquinho e metido que o bilionário levava. Sua indicação ao Oscar foi merecida (como eu havia dito e previsto!), mas infelizmente ele não acabará levando. Quanto aos coadjuvantes Williams ta bem como a mãe que teve o filho sequestrado, porém em alguns momentos em que era pra ela demonstrar uma tristeza eminente, por desventura ela não consegue ser convincente. Já Wahlberg faz um papel remetendo ao seu padrão, do cara conservador que resolve as coisas através de seu jeito carrancudo. 

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Agora partindo pra direção de Ridley Scott, digamos que ele soube dosar as doses de suspense no longa, pois sempre há algum momento inesperado que rola algum envolto ao próprio sequestro. Só que quando ele parte pro alivio cômico, pode dizer que na maioria das vezes decai sobre a relação dentre os personagens de Williams e Walhberg. Em alguns momentos podemos dizer que os mesmos são fora de hora, mas outros realmente funcionam.

"Todo O Dinheiro do Mundo" era pra ser um filme comum, mas devido as citadas circunstancias citadas no primeiro paragrafo, acabou entrando pra história do cinema pelo simples fato de que quando temos "Todo Dinheiro do Mundo", conseguimos refazer um longa metragem em menos de 10 dias e ainda faturar indicações ao Globo de Ouro e Oscar.

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet