sábado, 30 de dezembro de 2017

SUBURBICON: BEM-VINDOS AO PARAÍSO

Suburbicon: Bem-vindos ao Paraíso : Poster

Por mais que falem de que os últimos filmes dirigidos e estrelados por George Clooney tenham sido bombas, eu particularmente gostei de "Caçadores de Obras-Primas" e "Jogo do Dinheiro", que não são exemplos de longas dignos de Oscar, mas são dois meros entretenimentos validos por duas horas e nada mais aquém. O que já diverge completamente deste "Suburbicon: Bem-Vindos Ao Paraíso", onde este não só dirige, como também assina o roteiro junto aos irmãos Joel e Ethan Cohen ("Onde Os Fracos Não Tem Vez") e a produção. 

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O enredo tem inicio com o "condomínio" do sonhos batizado de "Suburbicon", onde tudo o que ocorre por lá é basicamente um "enredo da Disney". Mas tudo começa a virar de pernas pro ar com a chegada de uma família negra no local, onde a comunidade extremamente racista tenta expulsa-los a todo custo. Ao lado da casa desses mora a família Gardner, onde após uma fatalidade durante uma invasão de bandidos durante a noite, vira a vida dos mesmos de pernas pro ar.

Aqui tudo poderia ter funcionado de forma alegórica, porém mesmo com a direção dele sendo boa em alguns aspectos, o principal problema decai em cima do roteiro. Aqui temos três personagens centrais, onde nenhum deles é aprofundado a ponto de sequer temos interesse pela trama ou pelo desenvolvimento dos mesmos. Pra não dizer que não falei das flores, nos primeiros 20 minutos, o longa é abordado apenas do ponto de vista do filho do casal central, e chega até ser bem interessante tal aspecto. Porém com o desenrolar e os ploat twist que vão sendo apresentados, isso é basicamente deixado pra escanteio e o foco do longa começa a ser o humor negro e o racismo mediante aos vizinhos deles (a todo momento, vemos que esse arco sequer fazia diferença pra trama central em si).

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Partindo pras atuações, Damon ta bem canastrão aqui e nem ele consegue deixar claro que seu interesse pela história não é dos melhores. Enquanto Julianne Moore consegue ser uma das poucas coisas boas aqui, junto com o jovem Noah Jupe, que faz o filho daquele. Infelizmente o roteiro não acaba se concentrando apenas em um caractere, e tudo soa no final como um verdadeiro genérico que demora pra ser dissolvido devido ao gosto ruim provocado pela receita de Clooney com os irmãos Cohen.

Nota: 3,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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