Se a franquia não fizesse tanto sucesso com seus últimos sete filmes, ficaria me perguntando até hoje porque diabos esse oitavo longa foi lançado. Seria uma tentativa de mostrar pra nova geração um dos maiores ícones do cinema de horror dos anos 2000, que era o boneco Jigsaw? Errado, era porque os produtores queriam ganhar mais dinheiro fácil mesmo. Me lembro como se fosse ontem, eu saia das aulas da escola e ia até os cinemas nas matines para conferir a um novo filme da série (que lançava um volume por ano, desde 2004). E isso foi assim até o fim de 2010, onde o último filme da série foi lançado, na versão 3D.
Quando a produção deste novo longa foi anunciada em 2016, já sabia que eles precisariam mudar um pouco as coisas, pra ela realmente se tornar interessante e conseguir atrair novos fãs. Ao conferi-la nos últimos dias (em uma sessão com aparentemente mais 15 pessoas), vi que realmente a franquia não continuara a ver a luz dos dias anualmente.
A sinopse sequer foge do padrão dos outros, onde temos um grupo de policiais que ainda investigam o motivo por trás dos jogos do serial killer Jigsaw, que mesmo com ele estando morto há mais de 10 anos, ainda continuam acontecendo em algum galpão misterioso.
O roteiro da dupla Pete Goldfinger, Josh Stolberg ("Piranha 3D") mostra-se o quão se pode ser preguiçoso ao ter um enredo que provavelmente já garantirá uma montanha de dinheiro em mãos: personagens em situações rasas, que nos levam a um ploat-twist que sequer era um (porque o óbvio era notado por quase todo o filme, desde o principio). Não há nenhuma vitima dos jogos sádicos que nos faça se interessar ou se preocupar pra que elas saiam do jogo, pois além do roteiro não permitir isso as atuações sequer favorecem que isso aconteça (antes que falem algo, sei muito bem que a premissa da série é meio que fazer uma "masturbação sádica"). Partindo pro cenário da investigação, tudo é tão banal, que alguns personagens são claramente tão suspeitos que só faltou botar uma seta na cabeça dos mesmos escrito "EU SOU O RESPONSÁVEL POR TUDO!". Por incrível que pareça, a grande qualidade do filme foi maneira de como Jigsaw pode ser resgatado (não vou entrar ao mérito, mas ficou bacana).
"Jogos Mortais: Jigsaw" é um mais do mesmo, que agradará apenas quem já curte a mesmice que se tornou a franquia ou gosta de ver uma carnificina por prazer mesmo. Agora quem já não curte nenhum desses dois quesitos, a dica é passar BEM LONGE.
Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 3,0/10,0
Um comentário:
Jogos Mortais Jigsaw relembra muito os outros filmes da franquia, onde lembra-se dos sangues espelhados por todas as cenas, mas resta muito pouco da narrativa, ou daquilo que motiva tudo o que se vê. Os filmes de terror evolucionaram com melhores efeitos visuais e tratam de se superar a eles mesmos. Eu gosto da atmosfera de suspense que geram, e em O Conto Filme acho que conseguem muito bem. O filme foi uma surpresa pra mim, já que apesar dos seus dilemas é uma historia de horror que segue a nova escola, utilizando elementos clássicos. Com protagonistas sólidos e um roteiro diferente.
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